- O primeiro inimigo do médium
reside dentro dele mesmo.
Freqüentemente é o personalismo,
é a ambição, a ignorância ou a rebeldia no voluntário desconhecimento dos seus
deveres à luz do Evangelho, fatores de inferioridade moral que, não raro, o
conduzem à invigilância, à leviandade e à confusão dos campos improdutivos.
Contra esse inimigo é preciso movimentar as
energias íntimas pelo estudo, pelo cultivo da humildade, pela boa-vontade, com
o melhor esforço de auto-educação, à claridade do Evangelho.
O segundo inimigo mais poderoso do apostolado mediúnico não reside no
campo das atividades contrárias à expansão da Doutrina, mas no próprio seio das
organizações espiritistas, constituindo-se daquele que se convenceu quanto aos fenômenos,
sem se converter ao Evangelho pelo coração, trazendo para as fileiras do
Consolador os seus caprichos pessoais, as suas paixões inferiores, tendências
nocivas, opiniões cristalizadas no endurecimento do coração, sem reconhecer a
realidade de suas deficiências e a exigüidade dos seus cabedais íntimos.
Habituados ao estacionamento, esses irmãos infelizes desdenham o esforço
próprio – única estrada de edificação definitiva e sincera – para recorrerem
aos Espíritos amigos nas menores dificuldades da vida, como se o apostolado
mediúnico fosse uma cadeira de cartomante. Incapazes do trabalho interior pela
edificação própria na fé e na confiança em Deus, dizem-se necessitados de
conforto. Se desatendidos em seus caprichos inferiores e nas suas questões
pessoais, estão sempre prontos para acusar e escarnecer. Falam da caridade,
humilhando todos os princípios fraternos; não conhecem outro interesse além do
que lhes lastreia o seu próprio egoísmo. São irônicos, acusadores e procedem
quase sempre como crianças levianas e inquietas. Esses são também aqueles
elementos da confusão, que não penetram o templo de Jesus e nem permitem a
entrada de seus irmãos.
Esse gênero de inimigos do apostolado
mediúnico é muito comum e insistente nos seus processos de insinuação, sendo
indispensável que o missionário do bem e da luz se resguarde na prece e na
vigilância. E como a verdade deve sempre
surgir no instante oportuno, faz-se imprescindível fugir deles. (Livro O
Consolador. Emmanuel/Francisco Cândido Xavier. Ed FEB).
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