A
Supressão da Reencarnação
A
Reencarnação escamoteada e suprimida pela Igreja Católica. Por que será ?
Até agora, quase todos os historiadores da igreja romana acreditam
que a Doutrina da Reencarnação foi declarada herética durante o Concílio de
Constantinopla em 553 D.C, atual Istambul, na Turquia. No entanto, a condenação
da Doutrina se deve a uma ferrenha oposição pessoal do finado imperador
Justiniano, que nunca esteve ligado aos protocolos do Concílio. Segundo
Procópio, uma mulher de nome Teodora, filha de um guardador de ursos do
anfiteatro de Bizâncio, era a ambiciosa esposa de Justiniano, e na realidade,
era quem manejava o poder. Ela, como cortesã, iniciou sua rápida ascensão ao
Império. Para se libertar de um passado que a envergonhava, ordenou, mais
tarde, o expurgo de quinhentas antigas "colegas" e, para não sofrer
as consequências dessa ordem em uma outra vida como preconiza a lei do Carma,
empenhou-se em suprimir toda a magnífica Doutrina da Reencarnação. Estava
confiante no sucesso dessa anulação, decretada por Justiniano " em nome de
DEUS " !
Em 543 D.C, o déspota imperador Justiniano, sem levar em conta o
ponto de vista clerical, declarou guerra frontal aos ensinamentos de Orígenes -
exegeta e Teólogo ( 185 - 235 D.C ), ( ver Obs. ao final ), condenando tais
ensinamentos através de um sínodo especial. Em suas obras : De Principiis e
Contra Celsum, Orígenes tinha reconhecido, abertamente, a existência da alma
antes do nascimento e sua dependência de ações passadas. Ele pensava que certas
passagens do Novo Testamento poderiam ser explicadas somente à luz da
Reencarnação.
Do Concílio convocado por Justiniano só participaram bispos do
oriente (ortodoxos). Nenhum de Roma. E o próprio "Papa", que estava
em Constantinopla nesta ocasião, deixou isso bem claro.
O Concílio de Constantinopla, o quinto dos Concílios, não passou
de um encontro, mais ou menos em caráter privado, organizado por Justiniano,
que, mancomunado com alguns vassalos, excomungou e maldisse a doutrina da
preexistência da alma, com protestos do Papa Virgílio, e a publicação de seus
anátemas. Embora estivesse em Roma naquela época, o Papa Virgílio sequestrado e
mantido prisioneiro de Justiniano por oito anos, recusou-se a participar deste
Concilio, quando Justiniano não assegurou o mesmo quórum de bispos
representantes do leste e do oeste.
Uma vez convocado, o Concilio só incluiu 165 bispos da Cristandade
em sua reunião final, dos quais 159 eram da Igreja oriental. Tal fato garantiu
a Justiniano todos os votos de que precisava.
A conclusão oficial a que o Concílio chegou após uma discussão de
quatro semanas teve que ser submetida ao "Papa" para ratificação. Na
verdade, os documentos que lhe foram apresentados ( os assim chamados
"Três Capítulos") versavam apenas sobre a disputa a respeito de três
eruditos que Justiniano, há quatro anos, havia por um edito ( decreto )
declarado heréticos. Os "papas" seguintes, Pelagio I ( 556 - 561 D.C
), Pelagio II ( 579 - 590 D.C ) e Gregório ( 590 - 604 D.C ), quando se
referiram ao quinto Concílio, nunca tocaram no nome de Orígenes.
A Igreja teve alguns concílios tumultuados. Mas parece que o V
Concílio de Constantinopla II (553) bateu o recorde em matéria de desordem e
mesmo de desrespeito aos bispos e ao próprio Papa Virgílio, papa da época.
Muitos inconformados alegam que esse Concílio não tratou da
Reencarnação, e por isso a Igreja nunca esteve envolvida com tal princípio.
