Carlos A. Baccelli
Na noite do dia do
nascimento de Allan Kardec, 3 de outubro, Chico Xavier, em referendo promovido
pelo SBT – Sistema Brasileiro de Televisão –, com 71,4% dos votos, é eleito o
“brasileiro mais importante de todos os tempos”!
Parece, sem dúvida,
que o Mundo Espiritual, fora do âmbito do Movimento Espírita, preparou esta
mensagem para todos os brasileiros, mas, principalmente, para os adeptos do
Espiritismo
Veja quem tenha olhos
de ver e ouça quem tenha ouvidos de ouvir!
Concorrendo com dois
finalistas, dos considerados 100 maiores brasileiros da história, Chico,
através de escrutínio popular, venceu a Princesa Isabel, que assinou a “Lei
Áurea”, e a Santos Dumont, denominado o “pai da aviação”. Nas semanas
anteriores, em confronto direto, ele já havia superado a Irmã Dulce, grande
missionária da Bahia, e a Ayrton Senna, um dos maiores desportistas do Brasil e
do mundo.
Sabemos que tal
homenagem pouco interessa a Chico, mas, afinal, não é disto que se trata. Chico
Xavier, pela sua vida extraordinária, deixou de ser ele mesmo, para ser um dos
maiores símbolos da Fé de todos os tempos – e a verdade é que a Humanidade
nunca esteve tão carente de Fé quanto agora!
A vitória de Chico,
tampouco, representa a vitória do Espiritismo. Não, longe disto. A sua vitória
foi a vitória da crença na Imortalidade, da Bondade, da Honestidade, e,
sobretudo, do amor a Jesus Cristo – foi a vitória do Evangelho!...
Tem razão um confrade
espanhol de Palma de Maiorca, na Espanha, Pedro Vaquer, quando, no V ENCONTRO
NACIONAL DOS AMIGOS DE CHICO XAVIER E SUA OBRA, realizado em Votuporanga,
Estado de São Paulo, considerou, em sua fala brilhante, que Francisco Cândido
Xavier bem poderia se chamar “Caridade”!
Notemos que, desde a
sua desencarnação, ocorrida em 2002, o Mundo Espiritual vem trabalhando em
torno do que o nome de Chico passou a representar neste país, fadado a ser
“Coração do Mundo” e “Pátria do Evangelho”. Isto é profundamente sintomático, e
tomara que todos nós, adeptos da Terceira Revelação, compreendamos este recado
do Alto, que deixou de ser implícito para ser o mais explícito possível.
As Obras Mediúnicas da
lavra de Chico Xavier devem ser incorporadas à Codificação, porque, sem elas, o
Espiritismo, de fato, não possui a mesma amplitude doutrinária, que, a partir
delas, adquiriu.
Mas, sobretudo, que
não nos esqueçamos do que pode a vivência do Evangelho, qual Chico o demonstrou
ao longo de toda a sua laboriosa existência de 92 janeiros, estabelecendo
profundos laços espirituais com toda uma Nação, que hoje o reverencia como a
maior luz que nela já resplandeceu.
Uberaba – MG, 4 de outubro de 2012.
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