PENTATEUCO KARDEQUIANO

PENTATEUCO  KARDEQUIANO
OBRAS BÁSICAS

segunda-feira, outubro 13, 2008

"AS BELAS MENTIRAS"

Este sugestivo título, que pertence a um livro didático (1), é o tema que gostaria de abordar, porém, sob a ótica da moral e da Doutrina Espírita. Excetuando-se, ainda, as belas mentiras dos contos de fada e do tempo em que os bichos falavam, pergunto: existem mentiras que podem ser classificadas como inocentes, úteis e necessárias?
Vale ressaltar que os estudiosos do assunto afirmam que as chamadas mentirinhas são usadas com freqüência entre os membros de uma sociedade e que, em média, uma pessoa fala cinco por dia, sem que isso afete o seu relacionamento com as demais pessoas. Seria este estudo verdadeiro?
E o como fica o relacionamento e o envolvimento espiritual entre as pessoas envolvidas com a mentira? Estaria comprometido?
O romance espírita, “O Cavaleiro de Numiers”, coloca que as pessoas que mentem, por ação ou omissão, emanam vibrações tão fortes que a pessoa que é vítima pode captar tais vibrações e sentir sensações de desconfiança. Pode, também, os protetores espirituais “assoprarem” nos ouvidos do seu protegido de tal forma que começam a desconfiar de uma determinada situação...
Na verdade os Espíritos sérios se condoem com nosso erro e procuram nos ajudar. Os levianos riem e zombam das peças que nos pregam. (2)
Lembremos que: “Uma pequena mentira hoje... repetida amanhã... e terás que mentir para sempre!”.
Esta frase, que serve para alertar as pessoas incautas, se contrapõe com o sofisma muito utilizado pelos charlatães que pretendem enganar as pessoas, com o fim de obter vantagens:”Uma pequena mentira, repetida muitas vezes, pode se tornar grandes verdades.”
Mentir é, portanto, tudo que decorre do mal: falsidade, erros, falsas doutrinas...
Segundo o dicionário do Aurélio, mentir é afirmar uma coisa que sabe não ser verdadeira; é induzir ao erro pessoas de boa fé; é uma fraude, uma impostura.
“A mentira é a ação capciosa que visa o proveito imediato de si mesmo, em detrimento dos interesses alheios em sua feição legítima e sagrada; e essa atitude mental da criatura é das que mais humilham a personalidade humana, retardando, por todos os modos, a evolução divina do Espírito”.(3)
Não tenho conhecimento de que o nosso maior exemplo, Jesus Cristo, tenha mentido por qualquer motivo.
No entanto, em determinados momentos da vida, há pessoas que acham que mentir ou omitir sobre determinado assunto, pode evitar um mal maior ou poupar um paciente terminal de sofrer, ainda mais, ao tomar conhecimento da gravidade de sua doença.
Como o assunto é vasto e pode geras dúvidas ou controvérsias, deixo-o aberto a opiniões, esperando que você participe, colaborando com a discussão do tema.
Que a Paz do Mestre Jesus esteja sempre conosco.


(1) NOSELLA, Maria de Lurdes Chagas Deiró, ed Moraes.
(2) Livro dos espíritos.
(3) XAVIER, Francisco Cândido. “O Consolador”, pelo Espírito Emmanuel.

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