PENTATEUCO KARDEQUIANO

PENTATEUCO  KARDEQUIANO
OBRAS BÁSICAS

sexta-feira, dezembro 28, 2012

PALAVRA DE MINISTRO



ENTRE A TERRA E O CÉU
CAPÍTULO 12
Estudando sempre:
Nesse capítulo o Ministro Clarêncio esclarece a Hilário companheiro de André Luiz, sobre o perispírito.
“— O psicossoma (Do grego: psyké, alma, espírito, e soma corpo Nota da Editora) ou o perispírito da definição espírita não é idêntico de maneira absoluta em todos nós, assim como, na realidade, não existem dois corpos físicos totalmente iguais. Cada criatura vive num carro celular diferente, apesar das peças semelhantes, impostas pela lei das formas. No círculo de matéria densa, sofre a alma encarnada os efeitos da herança recolhida dos pais, entretanto, na essência, a lei da herança funciona invariavelmente do indivíduo para ele mesmo. Detemos tão somente o que seja exclusivamente nosso ou aquilo que buscamos.
Renascemos na Terra, junto daqueles que se afina com o nosso modo de ser, O dipsômano não adquire o hábito desregrado dos pais, mas sim, quase sempre, ele mesmo já se confiava ao vício do álcool, antes de renascer. E há beberrões desencarnados que se aderem àqueles que se fazem instrumentos deles próprios”.
E, imprimindo grave entono à voz, ponderou:
“— A hereditariedade é dirigida por princípios de natureza espiritual. Se os filhos encontram os pais de que precisam, os pais recebem da vida os filhos que procuram.”
Lembrei-me repentinamente de alguns dos grandes gênios da Humanidade, que produziram filhos monstruosos ou medíocres. Mas, vindo ao encontro do meu pensamento, o orientador observou:
“— No campo das grandes virtudes, os pais usam, por vezes, a compaixão reedificante, empenhando-se em tarefas de sacrifício. Temos no mundo mulheres e homens admiráveis que, consolidando qualidades superiores na própria alma, se dispõem a buscar afetos que permanecem à distância, no passado em tentativas heróicas de auxílio e reajustamento.
Na família consangüínea ou na família humana, obtemos o que buscamos. Quem já acertou as próprias contas com a justiça, pode confiar-se aos sublimes rasgos do amor”.
Em seguida, Clarêncio deteve-se na contemplação do velhinho que
repousava e continuou comentando, mais particularmente com Hilário:
“— Conforme a vida de nossa mente, assim vive nosso corpo espiritual.
Nosso amigo entregou-se, demasiado às criações interiores do tédio, ódio, desencanto, aflição e condensou semelhantes forças em si mesmo, coagulando-as desse modo, no veículo que lhe serve às manifestações. Daí, esse aspecto escuro e pastoso que apresenta. Nossas obras ficam conosco. Somos herdeiros de nós mesmos”.
— Mas... E se nosso Irmão trabalhasse? Se depois da morte procurasse conjugar o verbo servir? — inquiriu meu colega, preocupado.
“Ah! indiscutivelmente o trabalho renova qualquer posição mental. Gerando novos motivos de elevação e novos fatores de auxílio, o serviço estabelece caminhos outros que realmente funcionam como recursos de libertação. Por isso mesmo, o constante apelo do Senhor à ação e à fraternidade se estende, junto de nós, diàriamente através de mil modos... Todavia, quando não nos devotamos ao trabalho, enquanto nos demoramos na vestimenta terrestre, mais difícil se faz para nós a superação dos obstáculos mentais, porque a indolência trazida do mundo é tóxico cristalizante de nossas idéias, fixando-as, por vezes, durante tempo indefinível. Se pretendemos possuir um psicossoma sutilizado capaz de reter a luz dos nossos melhores ideais, é imprescindível descondensá-lo pela sublimação incessante de nossa mente, que precisará, então, centralizar-se no esforço infatigável do bem. É para esse fim que o Pai Celestial nos concede a dor e a luta, a provação e o sofrimento, únicos elementos reparadores, suscetíveis de produzir em nós o reajuste necessário, quando nos pomos em desacordo com a Lei”.

Nenhum comentário: