PENTATEUCO KARDEQUIANO

PENTATEUCO  KARDEQUIANO
OBRAS BÁSICAS

segunda-feira, novembro 20, 2006

ESPIRITISMO E CIÊNCIA CAMINHAM JUNTOS

UM BREVE HISTÓRICO DA EVOLUÇÃO CIENTÍFICA RELACIONADA AO ESPIRITISMO

O período científico propriamente dito, referente aos princípios Espíritas, iniciou-se a partir de 1872, com as pesquisas de William Crookes, subdivididas em: Período metapsíquico (1872 a 1930) e período parapsicológico (de 1930 aos dias atuais).

A comunicação com os Espíritos vira Ciência

Embora o Espiritismo tenha feito muitos adeptos e conversões durante o próprio séc. XIX e início do séc. XX em diferentes meios sociais, chama a atenção o fascínio que a nova doutrina parece ter exercido no meio intelectual, artístico e científico da época, gerando tanto fervorosos adeptos como tenazes adversários. Arthur Conan Doyle, Victorien Sardou, Victor Hugo, Robert Owen, Cesare Lombroso, William Crookes, Oliver Lodge, Camille Flammarion, Charles Richet, entre outros, dedicaram-se a estudar o ‘outro lado’, recuperando o passado, revendo a religião à luz da ciência e encarando a morte sob novos aspectos. Grupos de cientistas reuniam-se em torno de médiuns, investigavam, eliminavam possibilidade de fraudes. Muitas dessas reuniões de estudos realizavam-se em centros de pesquisas e laboratórios e os convidados eram pessoas credenciadas pela comunidade intelectual e científica. Um exemplo foram as 43 sessões organizadas pelo Instituto Geral Psicológico de Paris nos anos 1905, 1906 e 1907, com a médium Eusápia Paladino, que incluíram, na sua assistência, Bergson, o casal Curie e Debierne, o reitor da Sorbonne. Embora muitos dos assistentes do meio científico não ficassem convencidos, um grande número confessou a sua adesão.
Um dos mais importantes convertidos às novas descobertas propostas pelo Espiritismo foi Camille Flammarion (1842 - 1925), o eminente astrônomo e cientista do séc. XIX. Tornou-se espírita, amigo pessoal de Allan Kardec, e pronunciou o discurso fúnebre à beira de seu túmulo, imbuído pelas convicções doutrinárias espíritas, sobretudo a imortalidade da alma e a visão de que a morte era uma libertação, uma continuidade para uma nova existência espiritual, operosa e de estudos.

Os fenômenos espíritas também repercutiram fora da França. Um dos cientistas mais importantes a dedicar-se ao estudo dos fenômenos foi o inglês William Crookes, cuja história está relacionada com a da médium Florence Cook e a materialização do espírito Katie King. Químico e astrônomo, a partir de 1856 fez parte da Sociedade Real de Londres dedicando-se a trabalhos fotográficos sobre a lua. Descobriu um processo, a amalgamação do sódio e pela análise espectral tornou conhecido um novo corpo metálico simples, o tálio. Através de uma série de experiências bem sucedidas demonstrou com exatidão um quarto estado da matéria, além do sólido, líquido e gasoso: O da matéria radiante. Com essa posição intelectual e científica, anunciou que iria se ocupar dos chamados fenômenos espíritas, com o rigor de um experimentador científico. Em 1874, publicou os primeiros resultados de suas pesquisa no “Quarterly Journal of Science”. Em fevereiro de 1897 publicou suas observações sobre os fatos espíritas.
(...) Os fenômenos observados: Levitações, psicografia, telecinesia, materializações e aparições luminosas de objetos foram colocados como fatos incontestáveis, que mereceriam uma laboriosa série de experiências e elaborações teóricas de acordo com as mais recentes descobertas científicas.
Para alguns outros convertidos, como Arthur Conan Doyle, o desabar da muralha entre o mundo dos mortos e dos vivos; os fatos que comprovam de forma cabal a sobrevivência após a morte e a comunicação entre mortos e vivos deveriam conduzir a uma grande transformação e esperança para o gênero humano pela formação de uma nova e atual expressão religiosa que levasse os homens a uma existência mais espiritualizada.
Cientistas de renome na Itália também passaram a integrar o conjunto de estudiosos dos chamados fenômenos psíquicos. Shiaparelli, Chiaia, Brotasi, Lombroso e Bozzano fizeram parte dessa galeria. Ernesto Bozzano destacou-se nesse grupo dedicando trinta anos às pesquisas psíquicas. Publicou inúmeros trabalhos científicos sobre o assunto, expondo os princípios básicos que o levaram a aderir à hipótese espírita por ser uma “necessidade lógica”.
Uma das conversões mais intrigantes do final do séc. XIX foi a de Cesare Lombroso, médico, higienista, psiquiatra e antropólogo. Seus famosos estudos estavam na área da Antropologia
Criminal, nos quais revelava sua incondicional adesão aos de investigação científica positiva de sua época. Estudava homens e fatos numa mesma perspectiva, como ponto de partida do método experimental. Estabeleceu uma teoria em que expunha a Gênese Natural do Delito e as bases do sistema penal positivo, associando Direito Penal e Antropologia Criminal.
continua...

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