Porém a verdade é que, os seus Cânons ( Regra geral de onde se inferem regras
especiais ) do Magistério relacionado a este evento, mais especificamente o seu
Cânon 11, trata da condenação das teses de Orígenes e suas referências à preexistência
da alma. Vejamos uma versão em espanhol dessa parte decisória do Supremo
Pontificado :
Magisterio del C.E II de Constantinopla :
[En parte idénticos con la Homología del Emperador, del año 551]
Can. 11. Si alguno no anatematiza a Arrio, Eunomio, Macedonio,
Apolinar, Nestorio, Eutiques y Origenes, juntamente con sus impíos escritos, y
a todos los demás herejes, condenados por la santa Iglesia Católica y
Apostólica y por los cuatro antedichos santos Concilios, y a los que han
pensado o piensan como los antedichos herejes y que permanecieron hasta el fin
en su impiedad, ese tal sea anatema.
Aí está : O Cânon 11 ( Regra geral de onde se inferem regras
especiais ) condenando Orígenes e suas teses da preexistência da alma. Ora, a
preexistência do espírito com relação ao corpo vivificado por ele, é a base
fundamental para a Teoria da Reencarnação, pois que, ao admitirmos o reencarne
de um espírito, automaticamente estamos admitindo que ele já encarnou antes,
pelo menos uma vez que seja.
Justiniano presidiu esse Concílio. Era um teólogo que queria saber
mais de Teologia do que o Papa. Sua mulher, a imperatriz Teodora, foi uma
cortesã e se imiscuía nos assuntos do governo do seu marido, e até nos de
Teologia. Houve, portanto, a condenação da Doutrina da Preexistência, o que,
"ipso facto", condenou também a reencarnação, pois não existe
reencarnação sem a preexistência do Espírito.
VEJA COMO É FÁCIL CONCLUIR : Como a Doutrina da Reencarnação
pressupõe a da preexistência do espírito, Justiniano e Teodora PARTIRAM,
PRIMEIRO, PARA DESESTRUTURAR A DA PREEXISTÊNCIA, COM O QUE ESTARIAM,
AUTOMATICAMENTE, DESESTRUTURANDO A DA REENCARNAÇÃO ( !!! )
Então, em 543 d.C, Justiniano publicou um édito, em que expunha e
condenava as principais ideias de Orígenes, sendo uma delas a da preexistência.
Em seguida à publicação do citado édito, Justiniano determinou ao patriarca
Menas de Constantinopla que convocasse um Sínodo, convidando os bispos para que
votassem em seu édito, condenando dez anátemas deles constantes e atribuídos a Orígenes
[O Mistério do Eterno Retorno, pág. 127-127, Jean Prieur, Editora Best Seller,
São Paulo, 1996].
A principal cláusula ou anátema que nos interessa é a da
condenação da preexistência que, em síntese, é a seguinte : "Quem
sustentar a mítica crença na preexistência da alma e a opinião, consequentemente
estranha, de sua volta, seja anátema" ( William Walker Atikinson, Ed.
Pensamento, São Paulo, 1997).
Vamos ver agora essa cláusula na íntegra e NO ORIGINAL EM LATIM :
"Si quis dicit, aut sentit proexistere hominum animas, utpote
quae antea mentes fuerint et sanctae, satietatemque cepisse divinae
contemplationis, e in deterius conversas esse; atque ideirco apofixestai id
este refrigisse a Dei charitate, et inde fixás graece, id est, animas esse
nuncupatas, demissasque esse in corpora suplicii causa : anathema !"
OU SEJA :
"Se alguém diz ou sustenta que as almas humanas preexistiram
na condição de inteligências e de santos poderes; que, tendo-se enojado da
contemplação divina, tendo-se corrompido e, através disso, tendo-se arrefecido
no amor a Deus, elas foram, por essa razão, chamadas de almas e, para seu
castigo, mergulhadas em corpos, que ele seja anatematizado !" ( O Mistério
do Eterno Retorno, pág. 127-127, Jean Prieur, Editora Best Seller, São Paulo,
1996 ).
Como se não bastasse, o tal Concílio NÃO DEVERIA TER VALIDADE
UNIVERSAL, POIS NÃO FOI CONVOCADO PELO PAPA VIGILIUS que, na ocasião, achava-se
prisioneiro do Imperador Justiniano !!! Vejam : O Imperador Justiniano mandou
prender o Papa !!!
