O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
POR ALLAN KARDEC
TRADUÇÃO DE EVANDRO NOLETO BEZERRA
FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA
CAPÍTULO XXVIII – COLETÂNEA DE PRECES ESPÍRITAS
IV PRECES PELOS QUE JÁ NÃO SÃO DA TERRA
PELAS PESSOAS A QUEM TIVEMOS AFEIÇÃO
62. PREFÁCIO. Como é horrível a ideia do nada! Como são de lastimar os que acreditam que se perde no vácuo, sem encontrar eco que lhe responda, a voz do amigo que chora o seu amigo! Jamais conheceram as puras e santas afeições os que pensam que tudo morre com o corpo; que o gênio que iluminou o mundo com a sua vasta inteligência é uma combinação de matéria, que, como um sopro, se extingue para sempre; que do ser mais querido, de um pai, de uma mãe ou de um filho adorado não restará senão um pouco de pó que o vento fatalmente dispersará.
Como pode um homem de coração manter-se frio a essa ideia? Como não o gela de terror a ideia de um aniquilamento absoluto e não lhe faz, ao menos, desejar que não seja assim? Se até hoje a razão não lhe foi suficiente para afastar de seu espírito quaisquer dúvidas, aí está o Espiritismo a dissipar toda incerteza com relação ao futuro, por meio das provas materiais que dá da sobrevivência da alma e da existência dos seres de além-túmulo.
É por isso que em toda parte essas provas são acolhidas com alegria; a confiança renasce, pois o homem sabe, de agora em diante, que a vida terrena é apenas uma breve passagem que conduz a uma vida melhor; que seus trabalhos neste mundo não lhe ficam perdidos e que as mais santas afeições não se destroem sem mais esperanças. (Cap. IV, item 18; cap. V, item 21.)
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