PENTATEUCO KARDEQUIANO

PENTATEUCO  KARDEQUIANO
OBRAS BÁSICAS

sexta-feira, junho 27, 2014

O novo-Espiritualismo já vincula entre si adeptos de todas as classes e de todos os países; um dia ligará todas as religiões, todas as sociedades humanas.
Até agora a diversidade das raças e das crenças tinha sido um elemento essencial do desenvolvimento da Humanidade. As oposições e divergências eram necessárias para criar a magnifica variedade das formas e dos grupamentos. Cada indivíduo, como cada povo, teve que antes de tudo isolar-se para tornar-se ele mesmo, para constituir o seu “eu” distinto e adquirir sua consciência e livre autonomia. Na sucessão dos tempos, o princípio de individualidade devia, em suas aplicações, preceder a vida coletiva e solidária, sem o que todos os elementos vitais se teriam confundido, neutralizado.
Pouco a pouco se foi dilatando o círculo da vida coletiva; constituíram-se grupamentos, que entraram em conflito. Sucederam-se as guerras. Através de lutas perpétuas, lutas de raças, de religiões e de ideias, é que se efetua a dolorosa peregrinação e a consciência da Humanidade se desperta.
Cada religião, cada sociedade, cada nacionalidade contribui com seu contingente de ideias; dá origem a formas especiais, a manifestações particulares da arte e do pensamento. No seu grande concerto da História, cada povo fornece sua nota pessoal, a colaboração de seu gênio. Da luta, concorrência vital nasce a EVOLUÇÃO; surgem obras sólidas dos conflitos e reencontros.
E agora uma grande ideia se vai delineando. Pouco a pouco, da penumbra dos séculos se destaca uma outra concepção da vida universal. Em meio da aparente confusão, do caos dos acontecimentos, outras formas sociais e religiosas se elaboram. Do estado de diversidade e de separação, encaminhamo-nos para a harmonia e a solidariedade.
Mau grado os ódios e as paixões, as barreiras se vão abatendo entre os povos; as relações se multiplicam, tornando-se mais fáceis; permutam-se as ideias, as civilizações se penetram e fecundam. A noção de humanidade una se edifica: sonha-se, fala-se em paz, língua, religião universais.... Continua. (Continuação...Da Obra NO INVISÍVEL, Léon Denis, Ed. FEB, 7ªed. Ítem XI-Aplicação moral e frutos do Espiritismo; Pg.128 e seguintes...).
Mas para satisfazer a essas aspirações ainda vagas, para transformar o sonho em realidade, para fazer das diversas crenças uma fé comum, era necessário que uma poderosa revelação viesse iluminar as inteligências, aproximar os corações, fazer convergir todas as forças vivas da alma humana para um mesmo objetivo, para uma mesma concepção da vida e do destino.
O novo Espiritualismo, apoiado na Ciência, é o portador dessa concepção, dessa revelação em que se fundem e revivem, sob formas mais simples e elevadas, as grandes concepções do passado, os ensinos dos messias enviados pelo Céu a Terra. E aí estará um novo elemento de vida e regeneração para todas as religiões do Globo.
Toda a crença deve ser baseada em fatos. Às manifestações das almas libertadas da carne, e não a textos obscuros e envelhecidos, é que se deve pedir a revelação das leis que regem a vida futura e a ascensão dos seres.
As religiões do futuro terão por fundamento a comunhão dos vivos e dos mortos, os ensinos mútuos de duas humanidades. Apesar das dificuldades que ainda apresenta a comunicação com o invisível -  e que é provável se aplainem com o tempo e a experiência – pode-se desde já verificar que há uma base, muito mais ampla que todas, sobre que se apoia a ideia religiosa. Será um dos mais assinalados méritos do ESPIRITISMO tê-la proporcionado ao mundo, por esse modo preparando, facilitando a unidade moral e religiosa. A solidariedade que vincula os vivos da Terra aos do Céu se estenderá pouco a pouco a todos os habitantes do nosso Globo, e todos comungarão um dia em um mesmo ideal realizado.
A alma humana aprenderá a conhecer-se em sua natureza imortal, em seu futuro eterno. Espíritos, de passagem por esta Terra, compreenderemos que o nosso destino é viver e progredir incessantemente, através do infinito e cada vez mais nas maravilhas do Universo, para cooperarmos sempre mais intimamente na obra divina.
Compenetrados destas verdades, saberemos desprender-nos das coisas materiais. Sentir-nos-emos ligados aos nossos companheiros de jornada, na grande romaria eterna, ligados a todas as almas pela cadeia de atração e de amor que a Deus se prende e a todos mantém na unidade da vida universal.
Então as mesquinharias rivalidades, os odiosos preconceitos terão cessado para sempre. Todas as reformas, todas as obras de solidariedade receberão vigoroso impulso. Acima das pequenas pátrias terrestres veremos desdobrar-se a grande pátria comum: o céu iluminado.
De lá nos estendem os braços os Espíritos superiores. E todos, através das provas e das lágrimas, subimos das obscuras regiões às culminâncias da divina luz. O carreiro da misericórdia e do perdão está sempre franqueado aos culpados. Os mais descaídos podem se reabilitar, pelo trabalho e pelo arrependimento, porque Deus é justiça, Deus é amor.

Assim a revelação dos Espíritos dissipa as brumas do ódio, as incertezas e os erros que ainda nos envolvem. Faz resplandecer sobre o mundo o grande sol da bondade, da concórdia e da verdade! ...

Um comentário:

Valdomiro Halvei Barcellos disse...

Manoel Rodrigues
19:47 (Há 14 horas)

para mim
A ideia é esta ser uma só vós pára se ter um bom intendimento. Onde todos possam viver em total liberdade
e amor. Um grande abraço meu irmão. PAZ.