Além disso, há registros do historiador Paul Brunton ( com décadas
de estudos comparativos das religiões e das tradições antigas do Oriente e um
dos pensadores e Escritores mais perceptivos em transcrever aquela sabedoria
para o mundo ocidental ) que afirma que Justiniano anexou ao relatório do
Concílio de Constantinopla (553) um documento do Sínodo de Constantinopla, 543
d.C ( Sínodo é uma Assembleia de um pequeno número de bispos de uma região,
enquanto que o Concílio Ecumênico é uma assembleia de todos os bispos da Igreja
), dando a entender que a condenação da Reencarnação, feita pelo Sínodo, fosse
do Concílio !!! Veja como manipularam as decisões desse Concílio !!!
Paul Brunton foi considerado pelo meio acadêmico, como o maior
sábio inglês do Século 20. Sua Obra "Verdades em Perspectivas",
relata a morte, no Oriente Médio, de mais de um milhão de pessoas, logo após o
Concílio de Constantinopla (553), em choques com as forças de segurança de
Justiniano, porque não aceitaram a condenação da reencarnação.
Vamos agora, por curiosidade, transcrever o início da introdução
histórica desse célebre Concílio, contida na obra "Hefele, History of the
Councils", Vol. IV, p. 289 :
“In accordance with the imperial command but without the assent of
the Pope, the Council was opened on the 5th of May A.D. 553, in the Secretarium
of the Cathedral Church at Constantinople. Among those present were the
Patriarchs, Eutychius of Constantinople, who presided, Apollinaris of
Alexandria, Domninus of Antioch, three bishops as representatives of Patriarch
Eustochius of Jesuralem, and 145 other metropolitans and bishops, of whom many
came also in the place of a sent colleagues”.
OU SEJA :
“De acordo com ordens do Imperador mas sem o consentimento do
Papa, o Concílio foi aberto em 5 de maio de 553 da nossa era cristã, na
Secretaria da Igreja Catedral em Constantinopla. Entre os presentes achavam-se
os Patriarcas Eutichis de Constantinopla, quem presidiu, Apollinaris de
Alexandria, Domninus de Antioquia, três bispos como representantes do Patriarca
Eustochius de Jerusalém, e 145 outros bispos metropolitanos e bispos, dos quais
VÁRIOS VIERAM TAMBÉM EM LUGAR DE COLEGAS AUSENTES.”
E por que tanta ênfase na condenação de Orígenes ??? Ora,
Orígenes, em sua Obra Capital, “Dos Princípios”, livro I, passa em revista os
numerosos argumentos que mostram, na preexistência e sobrevivência das almas em
outros corpos, o corretivo necessário à desigualdade das condições humanas. De
si mesmo inquire qual é a totalidade dos ciclos percorridos por sua alma em
suas peregrinações através do Infinito, quais os progressos feitos em cada uma
de suas estações, as circunstâncias da imensa viagem e a natureza particular de
suas residências.
Está aí a argumentação de como É FACIL ESCAMOTEAR A VERDADE,
quando dizem que o Concílio II de Constantinopla não condenou a Reencarnação. O
termo "Reencarnação" não poderia mesmo constar em qualquer documento
ORIGINAL, antes de 1853, quando Kardec o formalizou em suas Obras. REPITO : O
que fizeram naquele Concílio foi enfraquecer as bases da pluralidade das
existências. Como a Doutrina da Reencarnação pressupõe a da preexistência do
espírito, Justiniano e Teodora PARTIRAM, PRIMEIRO, PARA DESESTRUTURAR A DA
PREEXISTÊNCIA, COM O QUE ESTARIAM, AUTOMATICAMENTE, DESESTRUTURANDO A DA
REENCARNAÇÃO ( !!! )
E a Igreja aceitou o edito de Justiniano - "Todo aquele que
ensinar esta fantástica preexistência da alma e sua monstruosa renovação, será
condenado" - como parte das conclusões do Concílio. Esta atitude da Igreja
levou a reações tais como a do Cardeal Nicolau de Cusa que sustentou, em pleno
Vaticano, a pluralidade das vidas e dos mundos habitados, com a concordância do
Papa Eugênio IV (1431 -1447), embora isso provocasse descontentamento de
influentes clérigos da Cúria Romana. Porém, havia e houve sempre o interesse em
sepultar esse conhecimento. Então, ao invés de uma aceitação simples e clara da
Reencarnação, a Igreja passou a rejeitá-la, justificando tal atitude com a
criação de Dogmas que lançam obscuridade sobre os problemas da vida, revoltam a
razão e impõem dominação, ignorância, apatia e graves entraves à autonomia da
razão humana e ao desenvolvimento espiritual da humanidade.
