PENTATEUCO KARDEQUIANO

PENTATEUCO  KARDEQUIANO
OBRAS BÁSICAS

sexta-feira, agosto 02, 2013

OVOIDIZAÇÃO: SUICÍDIO ESPIRITUAL

      Convido aos que se interessarem por este assunto ainda pouco explorado no meio carnal, que são os OVÓIDES, a fazerem uma reflexão sobre este texto extraído do livro ÍCARO REDIMIDO de Gilson Freire pelo espírito Adamastor, editora INENE, cujo tema central é a vida de Santos Dumont no plano espiritual.                                                                   
“A ovoidização é uma das mais pungentes enfermidades que pode acometer o espírito depois da morte. Consiste na perda da consciência ativa, quando o eu consciente desmorona-se completamente, em decorrência de atrozes e insuportáveis sofrimentos, volta-se sobre si mesmo, anulando-se e perdendo todo o contato com a realidade. A atividade consciente da alma entra em letargia, refugiando-se nas camadas do subconsciente. O pensamento contínuo se fragmenta, perdendo seu fio de condução, e a estrutura perispiritual se desfigura completamente, desfazendo sua natural conformação humana, adquirindo o formato aproximado de um ovo, cujas dimensões se aproximam de um crânio infantil. A ovoidização é processo incurável no Plano Espiritual, sendo uma das mais graves enfermidades de nosso mundo, e somente pode ser revertido em reencarnações expiatórias, quando o espírito reencontra-se com novo ambiente de manifestação e pode fazer o metabolismo do seu consciente. Várias encarnações, porém, se consomem em tentativas frustradas, de modo que a perda evolutiva é imensa para estes infelizes seres. Muitos regridem a condições primárias, a fim de que a rudeza dos organismos ainda involuídos possam suportar-lhes a grave patologia, sem se desfazerem em malformações congênitas incompatíveis com a biologia humana.”                                                                        “Os suicidas que dormem nas Cavernas do Sono são os candidatos naturais à ovoidização. Permanecem em sono reparador, em baixíssima atividade consciencial, por anos a fio. Ao iniciarem, no entanto, o despertamento, a rápida percepção da amarga realidade que lhes assedia pode deflagrar, de imediato, mediante reflexo de defesa, a retirada apressada para camadas ainda mais profundas do inconsciente inferior. Esse reflexo não somente inibe totalmente o despertar, como retrai o metabolismo mental, motivado por novo impulso de contração, estabelecendo-se a ovoidização de forma incondicional.”        
“O suicídio é possível também no Plano Espiritual e não somente na carne. Na esfera espiritual, o perispírito possui mecanismos regeneradores muito mais eficazes que a veste orgânica, de modo que destruí-lo por dano físico é praticamente impossível. Mediante a contração da atividade consciente, no entanto, é permitido ao ser continuar negando a sua existência, fugindo de si mesmo. Desta forma, podemos considerar de fato a contração ovoidal como um autocídio espiritual. Como se vê, temos também nossos suicidas. Suicídio que, naturalmente, pressupõe mera tentativa de fuga da realidade que envolve o espírito depois do túmulo e não a destituição da individualidade, pois tal não é possível no plano em que nos projetamos.”     
“As causas do encistamento da alma são as mesmas que motivam o auto-extermínio na carne: o desespero diante de sofrimentos intoleráveis, somados à falta de preparo para a existência no Plano Espiritual. Sofrimentos, a bem da verdade, aparentemente intoleráveis, pois a sabedoria das Leis Divinas não nos proporciona nunca dores que sobrepassem nossa capacidade de suportá-las.”
“Os ovóides, espíritos em fuga de si mesmos, como se pode deduzir, aumentam assustadoramente nos dias atuais. Permanecem espalhados pelo Vale dos inconscientes, atados a rochas ou troncos de árvores, pois podem segregar substância pegajosa que os fixam a qualquer superfície. No entanto, preferencialmente, aderem-se a outros seres vivos, encarnados ou não. Tristemente temos que considerar que o ovóide se torna, na verdade, um parasita. Seu metabolismo, embora baixíssimo devido às suas reduzidas necessidades, precisa da absorção de seivas vitais para a sua subsistência. Não dispondo de meios para produzi-las, a manutenção de sua exígua vitalidade somente pode ser levada a efeito mediante a aquisição de recursos vitais externos, provenientes de outros seres vivos. Embora qualquer tipo de energia vital possa servir-lhes para este fim, aquelas que melhor se adaptam às suas necessidades e para as quais eles se especializaram são as energias do psiquismo. Por isso, o hospedeiro natural do ovóide é a mente humana. Devido a esta característica, os ovóides comumente são colhidos por espíritos dedicados ao mal, que os utilizam como instrumentos de torturas humanas. Eles podem atá-los aos cérebros de inditosos obsediados, minando suas forças e deteriorando suas resistências psíquicas através do escoamento de suas forças mentais. Induzem assim, não somente a depressões, mas à demência e à loucura, desequilíbrios de difícil remissão, tanto na carne quanto no mundo espiritual.”     
“A ovoidização , contudo, não é uma adulteração das leis perispirituais, pois está subordinada aos mesmos princípios da miniaturização ou restringimento, fenômeno a que está submetido o espírito no processo reencarnatório, quando a tessitura plasmática do perispírito, antecedendo nova descida à carne, sofre uma contração involutiva, retornando aos patamares da evolução biológica, para abraçar um novo óvulo fecundado e levá-lo, rapidamente, à condição das últimas conquistas no campo da vida carnal, através do milagre do desenvolvimento embrionário. É assim que temos aprendido que o perispírito está sujeito, como todo fenômeno da criação, às forças de contração e de expansão. A ovoidização, portanto, em última análise, é apenas uma contração ou miniaturalização patológica, pois ocorre distante do momento reencarnatório. Não encontrando o reservatório uterino, meio indutor, mantenedor e protetor de tal processo, o ser, em franco processo de contração, estaciona-se na fase ovóide deste percurso, restringindo sua consciência às etapas mais elementares da ávida biológica.”     
“Alguns observadores do plano espiritual referem-se ao ovóide como sendo a segunda morte do espírito. Fenômeno este muito pouco divulgado na literatura dos espíritos, dirigida aos homens, por tratar-se de tema de natureza ainda muito complexa e que poderia causar maiores dúvidas e questionamentos entre os pesquisadores da Terra. De fato, a morte ovoidal pode ser considerada a segunda morte, porém, para o perfeito esclarecimento do estudioso, devemos compreender que se trata apenas de um dos patamares onde pode estacionar a contração perispiritual.”

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