CAUSAS DA DEPRESSÃO
Reconhecemos serem muitas as causas da depressão.
Uma delas é o exercício do hiperegotismo (exagero crescente do ego), quando o ser utiliza atitudes e empreende
hábitos que se caracteriza por exagerada autoconfiança, exaltada busca de
prazeres e desmedida presunção, expressando-se a arrogância em toda a sua
pujança.
Gilson Freire no livro “Ícaro Redimido”,
pelo espírito Adamastor, nos coloca que o hiperegotismo é uma doença que nos
acompanha há tempos na jornada da vida, tendo se incorporado como um hábito em
nossa personalidade. Reflexo herdado da vida animal que nos entreteve por longo
período. A necessidade de sobrepor a própria personalidade acima dos demais supera,
ainda hoje, a fraternidade genuína e lustra o brilho pessoal da vaidade que
justifica erroneamente todos os males dos sentimentos. Os males não se
restringem unicamente à imposição de dores ao outro, mas na verdade colhe
prejuízos para si mesmo.
No perispírito, os males irá determinar
hipertonias destoante a se refletirem em disformias cumulativas no corpo físico, caracterizando hiper-formações
celulares de toda natureza, como por exemplo o crescimento tecituais
inadequados gerando tumores, os mais diversos e os exagerados funcionamentos
glandulares doentiamente sustentada e embalada pela arrogância. Embora a
ciência da Terra busque justificá-las em aleatória adulterações genéticas, a
carne é mero espelho onde se reflete as forças desequilibradas do próprio espírito,
estampando no corpo físico as intenções errônea que enodoa a alma, devolvendo
em forma de dores, seus equívocos de condutas e sentimentos, propiciando-lhe a
colheita das sábias lições da vida, a fim de que o mesmo aprenda a viver no necessário equilíbrio de suas
poderosas forças psíquicas.
O sabor das errôneas vitórias se torna
pesar, configurando o que na Terra se identifica como os distúrbios
depressivos.
A arrogância perde sua expressão e o
ególatra, de sua exaltada posição, precipita-se na deterioração dos bens
roubados da vida, configurando-se a derrocada da auto-estima. O orgulho se
humilha e a alegria foge da alma. As angústias que habitam os recessos
profundos do involuido despertam, convocados para a sua educação, corroendo
todos os seus valores errôneos.
Reconhecemos, portanto, que as causas
reais e profundas da depressão se encontram nos abusos do poder, na egolatria,
na vaidade e na doentia exaltação do ego. Toda maldade que o ser empreendeu para manter
o enfermiço patamar de arrogância o levará, em igual potencialidade, para o
pólo oposto de suas intenções, forçando-o à colheita das dores semeadas e à
aparente perda dos valores angariados do jogo
da vida. A alegria feita de penúrias se tornará tristeza, caracterizando
a depressão em suas múltiplas manifestações na espécie humana.
Compreendemos assim que o egoísmo e o
orgulho são, de fato, as verdadeiras chagas
do espírito e os fatores etiológicos da depressão e do suicídio. Não
digamos, portanto, que a depressão acomete o homem como se ele fosse mera
vítima de suas angustiosas e inexplicáveis patologias. Uma Lei dirige-nos,
conferindo alegrias e dores conforme as semeemos no campo de nossas ações
psíquicas. A dor pertence sempre à colheita e nunca é por si só a causa primeira
de nossos males, pois não somos imolados pelo acaso, mas por nossa própria
rebeldia diante das Leis Divinas. Aquele que já nasce com a personalidade
carente de valores pessoais, necessários à vida, semeou ações e intenções
opostas, determinantes de tal condição, em existência anterior.
Podemos compreender que a depressão, a
psicólise e a ovoidização são fenômenos desencadeados pelo próprio ser e se
baseia no dinamismo mórbido da arrogância, a supervalorização doentia do “eu”
que deseja ser mais do que é, ir além de seus limites, crescer e projetar-se
acima do outro, terminando no oposto de suas errôneas intenções.
Toda felicidade roubada do bem-estar
alheio, que deprime e menoscaba o próximo a quem deveríamos aprender a exaltar,
é-nos devolvida na mesma medida da desvalorização imposta, sendo a motivação
maior para a nossa própria desdita, causa primária dos transtornos depressivos.
O que atesta que as causas da depressão
estão nos desacordos com a lei é o fato de que o deprimido, sem uma aparente
causa que o justifique, sente, repentinamente, como se todas as forças do
universo estivessem contrárias a ele, sem entender que, na verdade, ele é que
se antepôs a elas num primeiro momento. Eis porque a mensagem da Codificação
Espírita nos revelou que o egoísmo e o orgulho são os maiores obstáculos ao
progresso, e as entidades superiores que nos instruem jamais deixaram de nos
alertar quanto aos perigos da soberba.
A sagrada doutrina é pródiga de mensagens
nesse sentido, especialmente o Evangelho Segundo o Espiritismo, dentre as quais
podemos citar as sábias palavras do Espírito Adolfo, alertando-nos de que
“quando o orgulho chega ao limite, tem-se o início da queda. De tempos em
tempos Deus nos envia golpes para nos advertir, contudo, se ao invés de nos
humilharmos, revoltamo-nos, então, uma vez cheia a medida, Ele nos abate
completamente e tanto maior é nossa queda quanto mais alto tenhamos
subido”(Questão 785 do LE e Cap VII do ESE).
Várias consequências da arrogância podem ser reconhecidas na
psicopatologia humana. A perda da auto-estima advém sempre, como reação, da
excessiva valorização de si mesmo. A insegurança e a timidez, de doentia
autoconfiança. A carência é fruto da
ambição desmedida. O pesar, da alegria roubada de outrem. Toda angústia é a
reverberação de um sentimento de maldade. A coerção vem da rebeldia irrestrita.
O martírio da culpa se origina do ato inconseguente. O esgotamento do abuso das forças. E,
portanto, o que faz demisso o homem é sua própria soberba. Estejamos certos,
não há sofrimento injustificável na Lei Divina e ninguém padece melancolias sem
antes tê-las semeado nos corações alheios.
Eis delineada, em rápidas considerações, a
real causa da depressão humana e suas graves consequências. Sofrimento que se
impõe por força de lei compensatória e que responsabiliza o próprio espírito
como seu protagonista. Esta a razão, enfim, por que o Mestre nos asseverou com
clareza que “todo aquele que se exaltar será humilhado.”(Lucas 14:11).
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