Aprendemos a ler, a escrever, a somar, a subtrair. Ensinaram-nos a traçar mapas, a descrever eventos históricos, a falar outra língua, e muitas coisas mais. Por que não nos ensinaram a nos relacionar uns com os outros? Por que não aprendemos a conviver de maneira construtiva com as pessoas próximas?
Ninguém sai ileso de um encontro com outra pessoa. Este é um dos princípios básicos das Relações Interpessoais. Não sairmos ilesos significa sairmos diferentes, pessoas melhores ou piores de que aquelas que éramos ao iniciarmos o encontro. E o que determina a qualidade desse encontro? O que nos faz melhores ou piores? Não existe uma resposta única para esta questão ou uma explicação definitiva para pergunta tão complexa.
Complexos e imprevisíveis são os seres humanos, e misteriosas são as relações que estabelecem entre si. Poderíamos explicá-las falando do destino? De vidas passadas? De afinidades, identificação, complementação? Ou poderíamos falar de uma química corporal? Talvez um pouco de cada um desses fatores, um tanto vagos e abstratos. Uma coisa, no entanto, é certa; algumas pessoas se relacionam mais facilmente com as outras, tanto a nível pessoal quanto profissional. São pessoas preocupadas que mantém relacionamentos duradouros com Amigos e companheiros; são pessoas procuradas como confidentes por conhecidos e colegas de trabalho que enfrentam alguma crise. O que as tornam diferentes das demais? Sua simpatia, sua aparência, seu bom humor constante? Novamente aqui, a explicação estaria somente nestes fatores subjetivos? Ou poderíamos explicar seus sucessos nos relacionamentos, também através de algum fator objetivo? A resposta é Sim. Sim, existem elementos objetivos que favorecem as Relações entre as Pessoas: Esses elementos são as habilidades interpessoais, que desenvolvemos ao longo da vida de maneira informal, assistemática.
[…] Que efeitos produzem em mim as pessoas com que convivo? Que efeitos produzo nas pessoas com que convivo?
Todos nós podemos aprender a detectar em nós mesmos e nos outros aquelas habilidades que puxam para cima ao invés de puxarem para baixo. Aquelas habilidades que, construindo ao invés de destruir, nos ajudam a viver melhor neste mundo em crise e a encontrar um sentido maior para a própria vida. (FONTE: Construindo a Relação de Ajuda, Dra. Clara Feldman e Dr. Márcio Lúcio de Miranda. Ed. Crescer).
Pensamos que deveriam compor os diversos currículos escolares, conteúdos programáticos que tivessem por objetivo desenvolver habilidades de relacionamento. Não somente os currículos escolares, mas também os de diversos cursos, tais os de noivado, as palestras espíritas, os sermões católicos, as pregações evangélicas-reformistas e de outros segmentos religiosos; também nas preleções e palestras em clubes diversos, nas empresas, associações de bairro. Por que não nas reuniões de condomínio adrede agendada?!
Carecemos de um melhor relacionamento para nos aceitarmos. Acreditamos que um dos fundamentos para o Amai-vos uns aos outros, tão decantado e tão pouco praticado, deveria ser o nosso ideal, pois que tal é a Lei. Mas, o caminho é pela aceitação, acolhimento, etc. Estas técnicas (de Relação de Ajuda) simples e práticas nos ensinam a nos conhecer a nos estimar, abrindo as portas para o relacionamento interpessoal ideal.
Imaginemos uma Sociedade em que as pessoas se estimem, falem uma de cada vez, defendam o espaço do outro para terem o seu preservado e limpo, para o acolhimento fraterno. Continua
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