PENTATEUCO KARDEQUIANO

PENTATEUCO  KARDEQUIANO
OBRAS BÁSICAS

domingo, novembro 03, 2013

ESTUDOS APROFUNDADOS DA DOUTRINA ESPÍRITA/2013

ESTUDO III

PERISPÍRITO E SUA GÊNESE
Estudo apresentado por  Mário, Orlei e Halvei

INTRODUÇÃO
A inquietação para este estudo foi apresentada pelo Irmão Mário Hoff
A Física Quântica em Busca da Partícula Divina
Luís de Almeida
(Este artigo de Luís de Almeida foi originalmente publicado na Revista Internacional de Espiritismo de Janeiro de 2002)
"Confesso que, após cuidadosa e atenta leitura deste trabalho, conclui que foi um dos melhores artigos que já tive o prazer de ler. Ele se me afigura o mais erudito e informativo trabalho acerca da relação entre a Física e o Espiritismo, até agora escrito em idioma português. Se traduzido para o inglês será, sem dúvida, apreciadíssimo, inclusive pelos físicos mais modernos que, atualmente, divulgam obras acerca do relacionamento entre a Consciência e o Universo, vislumbrado sob a óptica das Físicas Quântica e Relativística. Menciono, como exemplos, os livros de Michio Kaku (Hiperespaço, ed. Rocco, Rio de Janeiro, RJ) e de Amit Goswami (O Universo Autoconsciente, edit. Rosa dos Tempos, Rio de Janeiro)." 
Dr. Hernani Guimarães Andrade
A Física continua a dar ao Espiritismo, ainda que os físicos de tal não se apercebam, ou melhor, não queiram por enquanto se aperceber, uma contribuição gigantesca na confirmação dos postulados espíritas, que de maneira nenhuma nós, os espíritas, poderemos subestimar. Existe uma ciência espírita, com uma metodologia de ciência, assentada nas questões espirituais, mais do que possamos imaginar, e a prova disso é O Livro dos Espíritos - uma obra actual - um manancial para a Física Moderna. Trazendo-nos um novo conceito básico sobre a visão macro e microcósmica de Deus (ao defini-Lo como "a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas") do Espírito e da Matéria propriamente dita.
A Física Moderna leva-nos ao encontro do Espírito e de Deus
A física quântica pode constituir uma ponte entre a ciência e o mundo espiritual, pois segundo ela, pode-se "reduzir" a matéria, de forma subjectiva e no domínio do abstracto, até à consciência - causa da "intelectualidade" da matéria. A consciência transforma as possibilidades da matéria em realidade, transformando as possibilidades quânticas em factos reais. Essa consciência deve apresentar uma unidade e transcender o tempo, espaço e matéria. Não é algo material, na realidade, é a base de todos os seres.
Recordemos o professor de Lyon In O Livro dos Espíritos (9):
23. Que é o Espírito?
- "O princípio inteligente do Universo".
a) - Qual a natureza íntima do Espírito?
- "Não é fácil analisar o Espírito com a vossa linguagem. Para vós, ele nada é, por não ser palpável. Para nós, entretanto, é alguma coisa."
Tanto é assim, que os físicos teóricos postulam a existência de uma "partícula", que seria a partícula "fundamental", que ainda não foi encontrada, mas a qual o Prémio Nobel da física, Leon Lederman, denomina a "partícula divina". Partícula essa decisiva pois é ela que determina a massa das restantes, bem como a coesão dada pela gravidade dos 90% do universo ainda desconhecido.
Leiamos Kardec In O Livro dos Espíritos (9):
25. O Espírito independe da matéria, ou é apenas uma propriedade desta, como as cores o são da luz e o som o é do ar?
- "São distintos uma do outro; mas, a união do Espírito e da matéria é necessária para intelectualizar a matéria."
