Após a Introdução e os Prolegômenos divide-se em quatro partes, a ler: Parte Primeira: Das Causas Primárias, esta para a Obra Básica A Gênese Kardeciana (Ge). Parte Segunda: Do Mundo Espírita ou Mundo dos Espíritos, esta para a Obra Básica O Livro dos Médiuns (O LM). Parte Terceira: Das Leis Morais, esta para a Obra Básica, O Evangelho Segundo o Espiritismo (Ev). Parte Quarta: Das Esperanças e Consolações, esta para a Obra Básica O Céu e o Inferno ou A Justiça divina Segundo o Espiritismo (C I).
Na Parte Primeira: trata de Deus e o Infinito. Deus é. O Infinito é uma abstração;
Prova a existência de Deus:
a.“Na há efeito sem causa. Procurai em tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá”;
b. No sentimento instintivo, que todos os homens trazem em si, da existência de Deus!
c. Na causa das propriedades íntimas da matéria a causa primária da formação das coisas!
Faltando-lhe o sentido homem algum pode compreender a natureza íntima de Deus. Todavia, será dado um dia ao homem compreender o mistério da Divindade “quando não mais tiver o espírito obscurecido pela matéria. Quando, pela sua perfeição, se houver aproximado de Deus, ele o verá e O compreenderá”.
Deus possui em grau supremo todas as perfeições que o nosso ponto de vista pode abranger coisas que estão acima da inteligência do homem mais inteligente.
Deus é causa cáusica de tudo e não a “resultante de todas as inteligências e forças do Universo reunidas”, pois que “se assim fosse, Deus não existiria, porquanto seria efeito e não causa.” A idéia Panteísta “faz de Deus um ser material que embora dotado de suprema inteligência, seria em ponto grande o que somos em ponto pequeno.’ Não sabemos o que Deus é, mas sabemos o que Ele não pode deixar de ser”, Perfeito!
Não é dado ao homem conhecer o principio das coisas. Porém, Jesus disse: “Vós sois pequeninos deuses...” “O véu se levanta à medida que ele se depura”.
Espírito e matéria e acima de tudo Deus. “Deus, Espírito e Matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a Trindade Universal”.
A ponderabilidade é um atributo essencial da matéria como entende o homem; “Não, porém da matéria considerada como Fluido Universal”, princípio da matéria pesada’! A matéria é formada de um só elemento primitivo. Os corpos que o homem considera simples são transformações da Matéria Primitiva.
O Espaço Universal é infinito. Não há vácuo. “O que parece vazio esta ocupado por matéria que escapa aos sentidos e aos instrumentos”.
Deus disse: “Faça-se e a Luz e a Luz foi feita”. “Os mundos se formam pela condensação da matéria disseminada no Espaço”.
Para o povoamento “a terra continha os germens que aguardavam o momento favorável para se desenvolverem”. Povoamento aqui em sentido amplo: Povoamento com seres de todos os reinos.
Relativamente às diversidades das raças humanas no que se refere às diferenças físicas e morais provém do clima, da vida, e dos costumes. O homem surgiu em muitos pontos do Globo e em várias épocas que não se pode precisar. “Todos os vossos cálculos são quiméricos”, dizem os Espíritos Superiores que ditaram a Codificação, “o que constitui uma das causas das diversidades das raças”. Todavia, todos somos irmãos em Deus e “tendemos para o mesmo fim”.
Todos os Globos que se movimentam no Espaço são habitados e o homem da Terra “esta longe de ser o primeiro em bondade, inteligência e em Perfeição”. As constituições físicas são diferentes, adequadas ao meio!
Quando as idéias religiosas “caminharem” de par com as ciências, “longe de perderem alguma coisa se engrandecerão”. “Esse o meio único de não apresentarem lado vulnerável ao cepticismo”.
