Ansiedade significando "a reação básica do ser humano a um perigo que ameaça a sua existência, ou um valor que ele identifica com sua existência" (Rollo May, O Homem à Procura de Si Mesmo, p. 34), pode também ser entendida como tensão, nervosismo, angústia etc. Representando um estado afetivo normal, pode ser útil na medida em que "faz com que o indivíduo fique atento a um perigo iminente e tome as medidas adequadas para lidar com a situação" (Cheniaux, Elie. Manual de Psicopatologia, p. 87). A ansiedade não é, em si, um problema. À semelhança da febre e da dor, fenômenos que indicam que algo está acontecendo no corpo, também a ansiedade comunica que algo está errado. É como se organismo ao perceber o perigo, o risco ou ameaça, dissesse: "Prepare-se"!
A ansiedade apresenta manifestações somáticas (sintomas cardiovasculares, gastroentestinais, perturbações do sono, respiratórios, etc.) e psíquicas (apreensão, idpéias de suicidio, irritabilidade, medo de perder o controle, de morrer, prreocupações desnecessárias e exageradas, etc.). Quando suas manifestações se tornam intensas, persistentes e terminam por interferir de modo significativo no funcionamento geral do indivíduo, estamos diante de um transtorno de ansiedade: Transtorno de Pânico, Fobia Social, Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), Transtorno de Estresse Pós-Tramático dentre outros.
As abordagens que tentam explicar as raizes da ansiedade transitam pelos modelos psicológicos, psicossociais, culturais, neurobiológicos, etc. Ampliando nossos referenciais de análise do ser humano e seus problemas, é possível compreender que a ansiedade é um fenômeno que não pode ser observado tão somente pelas suas manifestações fisiológicas ou psicológicas mais superficiais. Lembra a benfeitora espiritual que "fobias, ansiedades, amarguras, fixações torpes, encontram-se no inconsciente pessoal, resultantes das experiencias variadas que não foram eliminadas por catarses indispensáveis à sua eliminação" (Joanna de Ângelis, Triunfo Pessoal, p.158).
Os graves problemas da ansiedade (os transtornos) estão a desafiar o homem contemporâneo que é, em verdade, um Ser espiritual em trânsito evolutivo necessitando desenvolver a consciência e os padrões emocionais e comportamentais de modo saudável e construtivo.
A concepção que temos do sentido da existência aqui no planeta, combinada com a fé no futuro, dão ao Espírito a calma e a resignação, que são a base para a sua serenidade (ver O Evangelho Segundo o Espíritsmo, cap V, ítem 14). Portanto, para trabalharmos nossa ansiedade precisaremos buscar uma filosofia de vida saudável, rever os valores que norteiam nossa vida, mergulhar dentro de nós mesmos para nos conhecermos, traçar metas saudáveis e investigar o que realmente valorizamos, além de buscar desenvolver o nosso relacionamento com a dimensão espiritual da vida. Como afirmou o admirável Léon Denis, todas as nossas ansiedades e incertezas cessarão quando tivermos compreendido que a vida é comunhão universal e que Deus e todos os seus filhos vivem, em conjunto, essa vida". (O Grande Enigma, cap III, p.50-51). É exatamente essa noção de que fazemos parte de um todo e de que tudo se interliga (ver o O Livro dos Espíritos, perg. 540) que nos dá a base para nossa fé, o alimento da nossa alma.
A profunda sensação de separação, desproteção de ansiedade, fica evidente nos transtornos de ansiedade. Como me percebo separado das fontes de proteção e amparo (Deus, por exemplo), fico inseguro, tenho medos e experimento a ansiedade. Tudo à minha volta representa perigo, risco ameaça. É aqui que o mergulho em direção a nós mesmos representa ação madura que levará ao equilibrio necessário para a transformação da ansiedade. "Quanto mais forte a consciência de nós mesmos, tanto melhor podemos lutar e vencer ansiedade", afirmou o psicoterapeuta Rollo May (p.37).
