PENTATEUCO KARDEQUIANO

PENTATEUCO  KARDEQUIANO
OBRAS BÁSICAS

quinta-feira, junho 04, 2015

DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TRANSPLANTES

Estamos retomando o assunto "Doação de Órgãos e Transplantes" tendo em vista que as estatísticas sobre transplantes de órgãos do ano 2002 e primeiro trimestre de 2003 revelam, infelizmente, uma estagnação ou mesmo decréscimo deste tipo de procedimento. O número de receptores cresceu assustadoramente. O número de doadores diminuiu de forma preocupante principalmente devido à falta de campanhas de conscientização da população em geral. No próprio meio espírita, observa-se, às vezes, maior preocupação em se criar dogmas "espiritistas" com teorias pseudo-científicas - nas verdade, sem base na codificação ou na própria ciência - discutindo-se, como se diz na linguagem popular "o sexo dos anjos" ao invés de participação mais ativa para solução dos grandes problemas sociais. Novamente, as autoridades estão desenvolvendo campanhas - que esperamos - tenham maior duração e maior alcance do que as anteriores. Nós, espíritas, vamos fazer a nossa parte com a maior divulgação do assunto. Hoje somos potenciais doadores. Amanhã, podemos ser ou nossos familiares e amigos potenciais receptores. Inicialmente, para situar os leitores, esclarecemos o que significa "Transplante de órgãos". Etimologia = Do latim TRANS "além de, para lá de", e verbo lat. PLANTARE "plantar". Conceito - Transplante é o processo pelo qual um órgão, parte dele ou tecido, é removido de um ser vivo e implantado em outro local do seu corpo ou num segundo ser vivo. Denomina-se doador o ser vivo que fornece o "enxerto". E, receptor o que recebe. Inicialmente, as operações de transplante não tiveram sucesso devido à rejeição do órgão transplantado para organismo do receptor. A partir de 1967, desenvolveram-se várias drogas imunossupressoras (ciclosporina, azatiaprina e corticóides), que visavam reduzir a possibilidade de rejeição, passando então os receptores de órgãos a terem uma maior sobrevida em decorrência desta modalidade de cirurgia. Na época, revelou-se a sabedoria da Espiritualidade maior, aconselhando a continuidade das cirurgias de transplantes e a busca de soluções alternativas, inclusive órgãos artificiais. Manifestou-se Emmanuel, através de Francisco Cândido Xavier, em 1971: "O problema dos transplantes deve merecer o nosso respeito e vamos pedir para que a nossa ciência médica continue para frente, conquanto não deva desprezar os órgãos chamados plásticos, tanto quanto possível, na substituição de órgãos no veículo físico, mas os transplantes merecem a nossa consideração e devem prosseguir". Nos últimos trinta anos, tem-se explorado os órgãos artificiais, vistos como soluções temporárias (até o recebimento do órgão natural), com boas alternativas para o futuro. Atualmente, constituem rotina transplantes de córnea, ossos, pele, vasos e multiplicam-se os transplantes de órgãos vitais como: o coração, rim, fígado, pâncreas etc. Os doadores são, de preferência, cadáveres, ocorrendo também a doação intervivos, no caso dos transplantes de pulmão e fígado (órgãos que se regeneram). Um aspecto importante como condição para a retirada de órgãos é a Morte Encefálica, (Ausência de funções do encéfalo. Ele é lesado em seus neurônios e no pode ser reconstituído.) que deve ser constatada e registrada por dois médicos, (um neurologista) que não pertençam às equipes de remoção e transplantes. É ainda admitida a presença de um médico de confiança da família no ato de comprovação e atestação da morte encefálica. O sistema continua sendo o da doação, mas com a autorização dos familiares próximos para a retirada dos órgãos. Esta autorização é o principal obstáculo à retirada de órgãos porque a ignorância leva as pessoas a verem no cadáver a pessoa que amavam e não entendem que ato de amor - DOAÇÃO - gera amor e jamais dor e sofrimento. Recusa de doação deveria ser a preocupação não com o acordo para a retirada de órgãos. Educar a família é essencial e também aqueles potenciais doadores. Sugerimos uma declaração por escrito, com firma reconhecida e a comunicação à família de que somos doadores para evitar que o nosso ato de caridade seja frustrado pela posição dos familiares. Todos os procedimentos devem ser adotados com urgência, tendo em vista que, para se tornar possível a cirurgia de transplantes, o prazo após a retirada é de 4 horas para coração e pulmão, pâncreas e fígado 12 horas, rim 48 