PENTATEUCO KARDEQUIANO

PENTATEUCO  KARDEQUIANO
OBRAS BÁSICAS

terça-feira, janeiro 12, 2016

NECESSIDADE / IMPULSO


Necessidade é um estado físico ou mental que obriga a preencher determinada finalidade sem impelir à ação.
A necessidade de alimentar-se atende à finalidade de manter a vida, mas não leva a procurar comida; a necessidade de relações carnais objetiva atende à reprodução.
O impulso é um estado de tensão gerado por um estímulo e que põe o organismo em movimento, para satisfazer a necessidade à qual se liga.
Assim, uma pessoa não come porque tenha necessidade: muitas sabem que a têm e não querem ou não podem comer; come por sentir-se impulsionada por um estado de excitação central que a leva a procurar meios de satisfazer a necessidade: cessado aquele estado, esta dá-se por atendida.
Os impulsos são sempre psíquicos, mas as necessidades podem ser fisiológicas ou psicológicas.
[...] Impulsos não obviamente ligados a necessidades são o medo, a cólera, a excitação [ ... ] e a alegria, conhecidos como emoções; o medo e a cólera, evocados por um perigo real, parecem atender à necessidade de autopreservação, mas isto teria sido muito mais no passado do que hoje em dia, quando manifestam-se a toda hora sem motivo patente.
[...] Os impulsos podem ser condicionados, ficando associados a certos estímulos que os despertam na hora apropriada; determinados alimentos estimulam o impulso de comer e um parceiro adequado o impulso erótico – as duas coisas com amplas variações individuais. Quando um impulso foi posto em função repetidas vezes por um dado estímulo, este tende a tornar-se um sinal para despertá-lo diretamente.
[...] Denomina-se impulso compulsivo ao que, em oposição ao espontâneo ou natural, tem de ser obedecido automaticamente, mesmo à custa dos interesses e sentimentos mais legítimos do sujeito, o que ele fará de q u a l q u e r m a n e i r a e s e m me d i r c o n s e q ü ê n c i a s
[ isto é, indiscriminadamente ]. Por exemplo, impulsionado intimamente a disputar determinada posição movido pela ambição compulsiva, ele usará o suborno, a mentira, a calúnia, inclusive a respeito de si mesmo, amigos e parentes.  Os impuls os compulsivos, segundo K. Horney, são as forças enfermiças que iniciam e sustentam as neuroses, originando-se de sentimentos de incapacidade, insegurança, medo e hostilidade formados na primeira infância.
Horney aplica a eles a designação de tendências neuróticas – impulsos destinados a atender a necessidades doentias do espírito; acha ela que eles permitem uma espécie de ajustamento precário às condições do mundo e da vida quando se está dominado por medos insegurança e isolamento; as condições mentais anômalas, então, não permitem lançar mão dos recursos normais de adaptação: cordialidade, cooperação solidariedade, etc.
Além disso, vários desses impulsos são contraditórios ou antagônicos, pelo que arrastam a pessoa em direções opostas com igual força estabelecendo os conflitos mentais, próprios do estado neurótico da mente. [ p. 111 ]
NOÇÃO DE ONDA ELETROMAGNÉTICA
Falamos bastante de energia, radiação, onda e vibração; não poucas vezes mencionamos a palavra eletromagnético. É hora de adquirirmos uma ideia do que tais vozes significam, mesmo porque são altamente relevantes no campo doutrinário espírita, sendo empregadas a todo momento, inclusive pelos escritores espirituais.
Onda é a forma pela qual a energia se propaga no espaço. O movimento do mar dá-nos uma representação do que é onda, bem como os círculos concêntricos formados na superfície de um lago quando pedras caem sobre a água.
A parte saliente [ou crista da onda] que sobe e corre indica o movimento gerado pela aplicação de energia [o impacto das pedras].
O que vemos é uma sucessão de abalos ou oscilações, isto é, sucessivas cristas propagando-se na água a partir do ponto onde a pedra caiu, tal como no mar [por outras razões]. Se houver um tonel ou rolha em cima da superfície, veremos ambos oscilarem [subir e descer alternadamente] à medida que as ondas passam. A distância entre duas cristas vizinhas chama-se comprimento de onda. E o número de oscilações observadas na unidade de tempo [usa-se o segundo] denomina-se freqüência.
Quanto maior aquele, tanto menor esta e vice-versa. Por exemplo, quanto mais espaçadamente caem as pedras na água, tantas maiores e menos numerosas serão as ondas; se caírem muito depressa, as ondas serão numerosas, muito próximas e, portanto, dotadas de alta frequência e curto comprimento de onda.
Suponhamos, agora, que não existam as águas do mar e do lago ou poça d’água. Veríamos o barril e a rolha flutuando no ar e não numa superfície visível se houvesse propagação de alguma onda, eles passariam a oscilar.
É o que sucede com as formas de energia que percorrem o espaço sob forma de ondas invisíveis.
Tanto as cargas elétricas quanto os campos magnéticos produzem ondas desse tipo e, mais, um campo elétrico é sempre acompanhado de um campo magnético.
Em virtude desse relacionamento manifesto, as diversas formas de energia que se propagam ondulatoriamente no espaço receberam a designação de ondas ou radiações eletromagnéticas [também podem ser chamadas de vibrações]. Podemos defini-las assim: as ondas eletromagnéticas são formas de energia constituídas de campos elétricos e campos m a g n é t i c o s [ situados em planos perpendiculares entre si] que se deslocam velozmente no espaço.
No vácuo, sua velocidade é a da luz [300.000 km por segundo].
O comprimento de onda é uma característica que permite classificar comodamente tais vibrações; dos mais curtos aos mais longos, temos as seguintes modalidades:
Raios cósmicos – Até 0,000.000.000.1 mm.
São os mais curtos e penetrantes. Contém partículas atômicas e radiação eletromagnética, às quais estamos fazendo referência. Cruzam o espaço universal em todas as direções.
Raios gama – De 0,000.000.000.1 a 0.000.000.001 mm. Originam-se do núcleo atômico quando este sofre alterações.
Raios X – De 0,000.000.001 a 0.000.01 mm. Formam-se quando os elétrons chocam-se com chapas metálicas.
Ultravioleta – De 0,000.01 a 0,000.4 mm. Libertam-se quando os elétrons saltam de um nível externo para outro mais interno. A luz solar é rica em raios ultravioletas, que queimam a pele.
Luz visível – De 0,000.4 a 0,000.7 mm. Escapa do átomo pela mesma razão precedente.
Infra-vermelho – De 0,000.7 a 0,1 mm. Ainda como o anterior e como calor de irradiação dos corpos aquecidos.
Ondas hertzianas – De 1 mm a 1 km. São semelhantes às anteriores, porém, usadas nos transmissores de rádio e de televisão [nesta, as mais curtas].
OBS: - As ondas eletromagnéticas supra relacionadas são lançadas no espaço de maneira descontínua [não como a corrente d’água caindo duma torneira]; em forma de “pacotes” de energia ou unidades denominadas fótons.
A energia de um fóton chama-se quantum [plural: quanta]. [ p. 255 ]

20 MAI 2006 ROCELHOU@GMAIL.COM

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