Portanto, a proibição da Doutrina da Reencarnação foi um erro
histórico, sem qualquer validade eclesiástica, mas que foi adotada, por
satisfazer os interesses do Sacerdócio Profissional e suas pomposas celebrações
que mais lembram as excentricidades dos cultos exteriores farisaicos do que a
simplicidade vivificante do amor exemplificado por Jesus.
É fácil para qualquer pessoa leiga no assunto, entender porque a
Reencarnação foi banida dos ensinamentos da Igreja, a qual planejava manter a
hegemonia sobre as pessoas ingênuas e satisfazer a sua ambição material. Para
citar apenas UM exemplo, lembremo-nos da “Venda de Indulgências” praticada pela
Igreja Católica. Quanto a esse fato, fazem-se necessários alguns
esclarecimentos :
- A Igreja Romana da época costumava dizer que algumas pessoas
possuíam mais méritos do que tinham necessidade, para serem salvas. Por isso,
esse "mérito extra" dessas pessoas poderia ser transferido -
especialmente através de pagamento - para pessoas cuja salvação era duvidosa.
Martim Lutero protestou contra esta prática, chamada de indulgência.
- No dia 31 de outubro de 1517, Lutero tornou públicas suas 95
Teses contra a venda de indulgências. Com este gesto desencadeou o processo da
Reforma.
- Indulgências eram recibos de perdão de pecados passados e
futuros. Os pecados eram perdoados a peso de ouro !
- Até pelos mortos podia-se comprar indulgências. Um dos nomes
mais conhecidos em Roma, nessa ocasião da construção da Basílica de São Pedro,
foi o do cardeal João Tetzel que viajava pelo mundo católico recolhendo
contribuições para essa construção. Uma das suas declarações relacionadas à
oportunidade das pessoas escaparem do Purgatório por meio de indulgências se
tomou célebre : " No momento em que uma moeda tilinta no fundo do
gazofilácio, uma alma escapa do purgatório ". Em outras palavras : "
Quando o dinheiro na caixa cai, a alma do purgatório sai ".
- Em pouco tempo, as 95 Teses estavam espalhadas por toda a
Alemanha.
- Em 30 de maio de 1518, Lutero enviou suas Teses ao Papa Leão X,
pois estava convicto que o Papa iria apoiá-lo contra os abusos das
indulgências.
- No dia 3 de janeiro de 1521, Lutero é oficialmente excomungado
da Igreja Católica.
Nota : A Igreja Católica tem duas inesgotáveis "galinhas dos
ovos de ouro" : o Purgatório e as Indulgências — sendo estas para salvar
os ricos, os que têm dinheiro com que resgatar os seus pecados. Porém,
lembremo-nos das palavras de Jesus, quando viu o jovem rico afastar-se dele por
não se dispor a vender seus bens para segui-lo :
"Em verdade vos digo que é difícil entrar um rico no reino de
Deus. ( Mt 19.23 ). Entretanto, dentro do ensino católico, essa entrada se
tornou fácil para os ricos, e pouco importa se eles são bons ou não : as
indulgências abrem-lhes as portas.
