O espiritismo, segundo Allan
Kardec, destruiu o império do maravilhoso e do sobrenatural.
Por volta de 1968, os Drs.
V. Inyushin, V. Grischenko, N. Fedorava e F. Gibadulin, anunciaram o que
descobriram: todos os seres vivos – plantas, animais e os homens, possuem não
apenas o corpo físico, constituído de átomos e moléculas, mas também um corpo
energético, a que deram o nome de Corpo de Plasma Biológico.
Na obra “A essência Biológica do Efeito Kirlian”, V.
Inyushin e V. Grischenko relatam as pesquisas que realizaram em torno do “corpo
energético. A certa altura do trabalho elucidam: “ a bioluminescência visível nas
fotografias Kirlian é causada pelo bioplasma e não pelo estado elétrico do
organismo. Um dos traços mais característicos desse corpo energético colorido e
vibrante, que existe em todos os seres vivos, é a sua organização espacial
específica. Possui forma. No interior do corpo energético os processos têm o
seu próprio movimento labiríntico, absolutamente diverso do padrão de energias
no corpo físico. O corpo bioplásmico também é polarizado.
“O
plasma biológico do corpo energético” – enfatizam os ilustres pesquisadores
– “é específico de cada
organismo, de cada tecido e, possivelmente, de cada biomolécula. A especificidade
determina a forma do organismo”.
Nos últimos anos, esclarecem Sheila
Ostrander e Lyn Schoeder, inúmeros cientistas de vários países têm pressuposto
a existência de uma espécie de matriz, uma espécie de padrão organizador
invisível, inerente aos seres vivos. Na Rússia, por exemplo, o Dr. Alexandre
Studitsky, do Instituo de Morfologia Animal de Moscou, picou um tecido muscular
em pedacinhos e os enfiou na ferida feita no corpo de um rato. A partir desses
pedacinhos, o corpo reconstituiu um músculo inteiramente novo, como se
existisse um padrão organizador. Um neurologista norte-americano descobriu que
poderia atinar com vestígios do padrão de campo elétrico do membro amputado de
uma salamandra. Outros cientistas, tomando do glóbulo de protoplasma, que
deveria crescer no braço de um animal fetal colocaram-no na perna. Daí nasceu
uma perna, e não um braço, o que supõe, mais uma vez, a existência de um campo
organizador.
Será
o corpo brilhante de luz que os Kirlian descobriram esse molde ou padrão
organizador?, perguntaram os pesquisadores do momentoso assunto. Em caso
afirmativo, que relação existe entre o importantíssimo corpo energético e o
corpo físico? Nas fotografias, os experimentadores russos demonstram que,
embora se corte parte do corpo físico de um ser vivo, o corpo bioplásmico
subsiste inteiro e claramente visível, num campo de alta freqüência. Quando o
corpo energético desaparece, a planta ou o animal falece.
“Existe uma relação rigorosa entre o
corpo físico e o corpo energético (entre a matéria atômico-molecular e o estado
plásmico dos seres vivos); a energia de qualquer ser vivo é feita da energia
das suas células físicas e da energia móvel do bioplasma, asseguram Inyushin,
Grischenko e seus pares.
Impõem-se,
então, as seguintes perguntas: o que gera essa energia bioplásmica? Como reabastecemos o corpo
energético? Os cientistas russos descobriram que o oxigênio que respiramos
converte alguns dos seus elétrons excedentes a um certo “quantum” de energia no
corpo energético. Na silenciosa carga de alta freqüência foi-lhes possível
assistir, efetivamente, ao processo no instante em que ocorria. Ao que tudo
indica, deduz-se, a respiração carrega o corpo bioplásmico, renova as reservas
de energia vital e ajuda a regularizar
os padrões energéticos perturbados. “A filosofia hindu da Ioga”, lembra, S.
Ostrander e L. Schoeder, “sempre sustentou que a respiração carrega todo o
corpo de “força vital” ou “prana”, e a Ioga prescreve exercícios específicos de
respiração para conservar a saúde”.
