PENTATEUCO KARDEQUIANO

PENTATEUCO  KARDEQUIANO
OBRAS BÁSICAS

sábado, julho 21, 2012

Quando os estranhos fenômenos do espiritismo se renovaram lá pelos meados do século XIX, excitaram antes de mais nada a dúvida sobre sua realidade e mais ainda sobre sua causa.

Dai o aparecimento dos numerosos Sistemas estudados no Cap IV – Das Noções Preliminares – de O Livro dos Médiuns, parte I, obra básica da Doutrina, que uma observação mais atenta deveria reduzir ao seu justo valor.

Vejamos o Sistema pessimista, diabólico ou demoníaco em que consta a intervenção de uma inteligencia estranha. Tratava-se saber de que natureza. Ora admitir a manifestação dos demônios é sempre admitir a possibilidade de comunicação com o mundo invisível ou pelo menos com uma parte desse mundo. No estudo desse sistema os espíritos comentam que o Demônio quem da conselhos para se ser bom e caridosos forçoso é convir que é inábil pois que fornece armas contra ele mesmo, uma vez que é somente Ele quem pode se comunicar com os seres humanos.

No parágrafo sete do número quarenta e seis consta: “ Desde que os espíritos se comunicam, é que Deus o permite. Vendo as boas e as mas comunicações, não é mais lógico pensar que Deus permite umas para nos provar e outras para nos aconselhar o Bem”?

Atentemos para o Espírito Emmanuel em sua Obra Psicografada por Chico, Seara dos Médiuns, Na Glória do Cristo, estudando o sistema acima proposto:

Na glória do Cristo

Reunião pública de 29/2/60

Questão nº 46 - Parágrafo 7º

Se entre as vidas magnificentes da Terra uma existe, na qual a mediunidade comparece com todas as características, essa foi a vida gloriosa do Cristo.

Surge o Evangelho do contacto entre dois mundos. Zacarias, o sacerdote, faz-se clarividente de um instante para outro e vê um mensageiro espiritual que se identifica pelo nome de Gabriel, anunciando-lhe o nascimento de João Batista.

O mesmo Gabriel, na condição de embaixador celestial, visita Maria de Nazaré e saúda-lhe o coração lirial, notificando-lhe a maternidade sublime.

Nasce, então, Jesus sob luzes e vozes dos Espíritos Superiores.

Usando o magnetismo divino que lhe é próprio, o Excelso Benfeitor transforma a água em vinho, nas bodas de Caná.

Intervém nos fenômenos obsessivos de variada espécie, nos quais as entidades inferiores provocam desajustes diversos, seja na alienação mental do obsidiado de Gadara ou na exaltação febril da sogra de Pedro.

Levanta corpos cadaverizados e regenera as forças vitais dos enfermos de todas as procedências.

Apazigua elementos desordenados da Natureza e multiplica alimentos para as necessidades do povo.

Sonda os ideais mais íntimos da filha de Magdala, quanto lê na samaritana

os pensamentos ocultos.

Conversa, ele mesmo, com desencarnados ilustres, no cimo do Tabor, ante os discípulos espantados.

Avisa a Pedro que Espíritos infelizes procurarão Induzi-lo à queda moral, e faz sentir a Judas que não desconhece a trama de sombras de que o apóstolo desditoso está sendo vítima.

Ora no horto, antes da crucificação, assinalando a presença de enviados divinos.

E, depois da morte, volta a confabular com os amigos, fornecendo-lhes instruções quanto ao destino da Boa-nova.

Reaparece, plenamente materializado, diante dos aprendizes, no caminho de Emaús, e, mais tarde, em Espírito, procura Saulo de Tarso, nas vizinhanças de Damasco, para confiar-lhe elevada missão entre os homens.

E porque o jovem perseguidor do Evangelho nascente se mostre traumatizado, ante o encontro imprevisto, busca ele próprio a cooperação de Ananias para socorrer o novo companheiro dominado de assombro. É Inútil, assim, que cristãos distintos, nesse ou naquele setor da fé, se reúnam para confundir respeitosamente a mediunidade em nome da metapsíquica ou da parapsicologia — que mais se assemelham a requintados processos de dúvida e negação —, porque ninguém consegue empanar os fatos mediúnicos da vida de Jesus, que, diante de todas as religiões da Terra, permanece por Sol indiscutível, a brilhar para sempre.

E analisando estes ensinos de Emmanuel, Martins Peralva em seu Livro Mediunidade e Evolução, na lição treze, cita as palavras do Espírito guia de Chico: “ No tabor, contemplamos a grande lição de que o homem deve viver a sua existência no mundo, sabendo que pertence ao céu, por sua sagrada origem, sendo indispensável, desse modo, que se desmaterialize, a todos os instantes, para que se desenvolva em amor e sabedoria, a todos os instantes, na sagrada exteriorização da virtude celeste, cujos germens lhe dormitam no coração”.

No horto Elias e Moisés materializaram-se para os seres humanos a sobrevivência e a comunicabilidade dos espíritos.

É advertência quanto ao imperativo da Evolução enquanto na Terra.

Incisivo convite permanente para que orientemos a Vida segundo os padrões Evangélicos, em função da Vida Futura sempre rica de surpresas.

O Tabor representa a vitória do Bem sobre o mal, da Luz sobre a treva no rumo da Evolução.

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