A Ideia
de Deus
Num edifício de
sete andares, havia nascido e vivido moradores, cujos olhos jamais tinham
contemplado a luz do Sol, a não ser através das vidraças diversamente coloridas
de cada pavimento.
Os moradores do primeiro pavimento,
encerrados nos limites do seu pequeno mundo, diziam que a luz do Sol era de cor
vermelha, porque vermelhos eram os vidros, através dos quais, se
habituaram a vê-la.
Os do segundo pavimento diziam, por
sua vez, que era de cor alaranjada, porque
alaranjados eram os vidros pelos quais ela, diariamente, se filtrava.
Os do terceiro, diziam pela mesma
razão, que era de cor amarela.
Os do quarto, diziam que era verde;
os do quinto, azul; os do sexto, anil; e os do sétimo e último, diziam que era
violeta.
Certo dia, porém, um morador, mais
inteligente, resolveu sair do edifício e, surpreendido com a luz do Sol, que lá
no alto, se decompunha na policromia do arco-íris, compreendeu logo, que cada
morador havia apreendido somente uma parcela da verdade.
Tudo se passava, exatamente, como se
cada um deles, em seu próprio pavimento tivesse visto apenas uma, dentre as
sete faixas luminosas do espectro solar.
A
luz do Sol era, realmente da cor sob a qual cada um a tinha visto, mas era,
também, muito mais do que isso: era a síntese das sete cores.
Assim como cada morador via o Sol,
cada criatura vê DEUS. Situado em diferentes faixas de evolução cada qual O verá
sob um aspecto diferente, segundo a diversa coloração do seu entendimento.
Chegará, no entanto, um dia em que a
criatura transcenderá os augustos limites do seu mundo e compreenderá DEUS, em
sua essência, na síntese de seus atributos.
Rubens C. Romanelli
Onde vibre o sentimento sincero e elevado,
aí se abre um caminho para a Proteção de Deus
(Missionários da Luz -
Anacleto - cap 19 )
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