PENTATEUCO KARDEQUIANO

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OBRAS BÁSICAS

terça-feira, junho 30, 2015

HISTÓRIA DE UM ESPÍRITO - DIVALDO PEREIRA FRANCO



                                                         
HISTÓRIA DE UM ESPÍRITO
DIVALDO PEREIRA FRANCO

Há muitos anos, um Espírito apareceu a Divaldo  (médium espírita, dirigente da instituição Mansão do Caminho da Bahia), e contou-lhe sua triste história:
“Eu era uma mulher bela, casada, também, com um homem muito atraente.
Éramos felizes . . . até que um dia a beleza física dele nos desgraçou.
Simpático, jovial e atraente, arranjou outra mulher mais bela e mais jovem do que eu. Uniu-se a ela, e disse-me: A partir de hoje irei transferir-me de casa. Você está velha e desgastada... procurei outra mulher mais jovem para me estimular e dar colorido à minha vida.
Dizendo isso, arrumou suas malas e saiu. Enquanto ele saía, dei um tiro em minha cabeça, para que ele ouvisse e tivesse remorso para o resto da vida.
Suicidei-me . . .
Senti o tormento que me veio depois do suicídio, a crueldade do ato impensado, o desespero que me proporcionou.
Tudo quanto posso lhe dizer é que agora eu me libertei, momentaneamente do tiro, da bala que partira minha cabeça.
E meu primeiro pensamento foi ver o homem por quem eu destruí minha vida.
Quis visitá-lo, e uma força estranha como um magneto atraiu-me à uma casa majestosa, a uma mulher de meia idade e a um homem que estava atormentado e deitado  em uma cama especial.
Era meu antigo marido, portador agora de uma doença degenerativa.
Estava desmemoriado, deformado, hebetado, teve também, derrame cerebral, estava sem cabelos, sem dentes, trêmulo sobre a cama . .
Então eu olhei, e pensei:
- Meu Deus! Foi por 'isto' que eu me matei!?
Como fui tão apegada à matéria, que murcha e se decompõe mesmo em vida.   
Hoje estou sofrendo moralmente!                                                    
Como pude dar tanto valor à matéria!
Não confiei em Deus, e cheguei ao extremo de tirar minha vida por um homem que não a merecia, enceguecida por sua beleza física.
Apeguei-me muito, a ponto de anular minha personalidade.
Não podia viver sem ele.

Tem piedade de mim e de todos aqueles que estão presos às pastas de carnes que irão se decompor e morrer em breve tempo, mais breve do que esperamos.”

E o Espírito, saiu depressa, sem dar tempo de Divaldo falar com ela.
Dessa história, podemos tirar 3 lições:
1ª - Sobre o suicídio. A recomendação Espírita é: “Não se mate, você não morre.”                                       2ª - Procurar parceiros (as) visando beleza física e não espiritual,  é outro engano. O amor verdadeiro não é cego, mas a paixão sim.                                                                                                                                 
Na questão 969, os Espíritos disseram para Allan Kardec que:                                                                         
“Muitos são os que acreditam amar perdidamente, porque apenas julgam pelas aparências, e que, obrigados a viver em comum, não tardam a reconhecer que só experimentaram um encantamento material!                                                                                                            
Não basta uma pessoa estar enamorada de outra que lhe agrada e em quem supõe belas qualidades.                                                                                                                                                                 
Vivendo realmente com ela é que poderá apreciá-la.
Cumpre não se esqueça de que é o espírito quem ama e não o corpo, de sorte que, dissipada a ilusão material, o espírito vê a qualidade.”
3ª-Ninguém é de ninguém. Ninguém é posse de ninguém.
Quando amamos verdadeiramente a outra pessoa, nós queremos vê-la bem, feliz, seja lá com quem for.

Divaldo com muita propriedade nos exorta:
"É necessário libertar-nos dos apegos, das coisas escravocratas e seguirmos a direção do alvo, porque somos a flecha que o grande Arqueiro disparou.
Aprende pois a olhar, não com nossos olhos, mas sim com o coração, amar verdadeiramente a alma e não o corpo, pois o corpo acaba e a alma se eterniza; o Espírito é realmente a verdadeira luz , e nós como seres humanos deveríamos ver, não com os olhos mas com o coração, pois este, nunca nos engana!!!

“A felicidade depende das qualidades próprias do indivíduo
e não do estado material do meio em que se encontra."

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