Nós somos seres Orgânicos. Nossos corpos estão “animalizados’ pela “união com o Princípio Vital”. O Principio Vital tem por fonte o Fluido Universal. “O Principio Vital é a força motriz dos corpos orgânicos. Ao mesmo tempo em que o agente dá impulsão aos órgãos, a ação destes entretém e desenvolve a atividade daquele agente, quase como sucede com o atrito que desenvolve o calor.” O “esgotamento dos órgãos é a causa da morte dos seres orgânicos”. A Inteligência não é atributo do Princípio Vital. “E necessário que o Espírito se uma a matéria animalizada para intelectualizá-la”. “Os Espíritos são os seres inteligentes da Criação”. “Os Espíritos são a individualizações do princípio inteligente”. “Cada Espírito é uma unidade indivisível...”. “Envolve-o uma substância, vaporosa para os teus olhos, mas ainda bastante grosseira para nós.” (Reposta a Questão 93 de OLE). É o Perispírito invólucro semi-material tirado do fluido universal de cada globo
Desencarnados somos considerados Espírito, Ser inteligente da Criação, obra de Deus, criados simples e ignorante, individualização do princípio inteligente. Nossa existência não tem fim. Os Espíritos da Codificação nesse trecho entre as perguntas 78 e 83 dão um caráter de mistério em suas respostas, talvez seja a parte mais misteriosa de O Livro dos Espíritos. Carecemo-nos ainda de percepções transsensiveis.
O Mundo dos Espíritos é “aparte daquele que vemos”, “preexiste e sobrevive a tudo”. “O Mundo corporal poderia deixar de existir ou nunca ter existido, sem que isso alterasse a essência do mundo espírita; contudo, é incessante a correlação entre ambos, porquanto uns sobre o outro incessantemente reagem”.
Não existe região determinada e circunscrita no Espaço. Os Espíritos Estão por toda a parte e uma multidão nos olha e nos acotovela no mundo corpóreo. São “uma das potencias da natureza e os instrumentos de que Deus se serve para a execução de seus desígnios providenciais”. Todavia, “nem todos vão a toda parte por isso que há regiões interditas aos menos adiantados”.
Os Espíritos de nossa esfera de Evolução nada sabem da constituição do Espírito. A Ciência Espírita tem conhecimento e entendimento do Perispírito como a Ciência Humana o tem do Organismo humano. As Entidades Venerandas que ditaram a Codificação fizeram uma abordagem superficial de acordo com o que nossa inteligência pode suportar quando disseram que os espíritos se quiséssemos seriam uma chama, um clarão variando em cor de escuro e opaco a uma cor brilhante, qual a do rubi, “conforme o Espírito é mais ou menos puro”; que percorrem o espaço com a rapidez do pensamento que se lhes é um atributo. A matéria não se lhes constitui obstáculo, o ar, aterra o fogo!
O Espírito não se divide é um centro que se irradia para diversos lados, como um Sol. Todavia não se irradiam com igual força dependendo do grau de pureza de cada um. “Cada Espírito é uma unidade indivisível, mas cada um pode lançar seus pensamentos para diversos lados, sem que se fracione par tal feito”.
Os Espíritos são envolvidos por uma substancia vaporosa para os olhos humanos, mas ainda bastante grosseira. É o seu invólucro semimaterial tirado do Fluido Universal de cada globo. “Passando de um mundo a outro, o Espírito muda de envoltório, como mudais de roupa”. O envoltório do Espírito “tem a forma que este queira”. É “assim que vos aparece algumas vezes, quer em sonho, quer em estado de vigília, e que pode tomar forma visível, mesmo palpável”.
Os Espíritos “são de diferentes Ordens, conforme o grau de perfeição que tenham alcançado”. “São ilimitadas em número, porque entre elas não há linhas de demarcação traçadas como barreiras.” “Todavia, considerando-se os caracteres gerais dos Espíritos, elas podem reduzir-se a três principais”, ordens. De Primeira Ordem: Os Puros Espíritos. De Segunda Ordem: São os que chegaram ao meio da escala; desejo do bem é o que neles predomina. De Terceira Ordem: Parte inferior da escala. Os Espíritos Imperfeitos. “A ignorância, o desejo do mal e todas as paixões más que lhes retardam o progresso, eis o que os caracterizam”.
