PENTATEUCO KARDEQUIANO

PENTATEUCO  KARDEQUIANO
OBRAS BÁSICAS

segunda-feira, janeiro 19, 2009

DISCRIÇÃO COMO UMA DAS QUALIDADES DA VIRTUDE

O homem de bem, respeitado e admirado pelos seus semelhantes, é aquele que possui muitas qualidades que o credenciam como sendo um homem de virtude.
A virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Ser bom, caritativo, laborioso, sóbrio, modesto, são qualidades do homem virtuoso.(...) *
A DISCRIÇÃO é uma das qualidades essenciais da virtude, que um homem de bem deve possuir.
É imprescindível compreendermos que para sermos discretos não devemos comentar com parentes, amigos e conhecidos os fatos que sabemos de pessoas de nossas relações e que só dizem respeito a elas.
A discrição se apresenta como o respeito que devemos dispensar as pessoas que possuem alguma particularidade física que chama a atenção (alto, baixo, gordo, magro, claro, escuro ...) ou pior, quando os problemas são de ordem moral, que só interessam a própria pessoa.
Exemplificando, transcrevo uma página interessante publicada na Revista espírita n. 16, Ano IV, do confrade Wallace Leal Rodrigues, sob o título “A BOLSA”
“Um convidado disse, recentemente, ao despedir-se:
- Gosto de vir aqui. É um lugar onde posso dizer tudo o que quero, sabendo que não passará adiante!
O elogio, na verdade, cabe muito mais a minha mãe do que a mim.
Um dia – eu tinha, então, uns oito anos – estava a brincar, ao lado de uma janela aberta, enquanto a Sra. Silva confiava à minha mãe qualquer coisa de sério a respeito de seu filho.
Quando a visita saiu, percebendo que eu ouvira tudo, chamou-me e disse: Se a Sra. Silva tivesse deixado a sua bolsa aqui, hoje, iríamos dá-la a outra pessoa?
- Claro que não! Respondi prontamente.
E minha mãe prosseguiu: Pois a Sra. Silva deixou hoje aqui uma coisa muito mais preciosa, visto que nos contou uma história cuja divulgação poderá prejudicar a muita gente. Essa história não é nossa, de modo que não podemos transmiti-la a quem quer que seja. Continua a ser dela, ainda que a tenha deixado aqui. Assim, pois, nós não a daremos a ninguém. Você compreende?
Compreendi muito bem. E tenho compreendido, desde então, que uma confidência, ou até mesmo uma bisbilhotice que um amigo deixa de vez em quando em minha casa são dele, não minhas, para as dar a quem quer que seja.
Quando, por qualquer motivo, percebo que não estou agindo de acordo, imediatamente vem-me à lembrança a bolsa da Sra. Silva e calo a boca em tempo”.
Que Deus nos abençoe e preserve em cada um de nós a discrição.

(*) KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.(Cap 17. it 8, Pg 279)

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