PENTATEUCO KARDEQUIANO

PENTATEUCO  KARDEQUIANO
OBRAS BÁSICAS

quinta-feira, dezembro 15, 2016

Deus , Jesus e eu...

            Em uma noite qualquer, em um hospital qualquer, Célia, que aguardava ansiosa, notícias de seu filho Joel, pulou da cadeira quando viu o cirurgião chegar e perguntou: "Como está meu filho? Ele vai ficar bem?"
          O cirurgião disse: "Sinto muito, fizemos tudo o que estava ao nosso alcance, mas não pudemos evitar."
         Célia então falou: "Por que as crianças têm câncer?  Será que Deus não se preocupa com elas? Onde estava Deus quando meu filho precisou dele?"
        O cirurgião disse: "A enfermeira sairá para lhe deixar uns minutos com o corpo de seu filho antes de o levarem para a Universidade.“
       Mas Célia preferiu que a enfermeira a acompanhasse enquanto se despedia de seu filho querido. Acariciou a sua cabeça e,  então, a enfermeira perguntou se ela queria guardar alguns fios de seu cabelo. Célia aceitou. A enfermeira cortou uma mecha, colocou em uma bolsinha de plástico e entregou a Célia. Aí Célia explicou à enfermeira:                                                                                
"Foi ideia de Joel doar o corpo à Universidade para ser estudado.                                                                 Disse que poderia ser útil a alguém. Era o que ele desejava.
Eu, a princípio, me neguei, mas ele me disse:
- Mamãe, eu não o usarei depois que morrer, e talvez ajude uma criança a desfrutar de um dia mais ao lado de sua Mãe. Meu Joel tinha um coração de ouro,  sempre pensava nos outros e desejava ajudá-los como pudesse."
           Aí, então, Célia saiu do Hospital Infantil pela última vez, depois de ter permanecido por lá nos últimos seis meses.  Colocou a bolsa com os pertences de Joel no assento do carro, junto a ela.
            Foi difícil dirigir de volta para casa, e mais difícil ainda foi entrar na casa vazia. Levou a bolsa ao quarto de Joel e arrumou os carrinhos em miniatura  e todas as demais coisas como ele gostava.  Sentou  na  cama de Joel e chorou até dormir, abraçando o pequeno travesseiro dele.    
            Acordou cerca de meia-noite. Junto a ela, havia uma folha de papel dobrada.                                            Célia abriu e era uma carta que dizia:

            “Querida Mamãe,
            Sei que você deve sentir minha falta mas não pense que eu a esqueci  ou que deixei de amá-la só porque não estou aí para dizer LHE AMO. Pensarei em você cada dia mamãe e cada dia a amarei ainda mais.                                           
        Algum dia voltaremos a nos ver. Se você quiser adotar um menino para que não fique tão sozinha, ele poderá ficar no meu quarto e brincar com todas as minhas coisas. Se quiser uma menina,  provavelmente ela não gostará das mesmas coisas que os meninos gostam, portanto a senhora terá que comprar bonecas e outros brinquedos de meninas. Nesse caso a senhora poderá doar as minhas coisas para outro menino. 
        Não fique triste quando pensar em mim, estou num lugar grandioso. Meus avós vieram me receber quando cheguei. Mostraram-me um pouco daqui deste maravilhoso lugar, mas levarei muito tempo para ver tudo.
Os anjos são muito amigos  e me encanta vê-los voar. Jesus não se parece com as imagens que vi d’Ele,  mas soube que era Ele assim que O vi. Jesus me levou para ver Deus!!   E, acredite, mamãe! Sentei-me no colo d’Ele e falei com Ele como se eu fosse alguém importante. Eu disse a Deus que queria lhe escrever uma carta, para me despedir e acalmá-la, mesmo sabendo que não era permitido.                                                
           Deus me deu papel e Sua caneta pessoal para que eu pudesse escrever esta carta.                    
Acho que se chama Gabriel o anjo que a deixará cair para você.
           Deus me disse para responder o que você perguntou:
        "Onde  estava  Ele  quando  eu  precisei? "Deus disse: "No mesmo lugar  de quando  Jesus  estava  na  cruz. Estava  justo  aí,  como  Deus sempre está  com todos os seus filhos".
           Esta  noite  estarei  à  mesa  com Jesus  para  o jantar.                                                                                     Sei que a comida será fabulosa. Ah! quase esqueci de dizer... 
          Não sinto mais nenhuma dor, o câncer foi embora.                                                                                         Estou feliz porque eu já não conseguia mais suportar tanta dor e, como Deus não podia me ver sofrendo daquela maneira, enviou o Anjo da Misericórdia para me levar.                                                                                       
O Anjo me disse que eu era uma entrega especial, foi como cheguei aqui.
             Assinado com Amor: 
             Deus, Jesus e eu.”


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