Os estudantes do Pensamento Espírita devem se deter nos estudos da Escala Espírita e “meditar longamente”. Esta conduta lhes dará acuidade Psicológica.
Os Espíritos não são bons ou maus, se melhoram e melhorando-se passam para uma Ordem mais elevada. Deus criou todos os Espíritos, Nós, simples e ignorantes isto é sem saber. “A cada um deu determinada missão, com o fim de esclarecê-los e de fazer chegar a progressivamente a perfeição, pelo conhecimento da verdade, para aproximá-los mais de Si.” Nesta perfeição é que eles encontram a pura e eterna felicidade.
Seriam como crianças que vão adquirindo aos poucos conhecimentos e experiência; somente que a vida do homem tem termo e “a dos Espíritos se alonga ao infinito”.
Os Espíritos não podem degenerar; “à medida que avançam compreendem o que os distanciava da perfeição.” “Concluindo uma prova, Espírito fica com a ciência que daí lhe veio e não a esquece. Pode permanecer estacionário, mas não retrograda”.
Deus não criou os Espíritos – Nós – perfeitos para que conquistássemos o mérito de fruir os benefícios da Perfeição. Vide os Robôs têm a Perfeição que se lhes é dada!
O Espírito ao formar-se, não é bom, nem mau; tem todas as tendências e toma uma ou outra direção, por efeito do seu livre-arbítrio. “O Livre-Arbítrio de desenvolve à medida que o Espírito adquire a consciência de si mesmo. Já não haveria liberdade, desde que a escolha fosse determina por uma causa independente da vontade do Espírito. A causa não está nele, está fora dele, nas influencias a que cede em virtude da sua livre vontade. É o que contém A FIGURA EMBLEMÁTICA DA QUEDA DO HOMEM E DO PECADO ORIGINAL: UNS CEDERAM À TENTAÇÃO, OUTROS RESISTIRAM”. NASCE AI A CONSCIENCIA. Até então eram somente automatismos.
“Os Espíritos são criados iguais quanto às faculdades intelectuais, porem, não sabendo donde vêm, preciso é que o livre-arbítrio siga seu curso. Eles progridem mais ou menos rapidamente em inteligência como em moralidade”.
Os Espíritos que desde o princípio seguem o caminho do bem nem por isso são Espíritos perfeitos. Não tem, é certo, mais pendores, mas precisam adquirir a experiência e os conhecimentos indispensáveis para alcançar a perfeição.
Todos os Espíritos que chegaram ao grau supremo da perfeição Deus olha de igual maneira. Todos chegarão a Perfeição relativa, pois que Perfeição absoluta somente Deus... Aqueles que enveredaram pela senda do mal chegarão também a Felicidade porem para eles as eternidades lhes serão mais longas.
Nós progrediremos ao Infinito. Não formam uma categoria especial, de natureza diferente da dos outros Espíritos os Seres que chamamos de anjos, arcanjos, Serafim. “São os Espíritos puros: os que se acham no mais alto grau da escala e reúnem todas as perfeições.” Percorreram todos os graus da Escala.
Todos os Seres foram criados por Deus: Causa Primária de todas as coisas. Todos destinados a Luz com a fatalidade do Bem! Assim, aqueles a quem chamais Demônios hoje serão chamados de Santos Amanhã.
A Reencarnação para uns é expiação para outros Missão. “Mas, para alcançarem a perfeição, têm que sofrer todas as vicissitudes da existência corporal. A reencarnação é Educativa e como tal enseja provas para avaliar se o Espírito está em co9ndições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação.
“A ação dos seres corpóreos é necessária à marcha do Universo”. “Deus, porém, na sua sabedoria, quis que nessa mesma ação eles encontrassem um meio de progredir e de se aproximar Dele. Deste modo, por admirável lei da Providencia, tudo se encadeia, tudo é solidário na Natureza.”
