A ideia enfermiça, sem contornos
definidos, alcança os painéis mentais sutilmente.
Aceita, desenvolve características,
apresenta-se com maior riqueza de detalhes, estabelece o contato através do
qual se originam as penosas fixações, lamentáveis quão perniciosas...
Se recusada, apaga-se em névoa
diluente para repetir-se com maior intensidade até alcançar correspondente
vibratório na mente receptora, que passa, a largo prazo, a submeter-se ao
impositivo que termina por dominar...
A obsessão é enfermidade
generalizada, que grassa entre os homens, em decorrência do comércio psíquico,
infeliz quão desesperador.
Desde que o agente obsessivo é
persistente no plano negativo que se afervora, ele muda de técnica toda vez que
repudiado, mantendo rigoroso cerco em torno de quem lhe padece a influência,
até dobrar a vontade resistente, caso esta não se fortaleça nos valores morais
e espirituais que constituem defesa e vitalidade contra essa terrível chaga
devastadora.
Mentes viciadas com mais facilidade
aceitam as sugestões morbíficas que lhes são insufladas dentro do campo em que
melhor se expressam: desconfiança, ciúme, ódio, desvario sexual, dependência alcoólica
ou toxicômana, gula, maledicência...
Temperamentos arredios, suspeitosos,
são mais acessíveis em razão de melhor agasalharem as induções equivalentes,
que se lhes associam em forma de perfeita sintonia.
Caracteres violentos, apaixonados,
mais fortemente se fazem maleáveis em decorrência do espírito rebelde que nesse
corpo habita, dissimulando as chispas que lhes acendem as labaredas do incêndio
interior, a exteriorizar-se como fogaréus destruidores...
Personalidades ociosas são mais
susceptíveis em razão da a mente vazia
sempre acolher o que lhes apraz, deixando-se conduzir pela personalidade dos
seus afins desencarnados.
Desnecessário reafirmar que, não
apenas além-da-morte, se encontram os perturbadores, desde que a obsessão
campeia, igualmente, entre os transeuntes do corpo, obedecendo ao mesmo
processo de sintonia mental, por cultivo das mesmas paixões inferiores.
*
A ação do pensamento otimista e
sadiamente operante; o labor fraternal de solidariedade; a preocupação
edificante em favor do próximo; os serviços humílimos ou grandiosos a benefício
dos outros; o interesse honesto pelo bem-estar alheio constitui a terapia
preventiva quanto curadora contra a obsessão.
A prece – o hábito de orar – gerando
um clima de paz; a leitura elevada, que cria clichês psíquicos superiores; a
meditação em torno das questões enobrecedoras da vida; o diálogo edificante
impede qualquer intercambio perturbante, verdadeiros antídotos que se fazem à
obsessão, por constituírem meios de elevação vibratória na qual não vigem as
interferências maléficas, as parasitoses e as vampirizações prejudiciais que
somente têm curso em faixas mentais semelhantes.
Ademais, o exercício de tais métodos
libera qualquer tombado nas malhas apertadas da alienação obsessiva de
perniciosos efeitos na Terra...
*
Na condição de terapeuta Divino
prescreveu Jesus, contra os flagelos da obsessão: “Fazer ao próximo somente o que desejar que este lhe faça”,
porquanto, assim procedendo, o amor que nos dedicamos a nós mesmos,
automaticamente se dilatará em relação ao nosso próximo, desfazendo as matrizes
do mal que ainda se demoram fixadas em muitos dos seres que pululam em torno da
Terra, ao mesmo tempo auxiliando-os a despertarem para o bem e para a
felicidade. (Cap. 4 do Livro: Alerta. Divaldo Franco pelo Espírito Joanna de Ângelis, Livraria Espírita Alvorada Editora).
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