26. Poder-se-á conceber o Espírito sem a matéria e a matéria sem o Espírito? 
- "Pode-se, é fora de dúvida, pelo pensamento."
Cabe lembrar que os físicos, a partir das pesquisas do norte-americno Murray Gel Mann nos aceleradores de partícula, já admitem a existência de um domínio externo ao mundo cósmico dito material onde provavelmente existam agentes activos também chamados frameworkers, capazes de actuar sobre a energia do Universo, modulando-a e dando-lhe formas de partícula atómica, ou seja por outras palavras - o espírito, chamado também "Agente Estruturador"por vários físicos teóricos.
Retomemos novamente o mestre lionês In O Livro dos Espíritos (9):
76. Que definição se pode dar dos Espíritos?
- "Pode dizer-se que os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Povoam o Universo, fora do mundo material."
536. São devidos a causas fortuitas, ou, ao contrário, têm todos um fim providencial, os grandes fenómenos da Natureza, os que se consideram como perturbação dos elementos? 
- '"Tudo tem uma razão de ser e nada acontece sem a permissão de Deus."
b) - Concebemos perfeitamente que a vontade de Deus seja a causa primária, nisto como em tudo; porém, sabendo que os Espíritos exercem acção sobre a matéria e que são os agentes da vontade de Deus, perguntamos se alguns dentre eles não exercerão certa influência sobre os elementos para os agitar, acalmar ou dirigir? 
- "Mas evidentemente. Nem poderia ser de outro modo. Deus não exerce acção directa sobre a matéria. Ele encontra agentes dedicados em todos os graus da escala dos mundos."
A Teoria das Supercordas e a Dimensão Psi
Outra teoria quântica, que vem de encontro a existência de uma "partícula divina consciêncial" no final da escala das partículas subatómicas, é a teoria das supercordas. Essa teoria foi melhorada e é defendida por um dos físicos teóricos mais respeitados da actualidade Edward Witten, professor do Institute for Advanced Study em Princeton, EUA. De maneira bastante simples e resumida, a teoria das supercordas postula que os quarks, mais ínfima partícula subatómica conhecida até o momento, estariam ligados entre si por "supercordas" que, de acordo com sua vibração, dariam a "tonalidade" específica ao núcleo atómico a que pertencem, dando assim as qualidades físico-químicas da partícula em questão.
Querer imaginá-las é como tentar conceber um ponto matemático: é impossível, por enquanto. Além disso, são inimaginavelmente pequenas. Para termos uma ideia: o planeta Terra é dez a vinte ordens grandeza menor do que o universo, e o núcleo atómico é dez a vinte ordens de grandeza mais pequeno do que a Terra. Pois bem, uma supercorda é dez a vinte ordens menor do que o núcleo atómico.
O professor Rivail, esclarece In O Livro dos Espíritos (9):
30. A matéria é formada de um só ou de muitos elementos?
- "De um só elemento primitivo. Os corpos que considerais simples não são verdadeiros elementos, são transformações da matéria primitiva."
Ou seja, é a vibração dessas infinitesimais "cordinhas" que seria responsável pelas características do átomo a que pertencem. Conforme vibrem essas "cordinhas" dariam origem a um átomo de hidrogénio, hélio e assim por diante, que por sua vez, agregados em moléculas, dão origem a compostos específicos e cada vez mais complexos, levando-nos a pelo menos 11 dimensões.
Corrobora Allan Kardec In O Livro dos Espíritos (9):
79. Pois que há dois elementos gerais no Universo: o elemento inteligente e o elemento material poder-se-á dizer que os Espíritos são formados do elemento inteligente, como os corpos inertes o são do elemento material? 
- "Evidentemente. Os Espíritos são a individualização do princípio inteligente, como os corpos são a individualização do princípio material.."