Quem somos nós os encarnados? Alma. Quando desencarnamos somos Espíritos Errantes normalmente, isto é, com necessidade imperiosa de reencarnar!
Encarnados, somos chamados convencionalmente de humanos, mulher/homem. O Ser humano “é formado de três partes essenciais: 1º o corpo ou ser MATERIAL, análogo ao dos animais e animado pelo mesmo princípio vital; 2º a alma, Espírito encarnado que tem no corpo a sua habitação; 3º o princípio intermediário, ou PERISPÍRITO, substância semimaterial que serve de primeiro envoltório ao Espírito e liga a alma ao corpo. Tais, num fruto, o gérmen, o perisperma e a casca”. Daí pode-se aceitar que o Homem - ser humano - só morre uma vez –“só se morre uma vez” dizem alguns para justificar suas convicções filosóficas e religiosas... é claro!** O que morre é o corpo. Morreu o corpo pelo falecimento dos órgãos, acabou! O Ser Real, Eu, Você, desencarnamos e reencarnaremos outra vez e morreremos ‘uma vez’ outra vez! A vida do homem não é eterna, a Vida do Espírito é que é Eterna!
“A, alma não se acha encerrada no corpo, qual pássaro numa gaiola. Irradia e se manifesta exteriormente, como a luz através de um globo de vidro, ou como o som em torno de um centro de sonoridade”. “A alma tem dois invólucros. Um sutil e leve: é o primeiro ao qual chamas perispírito; outro grosseiro, material e pesado, o corpo. A alma é o centro de todos os envoltórios, como gérmen em um núcleo, já o temos dito”.
“O Homem tem, instintivamente, a convicção de que nem tudo se lhe acaba com a vida. O nada lhe infunde horror. É em vão que se obstina contra a idéia da vida futura. Ao soar o momento supremo, poucos são os que não inquirem o que vai ser deles, porque a idéia de deixar a vida para sempre algo oferece de pungente.”
É erro dizer que ninguém jamais voltou para contar; temos aí a Mediunidade comprovando a Vida Futura, a Vida Espiritual. “... a missão do Espiritismo consiste precisamente em nos esclarecer acerca desse futuro, em fazer com que até certo ponto o toquemos com o dedo e o penetremos com o olhar, não mais pelo raciocínio somente, porém, pelos fatos. Graças às comunicações Espíritas, não se trata mais de uma simples presunção”.
“Que sucede a alma no instante da morte?” “Volta a ser Espírito, isto é, volve ao mundo dos Espíritos, donde se aparatara momentaneamente”.
Conserva a sua identidade comprovando-a pelo fluido que lhe é próprio, o Perispírito, haurido na atmosfera do seu planeta, e que guarda a aparência de sua última encarnação.
A separação da alma e do corpo não é dolorosa. “Durante a vida, o Espírito se acha preso ao corpo pelo seu envoltório semimaterial ou perispírito. A morte é a destruição do corpo somente, não a desse outro invólucro, que do corpo se separa quando cessa neste na vida orgânica. A observação demonstra que, no instante da morte, o desprendimento do perispírito não se completa subitamente; que, ao contrário, se opera gradualmente e com uma lentidão muito variável conforme os indivíduos. Em uns é bastante rápida, podendo dizer-se que o momento da morte é mais ou menos o da libertação. Em outros, naqueles, sobretudo cuja vida foi toda material e sensual, o desprendimento é muito menos rápido, durando algumas vezes dias, semanas e até meses, o que não implica existir no corpo, a menor vitalidade, nem a possibilidade de volver a vida, mas uma simples afinidade com o Espírito, a finidade que guarda sempre proporção com a preponderância que, durante a vida o Espírito deu à matéria. É, com efeito, racional conceber-se que, quanto mais o espírito se haja identificado com a matéria, tanto mais penoso lhe seja separar-se dela; ao passo que a atividade intelectual e moral, a elevação dos pensamentos operam um começo de desprendimento, mesmo durante a vida do corpo, de modo que em chegando a morte, ele é quase instantâneo. Tal o resultado dos estudos feitos em todos os indivíduos que se tem podido observar por ocasião da morte. Essas observações ainda provam que a afinidade, persistente entre a alma e o corpo, em certos indivíduos, é, às vezes, muito penosa, porquanto o Espírito pode experimentar o horror da decomposição. Este caso, porém, é excepcional e peculiar a certos gêneros de vida e a certos gêneros de morte. Verifica-se com alguns suicidas.”