E os pobres que continuem sofrendo neste mundo e que paguem no
purgatório por séculos sem fim, o castigo dos seus pecados, porque não têm
dinheiro para missas e indulgências, muito embora Jesus houvesse dito: ... aos
pobres é anunciado o Evangelho ( Mt 11.5 ). Porém o Papa Leão X ensinava que
uma pessoa rica poderia doar terras e bens materiais à Igreja e assim comprar
um lote de terreno no paraíso. ( SIC )
Não é por acaso que a Igreja Católica é um dos maiores
proprietários de terras e imóveis em todo o mundo. Os banqueiros melhor
informados calculam as riquezas do Vaticano entre DEZ A QUINZE BILHÕES ( Eu
disse BILHÕES ) DE DÓLARES. Ele ( Vaticano ) possui grandes investimentos em
bancos, seguros, produtos químicos, aço, construções, imóveis etc. SOMENTE OS
DIVIDENDOS servem para manter de pé toda a organização, INCLUÍDAS AS OBRAS DE
BENEFICIÊNCIA. Tal fortuna vem sendo ACUMULADA em função das reaplicações no
mercado. Nos pátios do Vaticano, encontram-se todos os símbolos de uma
multinacional : Estacionamento repleto de Mercedes último tipo pretas, com
motorista. A Cúria Romana possui hoje, um patrimônio que talvez seja o mais
valioso do mundo pertencente a uma Instituição.
Será que Bancos Comerciais, Seguradoras, Produtos Químicos,
Industria do Aço, Construções, Imóveis ( são centenas espalhados pela Itália ),
automóveis Mercedes, também fazem parte do "Patrimônio Mundial da
Humanidade" ? Ou pertencem ao "Patrimônio Particular do
Vaticano" ?
Por que, ao invés de reaplicar o dinheiro, o Vaticano não o
redistribui para os mais carentes ? Será que é mesmo necessário ACUMULAR CERCA
DE 15 BILHÕES DE DÓLARES para manter a Igreja Romana ?
E a própria Revista "Isto É - Dinheiro" revela a
situação financeira do Vaticano, que apesar das dificuldades, mantém um
Patrimônio, revelado pela própria Cúria Romana, de 5 bilhões de dólares mais
3,2 bilhões de dólares depositados no Banco do Vaticano. E se essas cifras são
reveladas pela própria Igreja, então, é sinal que o montante pode ser muito
maior. E a Revista ainda diz : "... O pontífice tem ainda 1 mil apartamentos
registrados em seu nome na capital italiana, Roma." Para confirmar, acesse
:
http://www.terra.com.br/istoedinheiro/255/negocios/255_santa_crise.htm
Todos nós, e até mesmo os Católicos, não podemos acreditar que
Deus prefira manter ouro e luxo nas suas Igrejas ao mesmo tempo que muitos de
seus filhos morrem de fome pelo mundo.
Se um representante do Vaticano, hipoteticamente, perguntasse a
Cristo: " Que devo fazer para obter a vida eterna ? " Certamente que
Cristo não poderia responder de um modo diferente deste : " Se quiseres
ser perfeito, vai, vende o que tens (....) ". E a Igreja lhe deveria
objetar : " Se queres que eu cumpra a tua ordem de representar-Te na
Terra, devo possuir os meios do mundo ".
O problema é saber se isto, que é uma necessidade imposta pela
realidade da vida, é traição de princípios, é prostituição do ideal. É lícito
arrogar-se à posição de representantes de Cristo sem seguir os seus ditames ?
Isto significa que o Cristianismo atual não é feito só por Cristo,
mas é um seu produto, depois manipulado e adaptado pelos homens para seu uso.
Resultou disso uma Igreja que é uma mistura de humano e de divino, nasceu um
produto que parece híbrido, e que por querer ser as duas coisas não é
exclusivamente nem uma nem outra.
Conta-se que Tomás de Aquino, o "doutor angélico" da
Igreja Romana (1330 d.C.), ao visitar o Papa Inocêncio IV, este, depois de lhe
haver mostrado toda a fabulosa riqueza do Vaticano, disse, fazendo alusão às
palavras de Pedro ao coxo da porta Formosa :
- Vês, Tomás? A Igreja não pode mais dizer como nos primeiros
dias: " Não tenho prata nem ouro..."
- É verdade - confirmou Tomás - Mas também não pode mais dizer ao
coxo : " Levanta-te e anda ".
Estamos orando para que a Igreja possa dizer sempre com fé e
convicção :
" Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou
: Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda ! " (Atos 3.6).(§ 11).
- Conclusão Geral : Tal fato só poderia ser levado a termo se as
pessoas desconhecessem que não era preciso “comprar” suas salvações e sim
trabalharem intimamente a Reforma Espiritual para se tornarem dignos de
elevação na Escala dos eleitos de Deus. Portanto a eliminação do princípio da
Reencarnação era muito conveniente para a Igreja Católica.
