PENTATEUCO KARDEQUIANO

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OBRAS BÁSICAS

sexta-feira, agosto 11, 2017

35 - SERIA O BATISMO UMA CORREÇÃO DE UM ERRO DIVINO NA PROCRIAÇÃO?

PRESENÇA ESPÍRITA NA BÍBLIA
JOSÉ REIS CHAVES
35  -  SERIA O BATISMO UMA CORREÇÃO DE UM ERRO DIVINO NA PROCRIAÇÃO?

            Apesar da boa intenção e da boa fé dos teólogos do passado, ainda pouco evoluídos e com suas ideias antropomórficas sobre Deus, eles acabaram cometendo muitos erros no seu conceito de Deus.
            Nós jamais somos infalíveis, como os espíritos que nos inspiram nunca o são também. Daí os erros bíblicos. E São João, sabendo da falibilidade e da ignorância dos espíritos, recomenda-nos que os examinemos, (1 João 4:1), no que os espíritas são rigorosos. Os espíritos humanos e já angélicos de alto nível de evolução ou puros merecem mais a nossa confiança. Mas nem por isso são infalíveis. Jesus nos ensinou que os anjos e Ele não sabiam quando seria o final dos tempos, pois que isso era da competência somente de Deus. (São M ateus 24:36). Kardec, que foi um estudioso sério da Bíblia, e que seguiu, pois, à risca o ensino de João, lembrou-nos de que deveríamos seguir a ciência, se amanhã for constatado um erro de um espírito da sua Codificação. Se os espíritos encarnados, como o de São Pedro e de outros apóstolos do excelso Mestre cometeram erros, por que não os cometeriam depois de desencarnados? Há na Bíblia e nos tratados teológicos antigos, ideias pueris sobre Deus. Elas são de inspirações de espíritos atrasados que foram tomados como sendo o do próprio Deus.
            Mas o pior de tudo isso é que os teólogos modernos das igrejas cristãs, apesar de totalmente conscientes dos erros de seus colegas do passado, nunca reconhecem de público esses erros, continuando a ensiná-los como verdades para os seus fiéis analfabetos e cegos em Bíblia e teologia. Mas hoje, há um número maior de leigos estudiosos da Bíblia e teologia do que o número de padres e pastores. E esses leigos, que às vezes entendem de Bíblia e teologia tanto quanto os padres e pastores, e até mais do que eles, ao constatarem esses erros apontam-nos para  sociedade, pois esses teólogos e biblistas leigos não são comprometidos com nenhuma hierarquia religiosa, e não vão perder seus empregos e privilégios por divulgarem a verdade.
            Muitos teólogos ensinam hoje que o pecado original de Adão e Eva, que seria herdado por todos nós, não tem nada a ver com a sexualidade. Mas, geralmente, ainda predomina o pensamento antigo de que o ato sexual da metáfora do primeiro casal humano é que é o tal de pecado original. Daí que a virgindade de Maria e o celibato dos padres são tão engrandecidos. A fecundação sem a perda da virgindade é atribuída também às mães de Buda, Krisna e Zoroastro. (Recomendo ao leitor meu livro: “A Face Oculta das Religiões”, página 174, Ed. EBM, SP, onde verá, inclusive, o dogma da doutrina da Concepção Imaculada de Maria, proclamado em 1854 pelo Papa Pio IX, o mesmo que instituiu o da infalibilidade dos Papas, em 1870).

            Essas polêmicas não diminuem para mim a importância de Nossa Senhora, Mãe de Jesus e da Humanidade. Elas, porém, nos levam a pensar que a sexualidade que Deus criou como meio de conservação de todas as espécies e de fazê-las crescer numericamente seria uma coisa errada, e que o batismo tem por fim o absurdo de corrigir esse suposto erro de Deus!

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