Entende-se o batismo como rito de iniciação, que Jesus substituiu pelo batismo do espírito, sendo este considerado como a iniciação no conhecimento doutrinário, feita naturalmente pelo estudo da doutrina, sem nenhum ato ritual. Admiti-se também que o batismo do espírito, segundo o texto do Livro de Atos dos Apóstolos sobre a visita de Pedro à casa do centurião Cornélius, no porto de Jope, pode completar-se, nos médiuns, quando se verifica espontaneamente, com o desenvolvimento da mediunidade. ( Ref. 2, p. 29 )
A prática do batismo do espírito, do tempo de Jesus, que dava à criatura a experiência direta da realidade espiritual, converteu-se nas formas de evocação ritual e privilegiada do Espírito Santo, que dá ao crente a ilusão de uma separatividade conferida pela graça. As igrejas cristãs transformaram-se em ilhas de santidade e pureza em meio à impureza do mundo, como a Israel antiga do mundo mitológico. ( Ref. 2, p. 35 )
O batismo exclusivista e sectário é substituído pelo antigo batismo do espírito, acessível a todos, não segundo o critério eclesiástico mas segundo o critério de Deus. Nada exemplifica melhor essa questão do que o episódio de Atos em que o Apóstolo Pedro, em Jope, se recusa a atender o centurião Cornélius, mas advertido pelo mundo espiritual o atende e descobre o sentido universal do batismo do espírito. ( Ref. 2, p. 35 )
Ref: LIVRO: Agonia das Religiões – 5. ed. - Editora Paidéia Ltda
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