A
criatura humana possui inexplorados, valiosos recursos que aguardam a
canalização conveniente. Entre eles, a bioenergia (O nosso bom e velho PASSE) é
fonte de inexauríveis potencialidades, que o desconhecimento e a negligência
direcionam em sentido equivocado, malbaratando inconscientemente forças
preciosas.
Invisível
à visão comum. A irradiação bioenergética passa despercebida, exercendo
influencia no inter–relacionamento pessoal, graças ao qual provoca ondas de
simpatia como de animosidade ou (antipatia), conforme a procedência de um
individuo moralmente são ou enfermo.
Captada
pelo perispírito (corpo que nos acompanha após o fenômeno morte), nele
interfere através do campo que exterioriza, facultando renovar as forças ou
perturba–las, de acordo com o tipo de descargas que propicia.
Essa
bioenergia é responsável pela atração interpessoal (magnetismo pessoal, apeal,
charme, tchan), qual ocorre no campo molecular; celular; gravitacional;
universal.
Semelhante
à invisível camada magnética que envolve a Terra e que somente é registrada por
aparelhos especiais, igualmente ela é somente percebida através da para
normalidade (ou da mediunidade) ou de câmeras ultra velozes em filmes também
ultra–sensíveis.
A
sua ação, todavia, é de mais fácil registro na emotividade, nas áreas afetadas
por enfermidades, pelas reações psicológicas que provocam nos relacionamentos
humanos.
Referindo–se
aos fenômenos que produzia, Jesus, o Excelso Curador, foi peremptório,
afirmando: “Vocês podem fazer coisas maiores do que estas” se quiserem.
O querer é de alta
importância, porquanto representa não apenas a vontade interesseira,
imediatista, porém, todo o empenho, todo o investimento de recursos para
adquirir–se o pleno comando dessa força e a sua hábil canalização com objetivos
elevados.
É
de igual relevância a finalidade da sua aplicação. Todos aqueles que a utilizam
na vulgaridade, no divertimento, fazem–se joguete do próprio desequilíbrio,
passando a sofrer–lhe os efeitos danosos do mau direcionamento dado.
O
exercício e a aplicação saudável da bioenergia (passe), entretanto,
desenvolvem–lhe o campo de ação benéfica, tornando–a valioso recurso curativo
de inestimável significação.
Pode–se
direciona–la mediante a oração, a concentração, a meditação e os sentimentos
bons, a benefício do próximo, bem como próprio, trabalhando–a para auxiliar na
recuperação da saúde, da paz, do bem–estar, dos objetivos elevados.
Não
se fará de imediato os resultados, como é compreensível, porém, eles ocorrerão
no momento próprio. Sendo o sofrimento uma necessidade para o espírito devedor,
a sua liberação depende de inúmeros requisitos devidamente observados, alguns
dos quais foram já analisados.
Não
obstante, o amor de Deus, por misericórdia de acréscimo, faculta ao
comprometido oportunidade de experimentar o equilíbrio, a fim de motivá-lo ao
labor para a sua aquisição definitiva.
Assim,
diante de sofrimentos advindos, particularmente, de enfermidades, deve–se levar
em consideração alguns fatores, a fim de propiciar–se a autocura. Por
elasticidade de aplicação, quando necessário, direciona–los em favor de outros
enfermos.
1º OBSERVE-SE O PENSAMENTO, O SEU TEOR PREFERENCIAL, A FIM DE QUE
IRRADIE ENERGIAS POSITIVAS, SAUDÁVEIS.
A
atitude imediata é desejar–se a saúde com fervor (muitos se comprazem
fazendo sua bandeira a sua enfermidade. Estado patológico-autopunitivo por
consciência de culpa ou carência afetiva ou auto-obsessão), não porque se
queira libertar da doença, pura e simplesmente.
A
libertação de uma enfermidade, se não produz o engajamento do paciente em
atividades psíquicas e físicas positivas, faculta a presença de outras doenças.
O anseio por adquirir a saúde deve estar
acompanhado de objetivos edificantes, que podem ser colimados, e não do
interesse imediato pelos prazeres que se deseje fruir, descarregando ondas de energia negativa nos intrincados mecanismos
perispirituais responsáveis pela ação posterior.
Esse desejo de saúde é firmado na crença e na
certeza de que o “Pai não quer a destruição
do pecador, mas, a do pecado”; e
quem defrauda a lei deve recompor–se perante ela.
A
firmeza do desejo, sem ansiedade nem tormento, a fim de que se não torne uma
imposição, mas sim, uma solicitação, concede tranqüilidade ao enfermo,
constituindo um primeiro resultado precedente à cura.
De
imediato, deve–se concentrar na saúde, considerando–lhe a validade, a
abundancia de possibilidades edificantes que propicia, de realizações
produtivas, de efeitos benéficos para si e para a coletividade.
Ao
concentrar-se nela, que se entregue de corpo e alma aos resultados que advirão,
deixando–se impregnar pelo otimismo (otimismo, fator determinante de cura) com
irrestrita confiança em Deus (ser Otimista é ter certeza de Deus), trabalhando
mentalmente pela restauração das forças combalidas em contínuo esforço a favor
do bem-estar.
