POR QUE MOISÉS PROIBIU A COMUNICAÇÃO COM OS ESPÍRITOS

(Ruy Gibim Professor, Sociólogo, Pesquisador)

Moisés foi o legislador hebreu que viveu 1500 anos antes de Jesus e, como legislador, escreveu cinco livros, que são: GÊNESIS, que trata da criação do Mundo; ÊXODO, que trata da saída dos hebreus do Egito; LEVÍTICO, que trata da organização do culto; NÚMEROS, que dá o recenseamento do povo e DETERONÔMIO, que resume as leis e instruções de Moisés.
Em seu último livro, Deuteronômio, em um de seus artigos, Moisés proíbe as comunicações com os espíritos, em virtude dos abusos praticados.
Além dos cinco livros, Moisés psicografou, no Monte Sinai, os 10 Mandamentos que pertencem ao campo das revelações divinas, motivo pelo qual os cinco livros de autoria do próprio Moisés estão ultrapassados e desatualizados, pelo tempo e pela força do progresso, ao passo que os 10 Mandamentos estão atualizados, porque não são de autoria de Moisés, mas, sim, dos espíritos responsáveis pelas revelações divinas que o encaminhamento das criaturas na terra.
Devemos levar em consideração que Moisés foi um homem místico, com suas virtudes e defeitos, acertos e desacertos, luzes e sombras, belezas e fealdades, concordâncias e discordâncias, verdades e contradições; porém, é merecedor de nossa gratidão e do nosso respeito pela cultura e pelo amor que plasmou em nossos corações, mas, no campo da humanidade, só existe um orientador completo e irrepreensível para ser seguido na Terra, que foi, é e será, sempre, Jesus, nosso Mestre e Senhor.
E foi exatamente Jesus quem restabeleceu as comunicações com os espíritos, no Monte Tabor, quando dialogou com dois espíritos materializados, Elias e Moisés, na presença dos três discípulos: Simão Pedro, Tiago e João; portanto, estavam revogadas as proibições e restabelecidas, novamente, as comunicações com os espíritos.
A verdade é que os médiuns sempre estiveram presentes nos grandes acontecimentos e nas grandes realizações, através dos oráculos, Pitonisas, Sibilas, Grupos Psíquicos, Templos Espíritas, Terreiros de Umbanda, Candomblés e laboratórios de Parapsicologia.
Na Bíblia, no Velho Testamento, encontramos o rei Saul, antes da batalha de Gelboé, consultando a Pitonisa de Hendor, e o espírito consultado foi Samuel. A médium que transmitiu as orientações de Samuel foi incisiva e conclusiva na informação: “Rei Saul e seus filhos morrerão em batalha e seu exército será dizimado”. E foi, exatamente, o que aconteceu.
Alexandre Magno, da Macedônia, antes de partir para conquistar o Mundo, consultou a Pitonisa de Atenas e recebeu a seguinte informação do espírito comunicante:”Irás, lutarás, vencerás, voltarás e jamais morrerás em combate”. De fato, o conquistador Alexandre Magno conquistou o Mundo e não morreu em combate.
Sócrates, em Atenas, consulta o Oráculo de Delfos, o mais famoso, que ficava na ilha de Delfos e recebeu a seguinte advertência do espírito de Heráclito: “Homem, conhece-te a ti mesmo”, cuja orientação foi o ponto de partida para a sua filosofia cristã.
Eis o motivo pelo qual Jesus, em seu último banquete com seus discípulos, prometeu que enviaria o Consolador, o Espírito da Verdade, que ficaria efetivamente conosco para restabelecer todas as coisas, isto é, esclarecer o sentido de suas palavras e ensinamentos a homens mais evoluídos, capazes de as compreender e é por isso que a Doutrina Espírita, revivendo o Cristianismo, vem estabelecer o passado, orientando o presente e preparando o futuro cultural do Mundo.