Preso no medo e à insegurança, o homem perde a coragem de se aventurar, de se lançar na vida para encontrar o seu sentido e realizar sua missão espiritual na Terra. Talvez isto tenha levado o filósofo dinamarques Sören Aasbye Kierkegaard (1813-1855) a afirmar que "aventurar-se no sentido mais elevado é precisamente tomar consciência de si próprio". E se esta experiência nos parecer difícil ou ameaçadora, gerando ansiedade, lembremo-nos, com Pedro, que Deus tem cuidade de nós (I Pedro, 5:7). HENRIQUE FERNANDES. Artigo publicado na revista CULTURA ESPÍRITA, ICEB - Instituto de Cultura Espírita do Brasil, Ano 01 nº01 - abril/2009.
A ansiedade apresenta manifestações somáticas (sintomas cardiovasculares, gastroentestinais, perturbações do sono, respiratórios, etc.) e psíquicas (apreensão, idpéias de suicidio, irritabilidade, medo de perder o controle, de morrer, prreocupações desnecessárias e exageradas, etc.). Quando suas manifestações se tornam intensas, persistentes e terminam por interferir de modo significativo no funcionamento geral do indivíduo, estamos diante de um transtorno de ansiedade: Transtorno de Pânico, Fobia Social, Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), Transtorno de Estresse Pós-Tramático dentre outros.
As abordagens que tentam explicar as raizes da ansiedade transitam pelos modelos psicológicos, psicossociais, culturais, neurobiológicos, etc. Ampliando nossos referenciais de análise do ser humano e seus problemas, é possível compreender que a ansiedade é um fenômeno que não pode ser observado tão somente pelas suas manifestações fisiológicas ou psicológicas mais superficiais. Lembra a benfeitora espiritual que "fobias, ansiedades, amarguras, fixações torpes, encontram-se no inconsciente pessoal, resultantes das experiencias variadas que não foram eliminadas por catarses indispensáveis à sua eliminação" (Joanna de Ângelis, Triunfo Pessoal, p.158).
Os graves problemas da ansiedade (os transtornos) estão a desafiar o homem contemporâneo que é, em verdade, um Ser espiritual em trânsito evolutivo necessitando desenvolver a consciência e os padrões emocionais e comportamentais de modo saudável e construtivo.
A concepção que temos do sentido da existência aqui no planeta, combinada com a fé no futuro, dão ao Espírito a calma e a resignação, que são a base para a sua serenidade (ver O Evangelho Segundo o Espíritsmo, cap V, ítem 14). Portanto, para trabalharmos nossa ansiedade precisaremos buscar uma filosofia de vida saudável, rever os valores que norteiam nossa vida, mergulhar dentro de nós mesmos para nos conhecermos, traçar metas saudáveis e investigar o que realmente valorizamos, além de buscar desenvolver o nosso relacionamento com a dimensão espiritual da vida. Como afirmou o admirável Léon Denis, todas as nossas ansiedades e incertezas cessarão quando tivermos compreendido que a vida é comunhão universal e que Deus e todos os seus filhos vivem, em conjunto, essa vida". (O Grande Enigma, cap III, p.50-51). É exatamente essa noção de que fazemos parte de um todo e de que tudo se interliga (ver o O Livro dos Espíritos, perg. 540) que nos dá a base para nossa fé, o alimento da nossa alma.
A profunda sensação de separação, desproteção de ansiedade, fica evidente nos transtornos de ansiedade. Como me percebo separado das fontes de proteção e amparo (Deus, por exemplo), fico inseguro, tenho medos e experimento a ansiedade. Tudo à minha volta representa perigo, risco ameaça. É aqui que o mergulho em direção a nós mesmos representa ação madura que levará ao equilibrio necessário para a transformação da ansiedade. "Quanto mais forte a consciência de nós mesmos, tanto melhor podemos lutar e vencer ansiedade", afirmou o psicoterapeuta Rollo May (p.37).
Preso no medo e à insegurança, o homem perde a coragem de se aventurar, de se lançar na vida para encontrar o seu sentido e realizar sua missão espiritual na Terra. Talvez isto tenha levado o filósofo dinamarques Sören Aasbye Kierkegaard (1813-1855) a afirmar que "aventurar-se no sentido mais elevado é precisamente tomar consciência de si próprio". E se esta experiência nos parecer difícil ou ameaçadora, gerando ansiedade, lembremo-nos, com Pedro, que Deus tem cuidade de nós (I Pedro, 5:7). HENRIQUE FERNANDES. Artigo publicado na revista CULTURA ESPÍRITA, ICEB - Instituto de Cultura Espírita do Brasil, Ano 01 nº01 - abril/2009.
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