A
irritação, a ansiedade, o inconformismo, o ciúme, a rebeldia devem ser
rejeitados, sempre que insinuem nas paisagens mentais, por serem portadores de
raios destruidores que atingem os fulcros celulares e os desarranjam,
alterando–lhes o ritmo e a multiplicação.
As
idéias enobrecedoras, os planos de futura ação benéfica são portadores de
energia equilibrante, que estimula os complexos campos celulares,
propiciando–lhes harmonia e produtividade.
Nesse
esforço é de bom alvitre visualizar a saúde e incorpora–la.
O
indivíduo deve concentrar-se numa visão saudável, projetando-se no tempo em
condições de equilíbrio (meditação); ver-se recuperado, assumindo
responsabilidades e desenvolvendo as atividades que pretende encetar.
Essa
projeção mental reestrutura os mecanismos do perispírito afetado,
recompondo-lhe o campo, de que resultam os efeitos em forma de saúde, de
harmonia e de entusiasmo.
Os
pacientes em geral, com as exceções naturais, sempre visualizam o estado de
agravamento do mal que os aflige, atirando nos organismos projéteis mentais
destrutivos.
Não
poucas vezes, Jesus afirmou àqueles doentes que O buscavam: se quiseres, já que
queres, concluindo: levanta–te e anda; vê; sê limpo, conforme a enfermidade de
que se faziam objeto.
Naquele momento, o enfermo saía do campo vibratório de sombras, no qual se
homiziava, e abria–se à energia vigorosa do Benfeitor Divino, que lhe
alterava a área em desordem, restaurando-lhe a saúde.
Assim, visualizar-se com saúde no futuro e
programa-se em ação constituem fatores fundamentais para a autocura.
2º MANTER SINTONIA MENTAL COM A FONTE DO PODER
Todo
o Amor procede de Deus, a Fonte do Poder. Como conseqüência, a sintonia mental
do paciente com a Causalidade se torna imprescindível para a recuperação da
saúde.
Sendo
a enfermidade o resultado da desarmonia vibratória dos órgãos que compõem a
máquina orgânica, permitindo a proliferação dos elementos destrutivos, todo
trabalho de regularização deve partir da energia para o corpo, do espírito para
a matéria.
Desse
modo, a identificação mental do necessitado com a Fonte Geradora da Vida
torna-se essencial para o restabelecimento da harmonia.
Assim,
o cultivo das idéias positivas favorece a identificação com as faixas vibratórias
mais elevadas, produzindo a sintonia necessária com o Poder Supremo.
A Oração
é outro veículo por meio do qual se produz a sintonia mental com Deus. Ela
faculta uma análise das necessidades humanas em relação às finalidades
essenciais da existência, ao tempo em que propicia o relaxar das tensões,
estimulando as forças enfraquecidas e renovando-se, graças ao que se abrem as
possibilidades de recuperação da saúde.
Habituado
aos pensamentos vulgares, agindo sob impulsos de depressão ou de
violência, o indivíduo intoxica-se de vibrações deletérias, que mais o
perturbam e o enfermam.
A
mudança de diretriz mental, a fixação de idéias saudável gera uma psicosfera
harmoniosa que produz as condições propiciatórias ao bem-estar, em sintonia
inicial com a saúde. Como mudar de diretriz mental?
Quem
aspira o oxigênio puro mais se desintoxica, ampliando a própria capacidade
respiratória.
De
igual modo, a sintonia mental com a Fonte do Poder propicia reabastecimento de
energias saudáveis, que reinstalam no organismo o equilíbrio perdido,
restabelecendo a harmonia vibratória que fomenta o predomínio dos agentes da
saúde.
Mesmo
diante da aparente demora de recuperação é justo que se processe a sintonia,
que somente benefícios emocionais, psíquicos e orgânicos proporcionam.
O
ser se deve elevar a Deus, não apenas para pedir e buscar benefícios imediatos,
mas, também, para manter–se em harmonia com a própria vida.
Tal
estado de sintonia abre as portas da percepção extra física à inspiração, ao
equilíbrio e à coragem para enfrentar quaisquer vicissitudes e situações
afligentes imprevisíveis ou não.
Quando
alguém se eleva a Deus, ergue com o seu gesto toda a humanidade.
A
sintonia com Ele, Fonte do Poder é causa de felicidade e fator de paz.
3º CUIDAR DO DESCANSO, DA DIETA, DA HIGIENE, MANTENDO ORDEM NAS
ATIVIDADES.
O
descanso físico é de alta importância no programa da autocura, todavia, o repouso mental, advindo da harmonia dos
pensamentos, torna-se vital, um fator imprescindível para a instalação da
saúde.
Uma
mente em repouso não significa em ociosidade, antes, em ação positiva, que gera
equilíbrio. Esse proporciona descanso das excitações, das emoções e sensações
perturbadoras (desejos), geratrizes de doenças, de sofrimentos. (Mente em ação
positiva, equilibrada esta em repouso).
As
leituras edificantes e otimistas, ricas de esperança, propiciam repouso mental
e físico, predispondo o organismo à calma, à harmonia.