Se nos reaproximarmos da doutrina da Reencarnação, afastando a
dogmática crença na ascensão do corpo físico de CRISTO crucificado, crescerá no
coração de cada um, e mesmo no coração daqueles que se educaram dentro do
cristianismo católico, a fé nas verdades puras, ensinadas pelo próprio CRISTO.
"Naquele tempo os discípulos o interrogaram dizendo: Por que
dizem pois os escribas que Elias deve vir primeiro? Ele respondeu: Digo-vos,
porém, que Elias veio e não o reconheceram, antes fizeram dele o que quiseram.
Então os discípulos compreenderam que tinha falado de João Batista"
(Mateus cap.17 vers.10 a 13).
"...não pode ver o reino de DEUS senão aquele que nascer de
novo..." (João cap.3 vers.3 a 10 - CRISTO ensinando reencarnação a
Nicodemos).
Obs.:
Orígenes
de Alexandria
Exegeta e Teólogo, jovem cristão filho de mártires, foi um
profundo conhecedor das Sagradas Escrituras e também estudioso da Filosofia
Grega, a qual foi levada ao seu maior brilho, graças à atuação desse notável
intelectual.
Na História da Igreja, além de ser o maior erudito religioso de
sua época, Orígenes foi o primeiro grande intérprete das Escrituras. A partir
dele praticamente todos os demais santos padres, de um modo ou de outro,
seguiram os caminhos por ele indicados neste assunto. É apontado por vários
historiadores como um dos maiores gênios cristãos de todos os tempos e dono da
mais vasta cultura que se possa imaginar. Estabeleceu as regras de conservação
e interpretação da Bíblia e lançou os fundamentos da reflexão cristã para os
séculos vindouros. Apologista de grande valor e de rara fecundidade literária,
tentou uma fusão entre o Cristianismo e o Platonismo ( Doutrina caracterizada
pela preocupação com os temas éticos, visando toda a meditação filosófica ao
conhecimento do Bem, conhecimento este que se supõe suficiente para a
implantação da justiça entre os Estados e entre os homens ).
Orígenes nos encanta por sua apurada visão Espiritual e sua
maneira especialmente lúcida de abordar a mensagem de Cristo. Nascido por volta
de 185 de nossa era, em Alexandria - onde ficava a famosa biblioteca, marco
único na história intelectual humana, e que foi destruída pela ignorância e
sede de poder dos romanos e, depois, por pseudo-cristãos ensandecidos e
fanáticos, Orígenes, desde cedo teve contato com a doutrina Cristã, especialmente
com seu pai, Leonídio, que foi martirizado em testemunho de sua fé.
Com isso, a família de Orígenes passou a ser estigmatizada, tendo
sido sequestrado todo o patrimônio que lhe pertencia. Para sobreviver, o jovem
e brilhante Orígenes passou a lecionar para ganhar seu sustento. Mente curiosa
e aberta, dedicava-se ao estudo e a discussão da filosofia, notadamente Platão
e os estoicos. Orígenes teve a mesma formação intelectual que viria a ter
Plotino, na escola de Amônio Sacas e, com certeza, as doutrinas ditas orientais
não lhe eram estranhas, e muito menos a ênfase num conhecimento psíquico direto
com o transcendente, que era típica da escola de Amônio, fundador do
neoplatonismo e, também, um simpatizante ( pelo menos em parte ) do
Cristianismo.
A Doutrina Palingenética, ou seja, da Reencarnação, era bem
conhecida por Platão e Sócrates. Tal Doutrina, foi muito familiar a Orígenes em
sua fase de formação, e posteriormente ele viria a divulgá-la abertamente, e
este foi um dos motivos pelos quais foi perseguido pela vertente católico
romana. Morreu em 254 D.C, na cidade de Tiro, em virtude da perseguição de
Décio, mais conhecido pelo nome de Trajano, o qual era um incansável opositor
do Cristianismo. Temos hoje, dessa forma, poucos de seus escritos, mesmo assim,
devidamente "maquilados".
