Atendimento, atenção..., ir em direção as pessoas, seus sentimentos... Têm a ver com a habilidade de nos relacionarmos..., que todos têm mais ou menos e que pode ser desenvolvida.
Como nos relacionamos?
Qual a importância da convivência?
Todos nós que vivemos em sociedade nos relacionamos todos os dias a todos os instantes em diversos níveis e graus, ou por outra, de formas e maneiras mais ou menos frias ou quentes.
Aprendemos a ler, a escrever, a somar, a subtrair. Ensinaram-nos a traçar mapas, a descrever eventos históricos, a falar outras línguas e muitas coisas mais. Por que não nos ensinaram a nos relacionar construtivamente uns com os outros? Por que não aprendemos a conviver de maneira construtiva com as pessoas próximas? Relações essas que nós poderíamos e deveríamos transformá-las em Relação de Ajuda; ajudando e sendo ajudados, enfim!
Os textos Áureos apresentam o “Amai-vos uns aos outros... Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo... Não julgar... Se alguém te pede para caminhar dois passos, caminha com ele dois mil... Se alguém te rouba o chapéu de também a capa... “Não tenho ouro nem prata o que tenho isto te dou”....
Nos textos básicos da Doutrina Espírita encontramos em o O Livro dos Espíritos, na Lei Moral de Sociedade a resposta a questão 766: “... Deus fez o homem para viver em sociedade. Não lhe deu inutilmente a palavra e todas as outras faculdades necessárias à vida de relação”.
A FERGS, através de seu Centro de Treinamento e Estudo, elaborou um excelente opúsculo para orientação de atendimento fraterno que deve ser lido e estudado por todos, principalmente os trabalhadores dos Centros Espíritas.
QUEM PRECISA DE AJUDA?
...São pessoas, homens e mulheres, que nos procuram apresentando o seu nível de auto-estima, que é o afeto por si mesmo em baixa, ou mesmo inexistente... São pessoas que cresceram como sendo pessoas não-gostável, gravem este termo não-gostável. Por quê? Porque aquelas pessoas significativas para elas. Quem são essas pessoas significativas? Seria um Tio, Pai, Mãe, Irmão (ã), um caso, namorado, consorte, amizade enfim... Essas pessoas significativas sempre apresentaram um afeto condicional: faça isso se não... Não faça isso se não... Se você fizer... Olha lá... Cobrança, cobrança, censura, censura, não... não... não... Eu não quero que você... Faça assim... Não faça assim... Vá por aqui... É mais ou menos isto. E vão crescendo sempre sendo podadas sempre com esse vazio de não serem elas mesmas ou o que gostariam de ser, aumentando até que, então, chega o momento em que percebem que estão precisando de ajuda, que tem que buscar alguém para compartilhar e esse alguém continua a aconselhar, mandando, dizendo o que tem que ser fazer ou não... Faça... Não faça... Isto passa... Vai passar e sabem que é alguma coisa que não vai passar e que dói... Nada, não é nada... Mas como que não é nada?!... É por ai... Então entendem que precisam de ajuda e buscam alguém ou alguma Instituição semelhante a um Centro Espírita. E temos que ir em direção aos Infortúnios Ocultos muita vez. Atenção. Tem a ver com a habilidade em nos relacionarmos!
Comparecem com um perfil psicológico confuso, ansioso, deprimido. E esse quadro é tão forte que não sabem em que área da sua estrutura está se refletindo:
Se no seu físico, seu organismo, através da insônia, falta de apetite, falta ou excesso de peso; doenças do comportamento. O Potencial energético diminuindo o seu dinamismo.
Se no seu campo emocional ou afetivo em que entram em desarmonia consigo mesmo, sem saber por quê? Porque não aprenderam a gostar de si ou esqueceram, foi diminuindo esse afeto por si, porque os outros começaram a dizer como é que deveriam se conduzir e entraram em desarmonia com as pessoas significativas, os afetos...
No campo Profissional, entram em desequilíbrio em desacordo com os chefes,colegas, empregados e não sabem o que esta acontecendo, estas cousas vão acontecendo, acontecendo, vão ocorrendo de uma forma lenta e vai, aumentando as tensões, a possibilidade de desemprego, da promoção que não veio uma “rasteira” que tomou... Um “tapete” que foi puxado... O salário que não é suficiente, família que perdeu, aí perdeu tudo... A pessoa se sente humilhada.
No seu campo intelectual a dificuldade em assimilar os conteúdos: há pessoas que não conseguem ficar acordada para prestar atenção, num encontro... Em uma aula..., a gente não entende o porquê do que está acontecendo.