64. Vimos que o Espírito e a matéria são dois elementos constitutivos do Universo. O princípio vital será um terceiro?
- "É, sem dúvida, um dos elementos necessários à constituição do Universo, mas que também tem sua origem na matéria universal modificada. É, para vós, um elemento, como o oxigénio e o hidrogénio, que, entretanto, não são elementos primitivos, pois que tudo isso deriva de um só princípio."
Essa teoria traz a ilação de que tal tonalidade vibratória fundamenta é dada por algo ou alguém, de onde abstraímos a ?consciência? como factor propulsor dessas cordas quânticas. Assim sendo, isso ainda mais nos faz pensar numa unidade consciencial vibrando a partir de cada objecto, de cada ser.
Complementa Kardec In O Livro dos Espíritos (9):
615. É eterna a lei de Deus? 

- "Eterna e imutável como o próprio Deus."
621. Onde está escrita a lei de Deus?
- "Na consciência."
Seguindo esta teoria e embarcando na ideia lançada por André Luiz In Evolução em Dois Mundos (11), onde somos co-criadores dessa consciência universal, e cada vez mais responsáveis por gerir o estado vibracional das nossas próprias "cordinhas" - a chamada dimensão Psi por vários investigadores espiritas -, à medida que delas nos conscientizemos, chegaremos a harmonia perfeita quando realmente entrarmos em sintonia com a consciência geradora que está em nós, e também no todo, vulgarmente conhecida por Deus, ou como alguns físicos teóricos sustentam "O Supremo Agente Estruturador".
Leiamos o Codificador In O Livro dos Espíritos (9):
5. Que dedução se pode tirar do sentimento instintivo, que todos os homens trazem em si, da existência de Deus?
- "A de que Deus existe; pois, donde lhes viria esse sentimento, se não tivesse uma base? É ainda uma consequência do princípio - não há efeito sem causa."
7. Poder-se-ia achar nas propriedades íntimas da matéria a causa primária da formação das coisas? 
- "Mas, então, qual seria a causa dessas propriedades? É indispensável sempre uma causa primária."
Interpretemos Allan Kardec In A Génese (10) Cap. II - A Providência:
20. - A providência é a solicitude de Deus para com as suas criaturas. Ele está em toda parte, tudo vê, a tudo preside, mesmo às coisas mais mínimas. É nisto que consiste a acção providencial.
«Como pode Deus, tão grande, tão poderoso, tão superior a tudo, imiscuir-se em pormenores ínfimos, preocupar-se com os menores actos e os menores pensamentos de cada indivíduo?» Esta a interrogação que a si mesmo dirige o incrédulo, concluindo por dizer que, admitida a existência de Deus, só se pode admitir, quanto à sua acção, que ela se exerça sobre as leis gerais do Universo; que este funcione de toda a eternidade em virtude dessas leis, às quais toda criatura se acha submetida na esfera de suas actividades, sem que haja mister a intervenção incessante da Providência.
Esta consciência única do raciocínio quântico, transforma-se em dois elementos: um objectivo e outro subjectivo. O subjectivo chamamos de ser quântico, universal, indivisível. A individualização desse ser é consequência de um condicionamento. Esse ser quântico é a maneira como pensamos em Deus, que é o ser criador dentro de nós.
Voltemos ao génio de Lyon In A Génese (10) Cap. II - A Providência:
34. - Sendo Deus a essência divina por excelência, unicamente os Espíritos que atingiram o mais alto grau de desmaterialização o podem perceber. Pelo facto de não o verem, não se segue que os Espíritos imperfeitos estejam mais distantes dele do que os outros; esses Espíritos, como os demais, como todos os seres da Natureza, se encontram mergulhados no fluido divino, do mesmo modo que nós o estamos na luz.
Geralmente, nós interpretamos Deus como algo unicamente externo. Pensamos em Deus como um ser separado de nós. Isso é a causa dos conflitos. Se Deus também está dentro de nós, podemos mudar por nossa própria vontade. Mas se acreditamos que Deus está exclusivamente do lado de fora, então supomos que só Ele pode nos mudar e não nos transformamos pela nossa própria vontade. Não podemos excluir a nossa vontade, dizendo que tudo ocorre pela vontade de Deus. Temos de reconhecer o deus que há em nós, como afirmou o Doce Amigo há 2000 anos. Então seremos livres.