“Por ocasião da morte, tudo, a principio, é confuso. De algum tempo precisa a alma para entrar no conhecimento de si mesma. Ela se acha como que aturdida, no estado de uma pessoa que despertou de um profundo sono e procura orientar-se sobre a sua situação. A lucidez das idéias e a memória do passado lhe voltam, à medida que se apaga a influencia da matéria que ela acaba de abandonar, e à medida que se dissipa a espécie de névoa que lhe obscurece os pensamentos.
Muito variável é o tempo que dura a perturbação que se segue à morte. Pode ser de algumas horas, como também de muitos meses e até muitos anos. Aqueles que, desde quando ainda viviam na Terra, se identificaram com o estado futuro que os aguarda a, são os em quem menos longa ela é, porque esses compreendem imediatamente a posição em que se encontram.
Aquela perturbação apresenta circunstancias especiais, de acordo com os caracteres dos indivíduos e, principalmente, como gênero de morte. Nos casos de morte violenta, por suicídio, suplicio, acidente, apoplexia, ferimentos, etc., O Espírito fica surpreendido, espantado e não acredita estar morto. Obstinadamente sustenta que não o está. No entanto, vê o seu próprio corpo, reconhece que esse corpo é seu, mas não compreende que se acha separado dele. Acerca-se das pessoas a quem estima, fala-lhes e não percebe por que elas não a o ouvem. Semelhante ilusão se prolonga até ao completo desprendimento do perispírito. Só então o Espírito se reconhece como tal e compreende que não pertence mais ao número dos vivos. Este fenômeno se explica facilmente. Surpreendido de improviso pela morte, o Espírito fica atordoado com a brusca mudança que nele se operou; considera ainda a morte como sinônimo de destruição, de aniquilamento. Ora, porque apenas, vê, ouve, tem a sensação de não estar morto. Mais lhe aumenta a ilusão o fato de se ver com um corpo semelhante, na forma, ao precedente, mas cuja natureza etérea ainda não teve tempo de estudar. Julga-o sólido e compacto como o primeiro e, quando se lhe chama a atenção para esse ponto, admira-se de não poder palpá-lo. Esse fenômeno é análogo ao que ocorre com alguns sonâmbulos inexperientes, que não crêem dormir. É que tem o sono por sinônimo de suspensão das faculdades. Ora, como pensam livremente e vêem, julgam naturalmente que não dormem. Certos Espíritos revelam essa particularidade, se bem que a morte não lhes tenha sobrevindo inopinadamente. Todavia, sempre mais generalizada se apresenta entre os que, embora doentes, não pensavam
A perturbação que se segue à morte nada tem de penosa para o homem de bem, que se conserva calmo, semelhante em tudo a quem acompanha as fases de um tranqüilo despertar. Para aquele cuja consciência ainda não está pura, a perturbação é cheia de ansiedade e de angustias, que aumentam a proporção que ele da sua situação se compenetra.
Nos casos de morte coletiva, tem sido observado que todos os que perecem ao mesmo tempo nem sempre tornam a ver-se logo. Presas da perturbação que se segue à morte, cada um vai para seu lado, ou só se preocupa com os que lhe interessam”.
REENCARNAÇÃO
Princípio Doutrinário Espírita que fundamenta a Justiça de Deus. Responde as ilações filosóficas e teosóficas: “É fora de dúvida que, ou as almas são iguais ao nascerem, ou são desiguais. Se são iguais, por que, entre elas, tão grande diversidade de aptidões?” De conhecimento? De posição social? Por que uns tão saudáveis, filhos de pais miseráveis e outros tão depauperados física e psicologicamente, filhos de Pais abastados?