“Agora
– prosseguem as jornalistas e pesquisadoras americanas – os biólogos da
Universidade do Casaquistão começaram a compreender por que respirar o ar
ionizado tem um grande efeito medicinal em muitas espécies de doenças”. De fat
segundo alguns especialistas, não só russos mas de várias partes do mundo,
admitem que muitas doenças principiam quando se deteriora o suprimento de
bioplasma. Descobriu-se, até, que o simples borrifo de uma ferida com ar
ionizado lhe acelera consideravelmente a cura, uma vez que os íons negativos
ajudam a restaurar o equilíbrio do corpo
plasmático.
“Com
esse conceito do corpo de plasma biológico”, asseveram os pesquisadores –
“podemos abrir novos caminhos para a compreensão das neoplasias e de outras
formas de moléstias”.
Há algum tempo, os russos estão
estudando os iogues, que afirmam realizar viagens fora do corpo. Em ocasiões de
crises, transes, coma ou sob a influência de anestésicos, esse corpo energético
se desprende espontaneamente. No momento da morte, o corpo energético sai
definitivamente do corpo físico, e as pessoas passam a viver em uma outra
dimensão. No decurso de suas experiências, com o processo Kirlian, os russos
fotografaram muitas vezes o momento da morte, assim como procedeu o Dr. H.
Baraduc, pioneiro nesse campo de pesquisa. No instante da morte do corpo físico
de uma planta ou de um animal, os pesquisadores do processo Kirlian viram
fagulhas e clarões do corpo bioplasmático arremessando-se, pouco a pouco, ao
espaço, “’nadando para longe e desaparecendo”. Gradativamente, se dissipava
toda e qualquer luminescência proveniente de planta ou de animal mortos.
Entrementes, detectores a distância do campo biológico continuavam a detectar campos de força pulsantes do corpo
morto. Era a energia do corpo bioplasmático em dispersão, prenúncio da
decomposição da organização física.
As
implicações das asserções russas de que existe realmente, um corpo energético
são vastas. Nenhuma área do nosso pensamento, seja ela a filosofia, a ciência,
a arte, a religião, a medicina, deixará
de ser, mais cedo ou mais tarde, afetada pelo conceito de que não possuímos um
corpo, se não dois. Tem-se dado a ele a
atribuição do corpo secundário. Mas é certo de que se trate do corpo primário,
do modelo organizador biológico que age sob o comando do Espírito, através do
qual estamos, sem duvida ligados a todas coisas do Universo, de forma mais
profunda do que sonha a vã filosofia dos incrédulos.
Não
foi sem razão certamente, que Allan Kardec, o inolvidável mestre de Lyon,
afirmara que o estudo das propriedades do perispírito (o corpo energético dos
russos), dos fluidos espirituais e dos atributos fisiológicas da alma abre
novos horizontes à Ciência e dá a uma multidão de fenômenos incompreendidos,
até então, por falta de conhecimento da lei que os rege; fenômenos negados pelo
materialismo, por se ligarem à espiritualidade, qualificados por outros de
milagres ou de sortilégios, segundo as crenças. Tais são, entre outros, os
fenômenos da dupla vista, da visão a distância, do sonambulismo natural e
artificial, dos efeitos físicos, da catalepsia e da letargia, da presciência,
dos pressentimentos, das aparições, das transfigurações, da transmissão do
pensamento (telepatia), da fascinação, das curas instantâneas, das obsessões,
etc... Em demonstrando que esses fenômenos repousam, sobre leis tão naturais
quanto dos fenômenos elétricos, e as
condições normais nas quais podem se reproduzir, conclui Kardec que o
Espiritismo destruiu o império do maravilhoso e do sobrenatural, e por
conseqüência a fonte da maioria das superstições. Se fez crer na possibilidade
de certas coisas consideradas quiméricas por alguns, impediu de crer em muitas
outras, das quais demonstra a impossibilidade e irracionalidade.
( Revista Internacional de
Espiritismo – outubro de 1998 – Carlos Bernardo Loureiro )
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Há um psiquismo ao nível das partículas elementares da
matéria e os elétrons são portadores do Princípio Espiritual.
( JEAN CHARON -
físico / matemático francês )
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