O
novo testamento relata um fenômeno chamado modernamente de Xenoglossia, que é a
faculdade do médium em falar línguas que lhe são desconhecidas inclusive
línguas mortas. Após a festa da páscoa, época em que Jesus foi condenado e
crucificado, os apóstolos estavam reunidos em Jerusalém diante de uma multidão
de pessoas de varias nacionalidades e de línguas diferentes, em determinado
momento os discípulos de Jesus passaram a falar misteriosamente na língua dos
que estavam ali presentes. Enquanto eles falavam, as pessoas entendiam “cada
uma na sua própria língua”. O texto encontra-se em Atos dos Apóstolos 2:1-12.
Nos dias atuais, um episódio semelhante aconteceu com o médium Divaldo Pereira
Franco e fora narrado pelo confrade Aurelino Alves Neto, na revista “A VERDADE”
Nº25 a 30, Janeiro/ junho de 1991, órgão divulgador da Federação Espírita
Pernambucana.
Reproduzimos aqui o texto da revista, hei-lo: “… numa de suas jornadas
doutrinárias pelo exterior, estava o renovado orador espírita Divaldo Pereira
Franco a pronunciar importante palestra na capital Italiana e, como falasse em
português, serviu-se de um tradutor para fazer-se entendido pela enorme massa
de ouvintes atentos e expectantes.
Em carta endereçada pelo confrade Raymundo R. Espelho, diretor do correio
fraterno do ABC e datada de Lugano, Itália, o Dr. Geraldo Campana dá-nos seu
precioso depoimento: “Durante uns quinze minutos eu fiz a tradução. Então eu
parei e ele (Divaldo) continuou falando (depois ele nos contou que Joana de
Ângeles apareceu e falou-lhe que podia falar sem a tradução, pois os espíritos
tinham magnetizado a todos de modo a fazê-los compreender o que falasse e
realmente assim aconteceu. Um dia depois eu perguntei a um primo se ele tinha
compreendido tudo e ele me respondeu que a um certo momento parecia que Divaldo
estava falando em Italiano.
Como houvéssemos ventilado o fato com o Divaldo, em nossa correspondência, ele
no-lo confirmou em carta de 11-08-77…”.
Pois é, casos de mediunidade dessa natureza vêm nos mostrar a ação do Espírito
Santo, isto é, dos Espíritos do Senhor, executores das vontades Divinas a
agirem hoje como agiram na época de Jesus e dos Apóstolos, auxiliando na
exposição das verdades de Deus aos homens, das quais, atualmente o Espiritismo
é portador. Os dons mediúnicos, como faculdades inerentes ao ser humano, foram
e continuam sendo uma das principais ferramentas utilizadas pela
espiritualidade superior para essa divulgação.
Jefferson
Moura de Lemos
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