Chico Xavier será estudado em profundidade após a sua
desencarnação. Afirmação semelhante a esta ouvi de alguém, não lembro quem,
porém, que vibra em minha mente toda a vez que leio algo referente a Chico ou
algumas de suas Obras.
Este é um trabalho
de pesquisa nas Obras da Coleção A Vida no Mundo Espiritual, de André Luiz, às
Pessoas curiosas: Todas as Obras editadas pela
Editora da Federação Espírita Brasileira – FEB.
ENTRE A TERRA E O CÉU
CAPÍTULO 29
Ante a reencarnação:
“— A
reencarnação, tanto quanto a desencarnação, é um choque biológico dos mais
apreciáveis. Unido à matriz geradora do santuário materno, em busca de nova
forma, o perispírito sofre a influência de fortes correntes eletromagnéticas,
que lhe impõem a redução automática.
Constituído à base
de princípios químicos semelhantes, em suas
propriedades,
ao hidrogênio, a se expressarem através de moléculas significativamente
distanciadas umas das outras, quando ligado ao centro genésico feminino
experimenta expressiva contração, à maneira do indumento de carne sob carga
elétrica de elevado poder. Observa-se, então, a redução volumétrica do veículo
sutil pela diminuição dos espaços inter-moleculares.
Toda matéria
que não serve ao trabalho fundamental de refundição da forma é devolvida ao
plano etereal, oferecendo-nos o perispírito esse aspecto de desgaste ou de
maior fluidez”.
— Quer dizer então... — aventurou Hílário, em sua curiosidade construtiva.
“— Quero dizer
que os princípios organogênicos essenciais do perispírito de Júlio já se
encontram reduzidos na intimidade do altar materno, e, à maneira de um ímã, vão
aglutinando sobre si os recursos de formação do novo vestuário de carne que lhe
será o vaso próximo de manifestação.”
— E a forma a rarefazer-se sob nossos olhos? — inquiriu meu colega, espantado.
“— Está em
ativo processo de dissolução”.
E, com a bela serenidade que lhe assinala o espírito, continuou elucidando:
“— Também o
corpo físico parece dormir na desencarnação, quando, na realidade, começa a
restituir as unidades químicas que o compõem à Natureza que lhos emprestou a
titulo precário, apenas com a diferença de que a alma desencarnada, ainda mesmo
quando em deploráveis condições de sofrimento e inferioridade, avança para a
libertação relativa, ao passo que, em nos reencarnando, sofremos o processo de
volta às teias da matéria densa, não obstante orientados por nobres objetivos
de evolução. É por isso que, conduzidos à reconstituição orgânica, revivemos,
nos primeiros tempos da organização fetal, embora apressadamente, todo o nosso
pretérito biológico.
Cada ser que
retoma o envoltório físico revive automàticamente, na reconstrução da forma em
que se exprimirá na Terra, todo o passado que lhe diz respeito, estacionando na
mais alta configuração típica que já conquistou, para o trabalho que lhe
compete, de acordo com o degrau evolutivo em que se encontra”.
Hilário inquiriu: — Os princípios que analisamos funcionam em igualdade de
circunstâncias para os animais?
“— Como não”? — replicou o
nosso orientador, paciente “... — todos nos
achamos na grande marcha de crescimento para a imortalidade. Nas linhas infinitas
do instinto, da inteligência, da razão e da sublimação, permanecemos todos
vinculados à lei do renascimento como inalienável condição de progresso.
Atacamos
experiências múltiplas e recapitulamo-las, tantas vezes quantas se fizerem
necessárias, na grande jornada para Deus. Crisálidas de inteligência nos
setores mais obscuros da Natureza evolvem para o plano das inteligências
fragmentárias, onde se localizam os animais de ordem superior que, por sua vez,
se dirigem para o reino da consciência humana, tanto quanto os homens, pouco a
pouco, se encaminham para as gloriosas esferas dos anjos”.
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