“A medicina humana
será muito diferente no futuro, quando a Ciência puder compreender a extensão e
complexidade dos fatores mentais no campo das moléstias do corpo físico".
( André Luiz – F. C.
Xavier – Missionários da Luz, cap. XII, pg. 176, 22ª edição, FEB )
No presente momento, existe uma
predisposição mais acentuada por parte da sociedade,
em admitir as teorias que traduzem a realidade energética do ser
encarnado. Seria, em verdade, um encontro oportuno entre as tradições cultuais
do velho oriente e os conhecimentos avançados do moderno ocidente, de tal forma
que, em decorrência dessa fusão, sairia enriquecida a concepção holística que
defende a existência de uma anatomia humana bem mais complexa do que aquela
registrada pela medicina clássica.
A visão organicista do ser aos
poucos perde terreno e cada vez mais, se
distancia da realidade energética proposta pelas correntes espiritualistas que
tentam descortinar horizontes promissores para o conhecimento íntimo da
natureza humana.
Os antigos egípcios, os hindus e os
chineses, desde milênios, sustentam a tese da existência de um substrato
energético sutil no ser encarnado; sutil, mas
suficientemente poderoso, capaz de coordenar e orientar harmonicamente o nosso
metabolismo psicofísico e, por extensão, também contribuir para o
surgimento das
manifestações patológicas orgânicas e mentais.

Da essência espiritual partem as
energias responsáveis pelo milagre da vida. No entanto, para que essas energias se manifestem
adequadamente no campo físico é necessário
que elas sejam, primeiramente, assimiladas e metabolizadas pela estrutura
perispirítica, única forma de alcançarem
a zona consciencial do campo físico e de alimentarem o metabolismo
psico-orgânico responsável pela manutenção das funções essenciais à vida.
O Perispírito detém inúmeras
propriedades, como bem identificou Kardec, e entre
elas a de incorporar as energias benéficas ou não a que se encontra exposto no
decorrer da vivência terrena.
Diríamos que ele age como uma
espécie de estrutura absorvente das qualidades morais incorporadas aos fulcros
do psiquismo de profundidade. Sendo que também
se comporta como unidade difusora dessas mesmas vibrações. Expliquemos
melhor.
PROPRIEDADES DO
PERISPÍRITO
( C
A C I
P E P
I D I
EX I I )
CONTRATIBILIDADE
ABSORÇÃO
COLORAÇÃO
IRRADIAÇÃO
PLASTICIDADE
ELASTICIDADE
PENETRABILIDADE
INDIVISIBILIDADE
DENSIDADE
INVISIBILIDADE
EXPANSIBILIDADE
INCOMBUSTIBILIDADE
INDESTRUTIBILIDADE
O
Espírito, em sua trajetória evolutiva, encontra-se submetido às duas leis
cósmicas responsáveis pelo progresso dos seres. São elas, a Lei da Reencarnação
e a Lei da Causa e Efeito. De acordo com a lógica, toda e qualquer ação suscita
uma resposta de mesma intensidade e sentido contrário, e isto se aplica ao
comportamento das pessoas, por exemplo: um ato de auxílio desinteressado ou uma
atitude enobrecida em prol do semelhante,
são devidamente incorporados ao patrimônio espiritual do ser, em forma
de energias refinadas, que contribuem para eterizar o campo perispirítico, tornando-o mais
diáfano, luminescente e saudável ao mesmo tempo que alicerçam a evolução moral
do próprio ser.
Mas, ao contrário, se
a criatura pratica um ato de agressão física ou moral contra alguém, o fato antiético
permite que seja transferido para os fulcros conscienciais profundos, toda uma
gama de energias desarmônicas que vão adensar e comprometer a fisiologia do perispírito. Por isso, falamos de uma
base energética sutil, existente em outra dimensão espacial a gerir a marcha
dos eventos existenciais, e não apenas nos referimos ao metabolismo energético
restrito à intimidade das células e tecidos orgânicos.
É, portanto, um ponto de vista estruturado na realidade espiritual, e que leva em consideração os impulsos provenientes das vertentes pluridimensionais do ser integral. Dessa forma, pode-se inferir que, tanto a saúde quanto a doença depende, em última análise, dos impulsos provenientes das bases energéticas que estruturam as criaturas. São hipóteses de trabalho vigentes no momento atual, e que estão servindo de substrato para o desenvolvimento de novas concepções de saúde, levadas em conta pela moderna medicina vibracional ou espiritual, como queiram.