Allan Kardec atesta In A Génese (10) Cap. II - A Providência:
24. - (...) Achamo-nos então, constantemente, em presença da Divindade; nenhuma das nossas acções lhe podemos subtrair ao olhar; o nosso pensamento está em contacto ininterrupto com o seu pensamento, havendo, pois, razão para dizer-se que Deus vê os mais profundos refolhos do nosso coração. Estamos nele, como ele está em nós, segundo a palavra do Cristo.
Para estender a sua solicitude a todas as criaturas, não precisa Deus lançar o olhar do Alto da imensidade. As nossas preces, para que ele as ouça, não precisam transpor o espaço, nem ser ditas com voz retumbante, pois que, estando de contínuo ao nosso lado, os nossos pensamentos repercutem nele.
O Livro dos Espíritos: uma obra actual e de referência
A Física continua a dar ao Espiritismo, ainda que os físicos de tal não se apercebam, ou melhor, não queiram por enquanto se aperceber, uma contribuição gigantesca na confirmação dos postulados espíritas, que de maneira nenhuma nós, os espíritas, poderemos subestimar. Existe uma ciência espírita, com uma metodologia de ciência, assentada nas questões espirituais, mais do que possamos imaginar, e a prova disso é O Livro dos Espíritos (9) - uma obra actual - um manancial para a Física Moderna. Trazendo-nos um novo conceito básico sobre a visão macro e microcósmica de Deus (ao defini-Lo como "a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas") do Espírito e da Matéria propriamente dita.
Concluímos com Allan Kardec In O Livro dos Espíritos (9) resumindo toda esta teoria da Física Moderna de forma magistral, simplesmente espantoso, acreditem...:
27. Há então dois elementos gerais do Universo: a matéria e o Espírito? 
- "Sim e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas. Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o Espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseira para que o Espírito possa exercer acção sobre ela. Embora, de certo ponto de vista, seja lícito classificá-lo com o elemento material, ele se distingue deste por propriedades especiais. Se o fluido universal fosse positivamente matéria, razão não haveria para que também o Espírito não o fosse. Está colocado entre o Espírito e a matéria; é fluido, como a matéria, e susceptível, pelas suas inumeráveis combinações com esta e sob a acção do Espírito, de produzir a infinita variedade das coisas de que apenas conheceis uma parte mínima. Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o Espírito se utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá."
Luís de Almeida é Dirigente do Centro Espírita Caridade por Amor, da cidade do Porto, com pagina na Internethttp://www.terravista.pt/PortoSanto/1391 
Email: electronico ceca@sapo.pt
Bibliografia:
(1) Dyson, Freeman em INFINITO EM TODAS AS DIRECÇÕES - Edições Gradiva - 1990 - Portugal. 
(2) Greene, Brian em O UNIVERSO ELEGANTE - Edições Gradiva - 2000 - Portugal. 
(3) Hawking, Stephen em BREVE HISTÓRIA DO TEMPO (Edição actualizada e aumentada, comemorativa do 1º Aniversário) - Edições Gradiva - 2000 - Portugal. 
(4) Hawking, Stephen em O FIM DA FÍSICA - Edições Gradiva - 1994 - Portugal. 
(5) Homepage, CERN - ORGANISATION EUROPEENNE POUR LA RECHERCHE NUCLEAIRE -http://www.cern.ch/ 
(6) Homepage, ESA - EUROPEAN SPACE AGENCY - http://www.esa.int/ 
(7) Homepage, FERMILAB - FERMI NATIONAL ACCELERATOR LABORATORY - http://www.fnal.gov/ 
(8) Homepage, NASA - NATIONAL AERONAUTICS & SPACE ADMINISTRATION -http://www.nasa.gov/ 
(9) Kardec, Allan em O LIVRO DOS ESPÍRITOS - Edições FEB 76ª edição 
(10) Kardec, Allan em A GÉNESE - Edições FEB 36ª edição. 
