PENTATEUCO KARDEQUIANO

PENTATEUCO  KARDEQUIANO
OBRAS BÁSICAS

sexta-feira, outubro 04, 2013


                                               CAUSAS  DA  DEPRESSÃO


     Reconhecemos serem muitas as causas da depressão. Uma delas é o exercício do hiperegotismo (exagero crescente do ego),  quando o ser utiliza atitudes e empreende hábitos que se caracteriza por exagerada autoconfiança, exaltada busca de prazeres e desmedida presunção, expressando-se a arrogância em toda a sua pujança.

     Gilson Freire no livro “Ícaro Redimido”, pelo espírito Adamastor, nos coloca que o hiperegotismo é uma doença que nos acompanha há tempos na jornada da vida, tendo se incorporado como um hábito em nossa personalidade. Reflexo herdado da vida animal que nos entreteve por longo período. A necessidade de sobrepor a própria personalidade acima dos demais supera, ainda hoje, a fraternidade genuína e lustra o brilho pessoal da vaidade que justifica erroneamente todos os males dos sentimentos. Os males não se restringem unicamente à imposição de dores ao outro, mas na verdade colhe prejuízos para si mesmo.

     No perispírito, os males irá determinar hipertonias destoante a se refletirem em disformias cumulativas  no corpo físico, caracterizando hiper-formações celulares de toda natureza, como por exemplo o crescimento tecituais inadequados gerando tumores, os mais diversos e os exagerados funcionamentos glandulares doentiamente sustentada e embalada pela arrogância. Embora a ciência da Terra busque justificá-las em aleatória adulterações genéticas, a carne é mero espelho onde se reflete as forças desequilibradas do próprio espírito, estampando no corpo físico as intenções errônea que enodoa a alma, devolvendo em forma de dores, seus equívocos de condutas e sentimentos, propiciando-lhe a colheita das sábias lições da vida, a fim de que o mesmo aprenda a  viver no necessário equilíbrio de suas poderosas forças psíquicas.

     O sabor das errôneas vitórias se torna pesar, configurando o que na Terra se identifica como os distúrbios depressivos.

     A arrogância perde sua expressão e o ególatra, de sua exaltada posição, precipita-se na deterioração dos bens roubados da vida, configurando-se a derrocada da auto-estima. O orgulho se humilha e a alegria foge da alma. As angústias que habitam os recessos profundos do involuido despertam, convocados para a sua educação, corroendo todos os seus valores errôneos.

     Reconhecemos, portanto, que as causas reais e profundas da depressão se encontram nos abusos do poder, na egolatria, na vaidade e na doentia exaltação do ego.  Toda maldade que o ser empreendeu para manter o enfermiço patamar de arrogância o levará, em igual potencialidade, para o pólo oposto de suas intenções, forçando-o à colheita das dores semeadas e à aparente perda dos valores angariados do jogo  da vida. A alegria feita de penúrias se tornará tristeza, caracterizando a depressão em suas múltiplas manifestações na espécie humana.

     Compreendemos assim que o egoísmo e o orgulho são, de fato, as verdadeiras chagas  do espírito e os fatores etiológicos da depressão e do suicídio. Não digamos, portanto, que a depressão acomete o homem como se ele fosse mera vítima de suas angustiosas e inexplicáveis patologias. Uma Lei dirige-nos, conferindo alegrias e dores conforme as semeemos no campo de nossas ações psíquicas. A dor pertence sempre à colheita e nunca é por si só a causa primeira de nossos males, pois não somos imolados pelo acaso, mas por nossa própria rebeldia diante das Leis Divinas. Aquele que já nasce com a personalidade carente de valores pessoais, necessários à vida, semeou ações e intenções opostas, determinantes de tal condição, em existência anterior.

     Podemos compreender que a depressão, a psicólise e a ovoidização são fenômenos desencadeados pelo próprio ser e se baseia no dinamismo mórbido da arrogância, a supervalorização doentia do “eu” que deseja ser mais do que é, ir além de seus limites, crescer e projetar-se acima do outro, terminando no oposto de suas errôneas intenções.

     Toda felicidade roubada do bem-estar alheio, que deprime e menoscaba o próximo a quem deveríamos aprender a exaltar, é-nos devolvida na mesma medida da desvalorização imposta, sendo a motivação maior para a nossa própria desdita, causa primária dos transtornos depressivos.

     O que atesta que as causas da depressão estão nos desacordos com a lei é o fato de que o deprimido, sem uma aparente causa que o justifique, sente, repentinamente, como se todas as forças do universo estivessem contrárias a ele, sem entender que, na verdade, ele é que se antepôs a elas num primeiro momento. Eis porque a mensagem da Codificação Espírita nos revelou que o egoísmo e o orgulho são os maiores obstáculos ao progresso, e as entidades superiores que nos instruem jamais deixaram de nos alertar quanto aos perigos da soberba.

     A sagrada doutrina é pródiga de mensagens nesse sentido, especialmente o Evangelho Segundo o Espiritismo, dentre as quais podemos citar as sábias palavras do Espírito Adolfo, alertando-nos de que “quando o orgulho chega ao limite, tem-se o início da queda. De tempos em tempos Deus nos envia golpes para nos advertir, contudo, se ao invés de nos humilharmos, revoltamo-nos, então, uma vez cheia a medida, Ele nos abate completamente e tanto maior é nossa queda quanto mais alto tenhamos subido”(Questão 785 do LE e Cap VII do ESE).

     Várias consequências  da arrogância podem ser reconhecidas na psicopatologia humana. A perda da auto-estima advém sempre, como reação, da excessiva valorização de si mesmo. A insegurança e a timidez, de doentia autoconfiança. A  carência é fruto da ambição desmedida. O pesar, da alegria roubada de outrem. Toda angústia é a reverberação de um sentimento de maldade. A coerção vem da rebeldia irrestrita. O martírio da culpa se origina do ato inconseguente.  O esgotamento do abuso das forças. E, portanto, o que faz demisso o homem é sua própria soberba. Estejamos certos, não há sofrimento injustificável na Lei Divina e ninguém padece melancolias sem antes tê-las semeado nos corações alheios.

     Eis delineada, em rápidas considerações, a real causa da depressão humana e suas graves consequências. Sofrimento que se impõe por força de lei compensatória e que responsabiliza o próprio espírito como seu protagonista. Esta a razão, enfim, por que o Mestre nos asseverou com clareza que “todo aquele que se exaltar será humilhado.”(Lucas 14:11).

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