LIVRO
DA ESPERANÇA
FRANCISCO
CÂNDIDO XAVIER
PELO
ESPÍRITO EMMANUEL
87 – Ante
a Mediunidade
“Dai
gratuitamente o que gratuitamente recebestes.” Jesus (Mateus, 10:8)
“Procure,
pois, aquele que carece do que viver, recursos em qualquer parte, menos na
mediunidade; não lhe consagre, se assim for preciso, senão o tempo de que materialmente possa dispor. Os Espíritos lhe
levarão em conta o devotamento e os sacrifícios, ao passo que
se afastam dos que esperam fazer deles uma escada por onde subam.” (Cap. 26,
Item 10)
Mediunidade
na bênção do auxílio é semelhante à luz em louvor do bem.
Toda
luz é providencial.
Toda
mediunidade é importante.
Reflitamos
na divina missão da luz, a expressar-se de maneiras diversas.
Temo-la
no alto de torres, mostrando rota segura aos navegantes; nos postes da via
pública, a benefício de todos; no recinto doméstico, em uso particular; nos sinais
de trânsito, prevenindo desastres; nos educandários, garantindo a instrução; nas
enfermarias em socorro aos doentes; nas lanternas humildes, que ajudam o viajor,
à distância do lar; nas câmaras do subsolo, alentando o operário suarento, na conquista
do pão.
Todo
núcleo de energia luminosa se caracteriza por utilidade especifica.
Nenhum
deles ineficiente, nenhum desprezível.
A
vela bruxuleante que salva um barco, posto à deriva, é tão indispensável quanto
o lustre aristocrático que se erige na escola, no amparo as inteligências transviadas
na ignorância.
A
candeia frágil que indica as letras de um livro, numa choça esquecida no campo,
é irmã do foco vigoroso que assegura o êxito do salão cultural.
No
que tange à luz, o espetáculo é acessório.
Vale
o proveito.
Em
matéria de mediunidade, o fenômeno é suplemento.
Importa
o serviço.
Em
qualquer tarefa das boas obras, deixa, pois, que a mediunidade te brilhe nas
mãos.
Entre a
lâmpada apagada e a força das trevas não há diferença.
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