(11) Luiz, André em EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS - Edições FEB 12ª edição 
(12) Reeves, Hubert em O PRIMEIRO SEGUNDO - Edições Gradiva - 1996 - Portugal. 
(13) Sagan, Carl em UM MUNDO INFESTADO DE DEMÓNIOS - Edições Gradiva - 1997 - Portugal.
(Publicado no Boletim GEAE Número 430 de 19 de fevereiro de 2002)

 DESENVOLVIMENTO
Origem e natureza do perispírito
Bernardino da Silva Moreira
Não é na matéria que iremos encontrar a origem do perispírito, pois, “ao elemento material é necessário ajuntar o fluido universal, que exerce o papel de intermediário entre o espírito e a matéria propriamente dita, demasiado grosseira para que o Espírito possa exercer alguma ação sobre ela.”1
Sendo o perispírito “o laço que une a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito”,2 podemos concluir sem sombra de dúvida, que é no fluido universal, que temos a sua origem.
Isto não quer dizer que todos os perispíritos são iguais, pois é “do meio ambiente”, que o Espírito tira o fluido universal, por isso “esse invólucro varia de acordo com a natureza dos mundos.”3
É por isso que “o perispírito em certos mundos mais adiantados que a Terra é menos compacto, menos pesado, menos grosseiro, e, por conseguinte, menos sujeito a vicissitudes.”4 A cada degrau que o Espírito sobe na escada da evolução, seu perispírito “vai desmaterializando-se”, até que se “acaba por se confundir com o Espírito.”5
Na questão 186 de “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec, pergunta:
“Haverá mundos onde os Espíritos, deixando de revestir corpos materiais, só tenham por envoltório o perispírito?
- Há e mesmo esse envoltório se torna tão etéreo que para vós é como se não existisse. Esse o estado dos Espíritos puros.”6
Sabemos também que o perispírito é “semi-material: quer dizer, um meio termo entre a natureza do Espírito e o corpo”.7 Quanto à natureza íntima podemos dizer que “contém ao mesmo tempo eletricidade, fluido magnético, e até um certo ponto, a própria matéria inerte.”8
Qual a forma do perispírito?
Gabriel Delanne no livro “A Evolução Anímica”, afirmou que o perispírito, “tem forma determinada e é indestrutível, podemos conceber-lhe modificações sucessivas de movimento atômico, correspondendo a modificações e complicações cada vez maiores, no seu modus operandi. Por outras palavras, vale dizer que começando por organizar formas rudimentaríssimas, pode, após uma longa evolução de milhões de anos e de inumeráveis reencarnações, dirigir organismos mais e mais delicados e aperfeiçoados, até chegar aos humanos.”9
Quase cem anos passados após esta conclusão de Delanne, temos nas pesquisas atuais com a bio-energia, uma confirmação do que disse o sábio francês.