Orígenes, é citado por Historiadores, como autor de
aproximadamente 6.000 obras, todas em grego. Os escólios ( interpretações )
sobre as Sagradas Escrituras são reconhecidas como os melhores trabalhos desse
grande Teólogo. Boa parte das que se conservaram, deveu-se à obra de tradução
para o latim do Monge Rufino, que residia no monte das Oliveiras, e do Monge
São Jerônimo, o tradutor da Vulgata, que residia em Belém.
Principais Trabalhos :
* Hexapla, seis traduções das Escrituras dispostas em colunas
paralelas.
* Comentários e homilias sobre Gênesis, Êxodo, Levítico, Números,
Josué, Juízes, Livro dos Reis, Jó, Salmos, Cântico dos Cânticos, Isaías,
Jeremias, Ezequiel, S. Mateus, S. Lucas, S. João, Epístola a Romanos.
* Tratados gerais: De Principiis ( contém a exposição de sua
Doutrina ) e Tratado contra Celso.
**********
OBS : Bibliografia relacionada à supressão da Reencarnação,
ocorrida no Concílio de Constantinopla :
NOTA : Caso haja interesse em adquirir os Livros abaixo, o Leitor
pode acessar o Site da Loja Virtual Candeia Net : www.candeianet.com.br . Na
Página principal, selecione a opção "AUTOR" e digite os dois
primeiros nomes do mesmo, no campo abaixo do termo "BUSCAR".
1) Reencarnação - O Elo Perdido do Cristianismo, de Elisabeth
Clare Prophet, Editora Nova Era.
Você vai saber como a Reencarnação esclarece os antigos conceitos
cristãos, como o batismo, a ressurreição e o reino de Deus. Veremos também como
os Patriarcas da Igreja suprimiram a Reencarnação da teologia cristã e por que
a Reencarnação pode resolver muitos dos conflitos que atualmente afligem a
humanidade. Observe a partir da pág. 211 ( 3ª Edição ): "...Justiniano,
que reinou de 527 a 565, foi o imperador mais hábil depois de Constantino - e o
que mais ativamente interferiu na teologia cristã. Emitiu éditos ( ordens
judiciais ), esperando que a Igreja endossasse os mesmos sem questionar. Nomeou
bispos e mandou até mesmo prender o Papa. Sua esposa Teodora, antiga cortesã,
manipulava os assuntos da Igreja nos bastidores..."
2) Analisando as Traduções Bíblicas, de Severino Celestino da
Silva, Ideia Editora.
Análise da tradução dos Textos Bíblicos, principalmente os
considerados mais divergentes, com relação à Doutrina Espírita. Mostra as
distorções nas traduções do hebraico para as línguas grega e latina. Utiliza
vários textos escritos em caracteres hebraicos. Verifique nas págs. 157 a 159 (
4ª Edição ), conforme o texto : "...Teodora teve muita influência nos
assuntos do governo do marido e até no que se referiu à teologia. Foi ela quem
acomodou os monges egípcios e os clérigos celíacos nos vários palácios da
capital e sobretudo no palácio de Hormisdas, que se tornara o centro da
propaganda monofisista..." .
"...Por ter sido ela uma prostituta, suas ex-colegas se sentiam
orgulhosas e decantavam tal honra. Mas esse fato a revoltara e se constituía
numa desonra, fazendo com que mandasse matar todas as quinhentas prostitutas de
Constantinopla".
3) A Reencarnação Segundo a Bíblia e a Ciência, de José Reis
Chaves, Editora Martin Claret. Nesta Obra, é citada a fonte : O Mistério do
Eterno Retorno, de Jean Prieur, Editora Best Seller.
Crer na Reencarnação implica negar a Ressurreição ? Respostas a
essas perguntas você encontrará neste livro, no qual a Reencarnação é vista como
realidade histórica, bíblica e científica. Constate que no Capítulo 8, páginas
185 em diante ( 5ª Edição ), o relato se assemelha com os registros obtidos do
Livro "Analisando as Traduções Bíblicas", citado anteriormente. A
Bíblia tem seu valor e merece o nosso respeito. É óbvio que os erros nela
existentes não são de Deus, são dos homens, sejam eles do mundo físico ou
espiritual - conclui o notável Escritor.
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