É, portanto, um ponto de vista estruturado na realidade espiritual, e que leva em consideração os impulsos provenientes das vertentes pluridimensionais do ser integral. Dessa forma, pode-se inferir que, tanto a saúde quanto a doença depende, em última análise, dos impulsos provenientes das bases energéticas que estruturam as criaturas. São hipóteses de trabalho vigentes no momento atual, e que estão servindo de substrato para o desenvolvimento de novas concepções de saúde, levadas em conta pela moderna medicina vibracional ou espiritual, como queiram.
Indiscutivelmente,
o aspecto científico da Doutrina dos Espíritos muito colaborou no sentido de
permitir melhor compreensão do dinamismo responsável pelos estados de
equilíbrio e desequilíbrio vivenciados pelos seres. Quanto mais expressivo o
teor de energias negativas acumulado na contraparte astral, em virtude da
persistência na prática do mal, maior a possibilidade do surgimento de doenças
complexas a se manifestarem no transcorrer da vida.
É sabido que em a
natureza tudo tende ao equilíbrio e não poderia ser diferente com relação ao
espírito encarnado. As "toxinas fluídicas" que vão se acumulando
através dos tempos na constituição eletromagnética do perispírito, carecem da
necessária drenagem, visando o próprio reequilíbrio energético, o que
invariavelmente acontece a partir do momento
em que as mesmas atingem um certo estado de tensão. A partir daí, o
"morbo psíquico" enraizado no
perispírito, sofre um adensamento progressivo, rompe as barreiras defensivas do
corpo etérico e, finalmente, alcança a zona consciencial do campo físico.
Quando isto acontece,
a criatura experimenta a eclosão de enfermidades estranhas, quase
sempre complicadas e que podem comprometer tanto o campo mental, quanto os tecidos
e órgãos do equipamento físico. As enfermidades psiquiátricas de forte
colorido afetivo são respostas efetivas
aos mecanismos de drenagem, da mesma forma, que em boa percentagem dos casos, as manifestações neoplásicas acusam o
ponto final de toda uma dinâmica cujo objetivo seria o reequilíbrio psicofísico
a ser objetivado pela espécie humana no transcurso milenar do esforço
evolutivo. De acordo com este ponto de vista, o sofrimento humano, teria como
causa essencial um estado de desarmonia transitória vivenciado pelo espírito em
débito para com as leis divinas.
Eis um
fato de suma importância desconhecido pela ciência acadêmica, mas que precisa
ser melhor investigado pelos pesquisadores receptivos à realidade espiritual
das criaturas. A medicina espiritual, por uma questão de lógica, nos pede
tratamentos diferenciados de acordo com as circunstâncias. As afecções
puramente orgânicas podem ser corrigidas com o arsenal terapêutico disponível, enquanto
que as disfunções da alma, por sua vez, necessitam de métodos adequados de
diagnóstico e terapêutica,
sobretudo, iniciativas que impliquem no esforço de autoeducação espiritual.
Não rara vezes, a
fragilidade do ser comprometido carmicamente por atitudes incompatíveis com a
vivência evangélica permite que os inimigos invisíveis se aproximem com
facilidade e o influenciem negativamente, injetando em seu corpo astral,
condensados energéticos perniciosos e doentios, em um terreno previamente
minado pela própria desarmonia vibratória. Os processos ditos obsessivos só
cursam naqueles que se mantêm invigilantes e que insistem em oferecer
resistência aos apelos inteligentes da psico-pedagogia evangélica.
Portanto, diante do
que ficou exposto pode-se tirar alguns ensinamentos úteis: é necessário valorizar
a tese que leva em consideração a sobrevivência, a submissão aos imperativos da
lei de ação e reação e a possibilidade do renascimento na carne da essência espiritual;
o envoltório perispirítico sob ação do campo mental age como verdadeiro
substrato responsável pela saúde ou pelo desencadeamento de doenças opressivas,
em virtude de desequilíbrios temporários, impostos pela massa cármica negativa
acumulada em seus fulcros; a modificação do padrão vibratório mental para
melhor e a persistência no bem, equivalem à verdadeira cirurgia psíquica, capaz
de erradicar da mente o "morbo" das imperfeições morais.
É o esforço de
reforma íntima, em última análise, que vai minimizar, anular ou apressar a drenagem das energias desarmônicas como decorrência
das iniciativas tomadas pelo próprio ser no campo do bem, pois só a vivência do
amor
"é capaz de
cobrir uma multidão de pecados".
LIVRO:
ENFERMIDADES DA ALMA - EDITORA DPL VITOR RONALDO COSTA
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