horas (conservado em gelo), córnea 7 dias e medula óssea até 48 horas. A clonagem terapêutica de embriões humanos poderá fornecer material para transplantes, assim que for autorizada pelas autoridades. Ainda é uma disputa do jogo de forças entre governos e cientistas do mundo todo. E questionamentos surgem: Até onde o homem pode brincar de Deus ou, para os céticos, até onde pode dar-se ao luxo de refazer a Natureza? As propostas da Genética Humana com a Embriologia são altamente promissoras não só para aqueles que estão na longa fila, à espera de um ou mais órgãos, como também para doenças degenerativas, como o mal de Parkinson mal de Alzheimer (graças a neurônios sadios produzidos em laboratórios). André Luiz afirma: "Somos co-criadores de Deus". O indivíduo traz condicionamentos histórico-culturais, com relação à morte, criados por ele mesmo ao longo das reencarnações passadas e que o assusta nos dias atuais. Vítor Hugo já afirmou com toda a propriedade: "Morrer não é morrer, mas apenas mudar-se". Allan Kardec, em 18 de abril de 1857, matou a morte com a primeira edição de O Livro dos Espíritos. Compete o papel da Doutrina Espírita através dos seus representantes e adeptos, de levar esclarecimento sobre esse fenômeno a morte. A doação de órgãos deve ser incentivada, com esclarecimentos e conscientização, no meio Espírita, pois constitui manifestação de fé, fé raciocinada e superação do medo da morte, porque é trabalho a serviço da evolução do indivíduo. Os indivíduos precisam entender que doar é um ATO DE AMOR, de CARIDADE. "Para a maioria das pessoas, a questão da doação é tão remota e distante quanto à morte. Mas para quem está esperando um órgão para transplante, ela significa a única possibilidade de vida!" A Doutrina Espírita esclarece que a "perturbação que se segue à morte nada tem de penosa para o homem de bem: é calma e em tudo semelhante, já que acompanha um despertar tranqüilo..." (Allan Kardec, L.E., questão 165) Antigo refrão assinala: Tal vida, tal morte, e podemos acrescentar que, de acordo com a morte assim será o recomeço da vida. O que caracteriza o homem de bem são as atitudes e o seu desprendimento em relação às coisas materiais. O doador de órgãos é aquele que insere os princípios Morais da Lei Natural. Jesus, o Psicoterapeuta por excelência, advertiu com sabedoria e solicitude: Não faças a outrem o que não desejares que te façam, demonstrando que de acordo com a sementeira, assim será a colheita. Este é o princípio básico de Jesus que leva o indivíduo a Doar os seus órgãos. Está aliviando a dor e sofrimento do próximo, causados pela enfermidade de que é portador. Doar órgãos é um Ato de Manifestação de Amor ao Próximo. Beneficia o Espírito que abandona a matéria em retorno ao Plano Espiritual. Não há reflexos negativos para o Espírito desencarnado, mesmo em doação involuntárias de órgãos, que ocorrem quando se realizam por terceiros responsáveis pelos despojos carnais. Filhos que partem prematuramente e pais que doam seus órgãos em benefício do próximo. Francisco Cândido Xavier relata em suas obras mediúnicas três casos de transplantes involuntários (doação feita por seus familiares). Nas mensagens os Espíritos agradecem os familiares a iniciativa e asseguram que as equipes espirituais socorristas são tão organizadas que as doações transcorrem tranquilamente, sem repercussões e sim com benefícios de reequilíbrios e bem estar. Amparados por equipes de Alta Luz, de alta capacidade, que lhes deram cobertura para que não sentissem nada. As preces e vibrações emitidas pelos receptores e respectivos familiares também os beneficiaram e muito. Qual a destinação das roupas que não servem mais? O lixo ou entregá-las a pessoas carentes que delas têm necessidade? "Não doar órgãos é como guardar unhas cortadas" Jô Soares. Doar os órgãos ainda úteis para salvar vida ou devolvê-los de imediato à matéria para alimento dos vermes? Um só doador, segundo especialistas, pode salvar oito vidas, sem considerar os benefícios da doação de ossos e pele. José Herculano Pires nos lembra que: "Somos filhos e herdeiros de Deus, a Consciência Criadora que não nos edificou para a hipocrisia, mas para a Verdade, a Justiça e o Amor". A verdadeira Justiça alicerça-se no Evangelho de Jesus. Seu preceito: "Amar ao próximo como a si mesmo". Somos potenciais doadores mas, amanhã poderemos Ser potenciais receptores! Wlademir Lisso / Cleusa M. Cardoso de Paiva

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