PENTATEUCO KARDEQUIANO

PENTATEUCO  KARDEQUIANO
OBRAS BÁSICAS

sábado, outubro 21, 2006

EMANCIPAÇÃO DA ALMA

SONHOS (...CONTINUAÇÃO).

“Os sonhos, em suas variadas formas, têm uma causa única: a emancipação da alma, esta se desprende do corpo carnal durante o sono e se transporta a um plano mais ou menos elevado do universo, onde percebe, com o auxílio de seus sentidos próprios, os seres e as coisas desse plano...” Este conceito o estudante deve sempre ter em mente... “Podem dividir – se os sonhos em três categorias principais”:

Primeiramente, o sonho ordinário, duramente cerebral, simples repercussão de nossas disposições físicas ou de nossas preocupações morais, é também o reflexo das impressões e imagens arquivadas no cérebro durante a vigília; na ausência de qualquer direção consciente, de toda a intervenção a da vontade, elas se desenvolvem automaticamente ou se traduzem em cenas indecisas, destituídas de coordenação e de sentido, mas que permanecem gravadas na memória.

O sofrimento em geral e, particularmente, certas enfermidades, facilitando o desprendimento do espírito, aumentam ainda mais a incoerência e a intensidade dos sonhos. O espírito, obstado em seu surto, empuxado a cada instante para o corpo, não se pode elevar. Daí o conflito entre a matéria e o princípio espiritual, que reciprocamente se influenciam. As impressões e imagens se chocam e confundem.

No primeiro grau de desprendimento, o espírito flutua na atmosfera, sem se afastar muito do corpo; mergulha, por assim dizer no oceano de pensamentos e imagens, que de todos os lados rolam pelo espaço, dele se impregna, e aí colhe impressões confusas, tem estranhas visões e inexplicáveis sonhos; a isso se mesclam às vezes reminiscências de vidas anteriores, tanto mais vivazes quanto mais completo é o desprendimento, que assim permite entrarem em vibração as camadas profundas da memória. Esses sonhos, de infinita diversidade, conforme o grau de emancipação da alma, afetam sobre tudo o cérebro material, e é por isso que deles conservamos a lembrança, ao despertar.

Por último vêm os sonhos profundos, ou sonhos etéreos, o espírito se subtrai à vida física, desprende – se da matéria, percorre a superfície da terra e a imensidade, onde procura os seres amados, seus parentes, seus amigos, seus guias espirituais. Vai, não raro ao encontro das almas humanas, como ele desprendido da carne durante o sono, com as quais se estabelece uma permuta de pensamentos e desígnios, dessas práticas conserva o espírito impressões que raramente afetam o cérebro físico, em virtude de sua impotência vibratória. Essas impressões se gravam, todavia, na consciência, que lhes guarda os vestígios, sob a forma de intuições, de pressentimentos, e influem, mais do que se poderia supor, na direção da nossa vida, inspirando os nossos atos e resoluções. Daí o provérbio: A noite é boa conselheira.”

“Algumas vezes, quando suficientemente purificada, a alma, conduzida por espíritos engélicos, chega em seus transportes a alcançar as sobranceiras do tempo, e vê desdobrarem – se o passado e o futuro. Se acaso comunica ao invólucro humano um reflexo das sensações colhidas, poderão estas constituir o que se denomina sonho profético.

Nos casos importantes, quando o cérebro humano vibra com demasiada lentidão para que possa registrar as impressões intensas ou sutis percebidas pelo espírito, e este quer conservar, ao despertar, a lembrança das instruções que recebeu, cria então, pela ação da vontade, quadros, cenas figurativas das imagens fluídicas, adaptadas à capacidade vibratória do cérebro material, sobre o qual, por um efeito sugestivo, as projeta energicamente, e, conforme a necessidade, se é inábil para isso, recorrerá ao auxílio dos espíritos mais adiantados, e assim revestirá o sonho de uma forma alegórica.

Entre os sonhos deste gênero, há alguns célebres, como por exemplo, o sonho do faraó, interpretado por José.

Muitas pessoas têm sonhos alegóricos, os quais nem sempre traduzem as impressões recebidas diretamente pelo espírito do indivíduo adormecido, mas, na maior parte das vezes, revelações provenientes das almas, que todos temos, prepostas a nossa guarda.

.....................................................................................................................................................................Nos sonhos são com freqüência, registrados fenômenos de premonição, isto é, comprova –se a faculdade que possuem certos sentidos de perceber, durante o sono, as coisas futuras. São abundantes os exemplos históricos:

Plutarco (Vida de Júlio César) faz menção do sonho premonitório de Calpúrnia, mulher de César. Ela presenciou durante a noite a conjuração de Brutus e Cassius o assassínio de César, e fez todo o possível para impedir este de ir ao Senado.

Pode – se também ver em Cícero (De Divinatione), I, (27) o sonho de Simônides. Em Valério Máximo (VII, Par I, 8), o sonho Máximo (VII, Par I, 8), o sonho premonitório de Aterio Rufo e (VII, Par I, 4) o do Rei Creso, anunciando – lhe a morte de seu filho Athys”.

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“Fatos mais recentes, registrados em grande número, podem ser comprobatóriamente mencionados, o sonho do presidente Abraão Lincoln, com sua morte.

“Em seu livro O Desconhecido e os Problemas Psíquicos, C. Flammarion cita 73 sonhos premonitórios”, dois dos quais por sua mãe (Cap IX). Na maior parte os reveste o caráter da mais absoluta autenticidade... ”(CONTINUA...).

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