Livro: Jesus, o maior psicólogo que já existiu. Mark
W. Baker. Ed. Sextante.
“Que o vosso ‘Sim’ seja ‘Sim’ e o vosso ‘Não’ seja ‘Não’.
(Mateus 5:37).
A Sra. Parker telefonou-me em pânico. Seu filho, Nathan,
tinha abandonado o segundo grau e sido preso por estar dirigindo embriagado.
Ela temia que a vida dele estivesse ficando cada vez mais sem limites. Após
alguns minutos de conversa, convidei a família inteira para fazer terapia.
O Sr. E a Sra. Parker tinham uma única diretriz com relação a
Nathan: “Só queremos que ele seja feliz”. Achavam que estavam investindo em sua
felicidade quando, em vez de colocar limites quando ele era criança, ofereciam-lhe
alternativas para que escolhesse. Por exemplo, em vez e determinar uma hora fixa
de dormir quando o filho estava na escola primaria, perguntavam: “Nathan, você
que ir dormir tarde e ficar cansado amanhã o dia inteiro ou prefere ir dormir
agora e se sentir descansado e bem-disposto quando acorda?” É claro que Nathan
preferia ir dormir mais tarde, o que fazia com estivesse frequentemente cansado
quando criança. O casal não queria ser autoritário com Nathan, de modo que
tentaram ensinar que tudo tem consequências, dependendo das escolhas que
fazemos.
Mas na época Nathan não tinha maturidade para entender isso,
e essa atitude dos pais o deixavam inseguro, achando que eles não sabiam o que
fazer e por isso estavam sempre lhe perguntando o que ele preferia. A vida de
Nathan ficou descontrolada por que lhe deram uma responsabilidade que ele não
era capaz de assumir. Quando temos sete anos e acreditamos que ninguém dirige o
universo, chegamos à conclusão de que nada importa. Para Nathan, a verdade era
relativa, e a realidade era como a criávamos.
Na verdade, Nathan precisava que seus pais soubessem das
coisas. Como criança, ele precisava que eles estabelecessem limites, fazendo-o
sentir-se seguro, e que dessem respostas diretas às suas perguntas.
Obrigar uma criança cedo demais a decidir por si mesma pode
ter consequências negativas. Nathan necessitava aprender que a verdade não é relativa
(4): Allan Bloom foi um professor universitário que observou seus alunos
durante mais de trinta anos. Ele chegou à conclusão de que “quase todos os
estudantes que entram na universidade acreditam, ou afirmam acreditar, que a
verdade é relativa”. O Professor Bloom ficou tão perturbado com esse fato que
escreveu um livro para desafiar essa convicção intitulado O declínio da cultura
ocidental. São Paulo: Best Seller, 1989.), mesmo que cada um de nós a veja a
partir de sua própria perspectiva pessoal.
A vida ainda é bem difícil para a família Parker, mas está
melhorando. O Sr. E a Sra. Parker admitiram que desejam outras coisas para
Nathan além das que lhes transmitem. Eles querem que o filho seja respeitoso,
responsável e uma companhia agradável. Eles sempre desejaram isso, mas achavam
que impor seus desejos ao filho prejudicaria a felicidade dele. No entanto, à
medida que os pais são mais claros com relação ao que querem dele, Nathan está
se tornando um rapaz mais feliz. Respeitar o ponto de vista uns dos outros não
significa que tudo é relativo.
Acreditar que a verdade é relativa e que nada realmente
importa é exatamente o oposto do que Jesus ensinou. Mas tudo é importante. O
que ocorre é que, pensar de a verdade ser absoluta, nós a percebemos de forma
relativa. Foi isso que Jesus disse: “Eu sou a Verdade” (João 14:6). Ele sabia
que não compreendemos objetivamente as verdades mais profundas da vida; nós nos
aproximamos delas. Sempre interpretamos o que percebemos, o que significa que
nunca somos realmente objetivos a respeito de nada.
Acreditar que a verdade é relativa significa afirmar que não
existe uma verdade objetiva, de modo que ada um pode fazer o que quiser.
Jesus ensinava a fazer do nosso “sim um sim” porque queria
que fôssemos pessoas de convicção.
PRINCÍPIO ESPIRITUAL: Acreditem na verdade com convicção;
aproximem-se dela com humildade.
Mark W. Baker, Ph.D., é Diretor – executivo da clínica La Vie
Counseling Center e tem um consultório particular em Santa Mônica, Califórnia.
Ele é muito solicitado como orador em igrejas, faculdades e reuniões de
psicologia.
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