O LIVRO
DOS ESPÍRITOS
POR
ALLAN KARDEC
FEDERAÇÃO
ESPÍRITA BRASILEIRA
CAP
VIII LEI DO PROGRESSO
TRADUÇÃO - GUILLON RIBEIRO
MARCHA DO
PROGRESSO
779.
A força para progredir, haure-a o homem em si mesmo, ou o
progresso é apenas fruto de um ensinamento?
“O
homem se desenvolve por si mesmo, naturalmente.
Mas,
nem todos progridem simultaneamente e do mesmo modo. Dá-se então que os mais adiantados
auxiliam o progresso dos outros, por meio do contato social.”
780.
O progresso moral acompanha sempre o progresso intelectual?
“Decorre
deste, mas nem sempre o segue imediatamente.” (l92-365)
a)
Como pode o progresso intelectual engendrar o progresso
moral?
“Fazendo compreensíveis o bem e o mal. O homem, desde então, pode escolher. O desenvolvimento do livre-arbítrio acompanha o da inteligência e aumenta a responsabilidade dos atos.”
b) Como é, nesse caso, que, muitas vezes, sucede serem os povos mais instruídos os mais pervertidos também?
“O progresso completo constitui o objetivo. Os povos, porém, como
os indivíduos, só passo a
passo o atingem.
Enquanto não se lhes haja desenvolvido o senso moral, pode mesmo acontecer que se sirvam da inteligência para a prática do mal. O moral e a inteligência são duas forças que só com o tempo chegam a equilibrar-se.” (365-751)
LIVRO - CEIFA DE LUZ
FÉ E
CULTURA
Emmanuel
“Acolhei o que é débil na fé,
não, porém, para discutir opiniões”. PAULO (Romanos, 14:1).
Indubitavelmente, nem sempre a
fé acompanha a expansão da cultura, tanto quanto nem sempre a cultura consegue
altear-se ao nível da fé.
Um cérebro vigoroso pode
elevar-se a prodígios de cálculo ou destacar-se nos mais entranhados campos da
emoção, portas adentro dos valores artísticos, sem entender bagatela de
resistência moral diante da tentação ou do sofrimento. De análogo modo, um coração
fervoroso é suscetível das mais nobres demonstrações de heroísmo perante a dor
ou da mais alta reação contra o mal, patenteando manifesta incapacidade para
aceitar os imperativos da perquirição ou dos requisitos do progresso.
A Ciência investiga.
A Religião crê.
Se não é justo que a Ciência
imponha diretrizes à Religião, incompatíveis com as suas necessidades do
sentimento, não é razoável que a Religião obrigue a Ciência à adoção normas
inconciliáveis com as suas exigências do raciocínio.
Equilíbrio ser-nos-á o clima de entendimento,
em todos os assuntos que se relacionem à fé e à Cultura, ou estaremos sempre
ameaçados pelo deserto da descrença ou pelo charco do fanatismo.
Auxiliemo-nos mutuamente.
Na sementeira da fé aprendamos
a ouvir com serenidade para falar com acerto.
Diz o Apóstolo Paulo: “ Acolhei o que é débil na fé, não, porém, para
discutir opiniões.” É que para chegar à cultura, filha do trabalho e da
verdade, o homem é naturalmente compelido a indagar, examinar, experimentar e
teorizar, mas, para atingir a fé viva, filha da compreensão e do amor, é forçoso
servir. E servir é fazer luz.
Francisco Cândido Xavier - Livro Ceifa de Luz
- Pelo Espírito Emmanuel
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