Também devemos levar em consideração o princípio vital, pois é ele, “o princípio da vida material e orgânica”10 porém é necessário discernir a causa e o efeito, para que não haja confusões na interpretação dos fatos, pois, “o princípio vital, sozinho, não é a vida. Para haver vida é necessário sua união com a matéria.”11
Segundo Léon Denis “o perispírito comunica-se com a alma através de correntes magnéticas e, com o corpo, por meio de fluido vital e do sistema nervoso, que lhe serve, de certa forma, de transmissor.” (Synthèse Spiritualiste Doctrinale et Pratique)12
Da relação do fluido vital com o sistema nervoso, surge como resultado a força vital, mas se formos por este caminho seremos atropelados pelas palavras que se multiplicam assustadoramente com o passar do tempo, tanto é, que a força vital foi “denominada: força nêurica, por Barthez; força psíquica, por William Crookes; força ódica, por Reichembach; fluido magnético, por defensores do magnetismo; e influxo nervoso, pela medicina clássica.”13
Se o Espírito não pode entrar em contato direto com o corpo, também “o perispírito etéreo como é, sem o fluido vital, não poderia atuar sobre o corpo físico. Com o princípio vital a matéria torna-se animalizada, isto é, viva.”14
Sendo o sistema nervoso as vias de circulação do fluido vital, sua quantidade “varia segundo as espécies de seres vivos e varia também individualmente. Há indivíduos saturados desse fluido, enquanto outros o possuem em quantidade apenas suficiente. Daí, para os primeiros, vida mais ativa, superabundante.”15
A renovação do fluido vital é efetuada “pela absorção e assimilação das substâncias que o contêm ou nele se transformam.”16 Exemplo: a alimentação, o ar, a energia solar.
Sendo o perispírito também constituído de memória, sua descoberta pela ciência, deve-se à mudança de conceitos adquiridos, através das pesquisas contemporâneas, tanto no campo da Física, como da Parapsicologia. A Física que pode ser considerada a mãe das ciências; que durante séculos combateu aqueles que acreditavam na transcendência da matéria, hoje mudou com o aperfeiçoamento da tecnologia, a começar pela “descoberta da estrutura do átomo, a teoria da relatividade de Einstein e o princípio da incerteza de Heisemberg” que “puseram por terra as definições tradicionais de matéria, do espaço e de tempo. Como se descobriu, os átomos sólidos na verdade eram constituídos de várias partículas, com espaços relativamente grandes entre elas.”17
Daí que, “um número crescente de cientistas está reconsiderando esses fenômenos paranormais a partir de uma perspectiva menos preconceituosa.”18
A dra. Gertrude Schmeidler, prof. de Psicologia da Universidade da Cidade de Nova York, que também é uma proeminente pesquisadora do paranormal diz que “gradualmente, mesmo com relutância, a comunidade científica parece estar aceitando o fato de que há provas da existência da P.E.S (Percepção Extra Sensorial).”19
O dr. Brian Josephson, laureado com um prêmio Nobel em Física, diz que está “99 por cento convencido” da realidade do fenômeno PES, e reconhece “que há muitas pessoas que se recusam a aceitar essas evidências. Mas também é claro que jamais se pode satisfazer um cético, a menos que o envolvamos diretamente num experimento – e, obviamente, não podemos fazer isso com todos os céticos do mundo.”20
O dr. John Hasted, da Universidade de Londres, admite para a explicação do fenômeno paranormal, a existência de universos múltiplos.21
O físico David Bohm, da Universidade de Londres, “sugeriu que todas as substâncias – desta página às galáxias – são ilusórias, emergindo de uma ordem mais primária do Universo”22 Só faltou ao dr. David Bohm, dizer que toda realidade Universal, tem como origem a Inteligência suprema, causa primária de todas as coisas, isto é: Deus.
O Dr. Karl Pribam, neuropsicólogo da Universidade de Stanford, chegou a seguinte conclusão: “Me ocorre como uma forte possibilidade que o nosso cérebro constrói matematicamente a realidade interpretando freqüências vindas de uma dimensão que transcende o tempo e o espaço.”23
A conclusão semelhante chegou o dr. J.B. Rhine, nas pesquisas que fez no laboratório de parapsicologia da Universidade de Duke (USA), quando disse que a mente não é física.