“...O Espiritismo a seu turno vem pronunciar uma segunda palavra do alfabeto divino. Estais atentos, pois que essa palavra ergue a lápide dos túmulos vazios, e a REENCARNAÇÃO triunfando da morte, revela às criaturas deslumbradas o seu patrimônio intelectual. Já não é ao suplício que ela conduz o homem: condu-lo à conquista do seu ser, elevado e transfigurado. O sangue resgatou o Espírito e o Espírito tem hoje que resgatar da matéria o homem”. (Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XI, nº8).
As Reencarnações não são infinitas, é certo. A Vida-Verdade é a Vida Espiritual, em que os Espíritos chegaram à perfeição. Esses se encontram no seu estado definitivo. “No tocante às qualidades íntimas, os Espíritos são de diferentes ordens, ou graus, pelos quais vão passando sucessivamente, à medida que sem purificam. Com relação ao estado em que sem acham podem ser: Encarnados, isto é ligados a um corpo; Errantes, isto é, sem corpo material e aguardando nova encarnação para se melhorarem; Espíritos puros, isto é , perfeitos, não precisando mais de encarnação”. De forma que os Espíritos Errantes vivem a vida espiritual ainda sob o envolvimento efluivioso ou deletério da matéria, estão ENCARNADOS-NA-ERRATICIDADE! Os Espíritos Puros vivem no estado de VIDA-VERDADE! Os Espíritos purificados descem aos mundos inferiores, frequentemente, com o fim de auxiliar o progresso.
“Existem mundos particularmente destinados aos seres errantes, mundos que lhes podem servir de habitação temporária, espécies de bivaques, de campos onde descansem de uma demasiado longa erraticidade, estado este sempre um tanto penoso. São entre os outros mundos, posições intermediárias, graduadas de acordo com a natureza dos Espíritos que a elas podem ter acesso e onde eles gozam de maior ou menor bem-estar”. “Os Espíritos que se encontram nesses mundos podem deixá-los, a fim de irem para onde devam ir.”
Os Puros Espíritos têm o Universo por sua Casa; nada se lhes opõe obstáculo, tem por Trabalho Fazer o Bem, zelar e promover a Obra de Deus! Na Escala dos Mundos existem aqueles mundos-ditosos. Penso que os Puros Espíritos estão além da corporidade, “habitam” “ mundos incorpóreos”, incompreensíveis para nós!
Os Espíritos que ainda têm que Reencarnar pressentem a época de sua reencarnação, “como sucede ao cego que se aproxima do fogo”. A União da Alma com o Corpo “começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção, o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até o instante em que a criança vê a luz...”.
Questão 351 No intervalo que medeia da concepção ao nascimento, goza o Espírito de todas as suas faculdades? Resposta: Mais ou menos, conforme o ponto, em que se achem dessa fase, porquanto ainda na está encarnado, mas apenas ligado. A partir don instante da concepção, começa Espírito a ser tomado de perturbação, que o adverte de que lhe soou o momento de começar nova existência corpórea. Essa perturbação cresce de contínuo atém ao nascimento. Nesse intervalo, seu estado é quase idêntico ao de um encarnado durante o sono. À medida que a hora do nascimento se aproxima, suas idéias se apagam, assim como a lembrança do passado, do qual deixa de ter consciência na condição de homem, logo que entra na vida. “Essa lembrança, porém, lhe volta pouco a pouco ao retornar ao estado de Espírito.”
A vida intra-uterina é a da planta que vegeta. A criança vive vida animal. “O homem tem a vida vegetal e a vida animal, que pelo seu nascimento, se completam com a vida espiritual”. Buscando uma vida espiritualizada não estaria o Ser Humano iniciando a sua Completude ou então encarnado como Homem Integral?! (Continua...).
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