No campo espiritual ou mental, o vazio a solidão a carência... Têm que procurar alguma solução. Alguma religião mais formal. Ou estão decepcionadas com tais religiões e precisam alternativa de vida que lhes dê mais sentido existencial. Essas
Essas áreas se interpenetram se interagem e não sabem em quais estão se refletindo as ansiedades, angustias depressão, porque se está assim: sofrendo intensamente ao ponto até de pensar em suicídio:
SUICÍDIO
Os efeitos da ociosidade; o tédio; os abusos sofridos e realizados, que geram traumas; os preconceitos; as paixões; a propaganda nefasta de degradação como indução negativa; as motivações do fanatismo de seitas com expressões de fé sem raciocínio; a hostilidade social pela baixa renda, desemprego, falta de moradia, competição, massificação geradora de medo, que levam a fuga para as drogas, para o crime, insegurança; conflitos autopunitivos pela consciência de culpa; distanciamento ou isolamento de Deus. São fatores que podem levar a compulsão autodestrutiva.
Todavia a força da Lei de Conservação que atua todos os dias e em vários “momentos de lucidez” e está sempre nos colocando junto alguém que pode ajudar... É o momento, então, de buscar estabelecer uma Relação de Ajuda, de procurar alguém que faça aquilo que nunca ninguém fez; porque até o presente só foi censura, cobrança, coarctação, cabresto, imposição. De alguém que sintonize, sintetize e responda as suas experiências valorizando-as, entendendo o que disse. Personalize o que esta sendo sinalizado, o que esta fazendo para aumentar o seu problema ou solucioná-lo, mostrar a luz no fim do túnel. Alguém que oriente ajudando a seguir pelo caminho que ela acha que deve seguir para chegar onde gostaria. Ouvi-la e acolhe-la numa completa aceitação.
E nós, os Espíritas, e até mesmo os espiritados têm que aprender a fazer a caridade moral que é dar alguns minutos de sua paciência que aqui chamamos de disponibilidade; aprendermos a ir em direção as Pessoas.
Como anda a nossa disponibilidade?
SUGERIMOS
Ø As Instituições de Ajuda realizar encontros para desenvolver habilidades de relacionamentos interpessoais. E fomentar o desenvolvimento de Serviço de assistência familiar (SAFA).
Ø Pesquisar técnicas de atendimento que estimulem a busca do autoconhecimento que identifica os condicionamentos pessimistas e autodestrutivos aumenta a autoestima e implanta o autoamor. Elabore nova “planta baixa” de sua Casa Mental; construa em silêncio, tornando à paz, harmonia, alegria, boa vontade, no “momento e agora”.
Ø Exercícios físicos e rítmicos.
Ø Ajuda ao próximo, subindo e descendo morros distribuindo gêneros e educação. Não há depressão que agüente!
Ø Diálogo fraterno de compartilhamento. Amizades estimulantes, em que a pessoa fica sendo significativa para outra.
Ø Preces e meditações, que mudam os condicionamentos psicológicos negativos; exercícios de fraternidade, proporcionadora de carinho: atividade maior alcance que você incorpora à Mente!
Ø Espiritismo de engajamento.
Ø Influenciar nas áreas de ingerência e de interesse com uma conduta otimista, agregadora, confiante na vida, atendendo a todos com palavras de bom ânimo.
Ø Ir de encontro aos Infortúnios Ocultos, com disponibilidade, responsabilidade, ética, comprometimento, permissividade, isto é permitir que a pessoa se comporte e seja como ela ache que deva ser e se comportar, deixá-la falar do problema que tem por mais estranho que possa parecer.
Ø Compreensão.
Ø Ir em direção ao Sentimento, a Pessoa, Centrar a atenção na Pessoa mais do que no problema.
Ø Nivelamento; Empatia.
Ø Ser Humilde “Eu Sou o Caminho a Verdade e a Vida”... Isto é saber de sua real capacidade e pôr a serviço do Bem “...
Existe uma excelente terapia para pessoa com tendências autodestrutivas que é o Afeto, Amor!
Estabeleçamos um Serviço de Amor: Sintonizar; acolher, nutrir; atender; observar, escutar; responder; personalizar, orientar e acompanhar.
Agora um entendimento de Serviço de Amor: Ser leal, probo, consciencioso, fazer aos outros o que gostaríamos que os outros a nós fizessem, procurando buscar o sentido das dores, dos sofrimentos, a fim de suavizá-los e entender que todos nós podemos ser o afeto, o amigo de alguém, basta estejamos dispostos a doar Amizade, Amor. Muita Paz e Otimismo! (Adaptação da Palestra proferida no Centro Espírita Maria de Magdala em Porto Alegre em data que não lembro, todavia se encontra nos registros de Pessoas Irmãs daquela Casa de Caridade).
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