Mais adiante adverte o Dr. Pribam: “É claro que eu não estou querendo dizer que o mundo das aparências esteja errado. Ao atravessarmos uma rua, é melhor que prestemos atenção aos carros. Mas há razões para que pensemos que existe uma outra realidade, onde o tempo e o espaço não existem. Para mim, isso sugere que algumas das experiências místicas que as pessoas vêm relatando há milênios começam a fazer sentido do ponto de vista científico.”24
Podemos dizer que “o físico moderno, este grande “místico” da ciência, vem oferecendo maior soma de válidas equações ao panorama da pesquisa espírita.”25
Encerraremos com as palavras de Gabriel Delanne: “O perispírito não é concepção filosófica imaginada para dar conta dos fatos, é um órgão indispensável à vida física, RECONHECÍVEL PELA EXPERIMENTAÇÃO.”26I
I Os Grifos são nossos.
OUTRO ESTUDO APRESENTADO
Considerando: Que fomos criados! simples e ignorante” no “Fiat Lux”;
 a resposta a Questão número 540 de O Livro dos Espíritos: “...é assim que tudo serve, que tudo se encadeia na Natureza, desde o Átomo primitivo até o arcanjo que também começou por ser átomo. Admirável lei de harmonia,que vosso acanhado espírito ainda não pode apreender em seu conjunto!”
Que o copo espiritual é o retrato do corpo mental (evolução em dois mundos Chico Xavier/André Luis, ed. FEB.): “Para definirmos de alguma sorte o corpo espiritual, é prciso considerar, antes de tudo, que ele não é reflexo do corpo físico, porque na realidade, é o corpo físico que o reflete, tanto quanto ele próprio, o corpo espiritual, retrata em si o corpo mental que lhe preside a formação”.
Passamos em algum momento sermos componentes de um dos elementos gerais do Universo, o ELEMENTO ESPIRITUAL, Princípío Inteligente que vai amealhando mais conhecimento e desenvolvendo o seu livre arbítrio, no transito pelos diversos reinos, tecendo já no reino primitivo os rudimentos de Perispírito o qual vai sendo aperfeiçoado;
CONCLUSÃO
Todos os EADE do GEADE somos de parecer que tais perquirições devem continuar no GEADE/2014 pois que abrem um leque de lucubrações!
BIBLIOGRAFIA
1) O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Tradução de José Herculano Pires, 2ª edição, pág. 61, Q.27
2) Idem, pág. 25
3) Idem, pág. 143, Q. 257, item 7
4) O Evangelho segundo o Espiritismo, Allan Kardec, tradução Guillon Ribeiro, 30ª edição, FEB, cap. 4, pág. 24
5) Idem
6) O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Trad. J. Herculano Pires, 2ª edição, FEESP, pág. 114, Q. 186
7) Idem, pág. 97, Q. 135
8) Idem, pág. 141, Q. 257, 2º item
9) A Evolução Anímica, Gabriel Delanne, FEB, 4ª edição, 1976, cap. I, pág. 55
10) Perispírito e Princípio Vital, Helena M. Craveiro Carvalho, LAKE, 1ª edição, pág. 6, Q. 28
11) Idem, Q. 29
12) Antologia do Perispírito, José Jorge, Instituto Maria, 1ª edição, pág.151
13) Evolução Anímica, Gabriel Delanne, FEB, 4ª edição, pag. 159
14) Perispírito e Princípio Vital, Helena M. Craveiro Carvalho, LAKE, 1ª edição, pág. 6, Q.33
15) Idem, pág. 7, Q. 43
16) Idem, pág. 7, Q. 44
17) Revista Ciência Ilustrada, A Parapsicologia à Luz da Física, Laurence Cherry, Editora Abril, nº 4, novembro/dezembro/82, pág. 99
18) Idem, pág. 98
19) Idem, pág. 99
20) Idem, pág. 100
21) IdeT
22) Idem, pág. 101
23) Idem
24) Idem
25) Correlações Espírito-Matéria, Jorge Andréa, Editora Samos, 1ª edição, 1984, pág. 11
26) A Evolução Anímica, Gabriel Delanne. FEB, 4ª edição, 1976, pág. 46. Obras da Sociedade e Estudos e Pesquisas Espíritas;


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