Esse
descanso, igualmente pode ser conseguido, por uma alimentação bem balanceada,
na qual se evitem os excessos de qualquer natureza, especialmente aqueles de assimilação
difícil, muito ricos em calorias e de digestão demorada.
Alimentação
para a vida, respeitando os limites impostos pela enfermidade, ao invés da vida
para a alimentação, que complica as funções do organismo alquebrado, que
necessita de todas as resistências para vencer o estado de desgaste.
A
higiene também desempenha papel preponderante na reconquista da saúde. Ela
faculta mais ampla eliminação de toxinas, ao tempo que proporciona agradável
sensação de leveza.
A
higiene física também impõe a de natureza mental, cujo complexo, quando poluído
pelas preferências perniciosas, exterioriza a desagregação das engrenagens
orgânicas, à semelhança de ferrugem em peças mecânicas que se devem ajustar
harmoniosamente.
Esses
fatores põem ordem nas atividades que a doença não interrompe, ou naquelas que,
não obstante os problemas da saúde merecem reflexão, programação para posterior
execução.
Quem
não se programa sofre as surpresas da improvisação com os danos, porventura,
presentes.
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A
vida saudável, portanto, são os esforços concentrados para a manutenção dos
equipamentos da maquinaria corporal, sob equilibrado comando do espírito.
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4º CANALIZAÇÃO DOS PESAMENTOS E DAS EMOÇÕES PARA O AMOR, A COMPAIXÃO, A
JUSTIÇA, A EQUANIMIDADE E A PAZ.
A
preservação do pensamento otimista predispõe a um estado emocional receptivo à
saúde. Fácil, pois, se torna canalizá-lo para as expressões nobilitantes do
amor, da compaixão, da justiça, da equanimidade e da paz.
O amor, que é o élan mágico que unirá
todas as criaturas um dia, deve ser cultivado na condição de experiência nova,
que o exercício converterá em um hábito, em um estado normal do espírito.
A
sua força restaura a confiança nos homens e na vida, porquanto, a sua presença
produz estímulos, facultando que, periodicamente, o sangue receba renovação de
cargas de adrenalina, produzindo revigoramento orgânico.
Através
da sua óptica os acontecimentos apresentam angulações antes não percebidas,
permitindo que as emoções não se entorpeçam, nem se exaltem ao mesmo tempo em
que predispõe o indivíduo à compaixão, fator humanizador da criatura.
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No quadro das doenças que abalam os homens,
encontramos instaladas no perispírito várias matrizes de ódio, de
ressentimento, de azedume, em relação a outras pessoas.
O
amor propicia a compaixão que se gostaria de receber, caso a situação fosse
oposta, diminuindo a intensidade do golpe recebido e anulando-lhe os efeitos
danosos. Ela fala sobre justiça inexorável de Deus que alcança a todos e propõe
a bondade para com o opositor, conscientizando-o, embora indiretamente, de que
o mal é sempre pior para quem o pratica.
A justiça, por sua vez, jaz insculpida
na consciência de cada pessoa que pode ser anestesiada por algum tempo, jamais,
porém impossibilitada de manifestar–se.
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Para culminar o seu
objetivo, tem ela que ser estruturada na equanimidade, que discerne como
aplica–la, sem o contributo emocional da paixão de qualquer natureza, porém com
a finalidade superior de corrigir sem desforço e recuperar sem maus tratos.
O
sentimento de equanimidade nasce na
razão que discerne e da emoção que compreende, fazendo que o recurso, o método
de reeducação seja o mesmo para todos os incursos nos seus códigos, não sendo
severa em demasia para uns e generosa em excesso para com os outros. A sua
linha reta de ação abrange na mesma faixa todos os infratores,
prodigalizando-lhes idêntico tratamento.
A consciência
de amor com equanimidade propõe a paz, que tira as tensões e inspira o prosseguimento da
ação. Estado íntimo de harmonia irradia-se em sucessivas ondas de tranqüilidade
que se exteriorizam, promovendo a absorção e fixação das energias saudáveis no
organismo.
O pensamento canalizado para a paz se
torna uma onda que sincroniza com a Fonte do Poder, contribuindo para o
entendimento geral e a fraternidade, que é o passo inicial do amor entre as
criaturas.
No processo de autocura, o espírito
recupera as energias gastas, vitaliza, mediante a ação do pensamento, os
fulcros perispirituais e predispõe-se ao resgate pelo amor, sem a intenção de
negociar benefícios, antes, com a de se tornar elemento útil no concerto
social, membro ativo do progresso geral e não um peso desagradável quão infeliz
na economia do grupo humano onde se encontra.
Co-autor
da sua recuperação, ele haure na Fonte providencial do amor de Deus as energias
sãs, saindo das sombras da enfermidade para as luzes da saúde, dispondo a
contribuir decisivamente em favor do mundo melhor de hoje e de amanhã, renovado
esclarecido e feliz.
Muita Paz e Otimismo!
FONTE: Obra Plenitude de Joanna de Angelis -Espírito
- por Divaldo Pereira Franco. Editora Arte &Cultura e Livraria LTDA (1991).
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