“A VERDADEIRA Doutrina
Espírita está no ensino dado pelos Espíritos”. Allan Kardec.
(Transcrito da revista
Reformador, número 1.919, fevereiro de 1989, ano 107, FEB).
A constituição das reuniões
espíritas poderá parecer assunto de somenos importância. Na realidade, importa
conhecê-la, a fim de melhor avaliar-se a responsabilidade de cada um.
Basicamente, as reuniões são formadas por elementos encarnados e desencarnados
(óbvio?).
No plano encarnado, há a
considerar o grupo de trabalho, propriamente dito, composto dos dirigentes, dos
médiuns, dos colaboradores e do público (visitantes, necessitados, curiosos e observadores).
Grupo de trabalho humilde e
sincero irradia vibrações de operosidade, devotamento, confiança e união
espiritual, tendo como conseqüência justa a assistência da Espiritualidade
Superior.
Entre o público, admite-se que
todo visitante esteja imbuído de boa vontade, já que a ocorrência deve ser
sempre fraterna. Os curiosos e os observadores, por certo terão motivos que os
impelem a comparecer e, inapelavelmente, serão julgados com a mesma medida que
julgarem.
Os encarnados necessitados
ofertam às Instituições Espíritas, através dos diversos problemas de que são
portadores, oportunidade para a prática da fraternidade pregada e exemplificada
por Jesus.
No plano desencarnado, há o grupo
de trabalho constituído de dirigentes, vigilantes e auxiliares; os sofredores e
os obsessores; e o público (observadores, curiosos e perturbadores).
Da tarefa extraordinária
realizada pelos trabalhadores espirituais votados ao Bem, falam a ordem e a
disciplina observadas nos trabalhos das instituições que praticam a mediunidade
com Jesus.
Os necessitados do plano
desencarnado (sofredores em geral, inclusive obsessores) e os do plano encarnado
(sofredores em geral, inclusive obsidiados) são
a razão principal das reuniões mediúnicas espíritas (nem toda a reunião
mediúnica é espírita) e realizam-se conforme o preceito Evangélico citado por
Mateus, no capítulo X, versículo 8: “... Daí gratuitamente o que gratuitamente
haveis recebido” e devem ser reservadas
(sem público).
Nunca é demais repetir, reuniões
públicas só as palestras e as doutrinárias, é o que aconselha o bom senso,
colhido em mais de um século de Doutrina Espírita codificada.
O público desencarnado, por ser
heterogêneo, é, talvez, o que mais provoca a admiração dos neófitos. Estes, em
geral, esquecem-se de que o livre-arbítrio é dom concedido por Deus a todas as
criaturas – encarnadas e desencarnadas – e que o comparecimento a essas
reuniões lhes é facultado, em certas condições, com vistas ao indispensável
aprendizado.
Resumida a constituição das
reuniões espíritas, nunca é demais relembrar que o Espiritismo nada tem a ver
com práticas materiais e orientações interesseiras que provocam confusão entre
pessoas desavisadas. O Espiritismo nada tem a ver insistimos, com reuniões e
práticas em que haja vestimentas especiais ou insígnias, bebidas, substancias
que produzem fumaça, altares, imagens, velas e quaisquer outros objetos
materiais. Hinos só na língua do País e restritos a reuniões festivas (a cargo
geralmente da Infância e da Juventude) ou em reuniões de efeitos físicos.
Danças e cortejos, promessas, tabus e superstições são tão estranhas ao Espiritismo
quanto os títulos nobiliárquicos, sacramentos e toda a longa série de atos
materiais tão ao sabor da crendice popular. Também não há cobrança por
solenidades ou serviços, nem ofertas do céu aos seus seguidores e, menos ainda,
a ameaça do sofrimento ou perdição dos que lhes não esposam os ensinos.
Vamos estudar... para elucidar?
J.D. INNOCENCIO.
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