Sir
William Crookes, o mais notável físico dos tempos modernos, depois de ter
observado, durante três anos, as materializações do Espírito de
Katie King e de as haver fotografado, declarou: Não digo: isto é possível;
digo: isto é real.
Pretendeu-se
que W. Crookes se retratara. Ora, à semelhante insinuação ele próprio respondeu
no discurso que proferiu por ocasião da abertura do Congresso de Bristol, como
presidente da Associação britânica para o adiantamento das
ciências. Falando dos fenômenos que descrevera, acrescentou: Nada vejo de que
me deva retratar; mantenho minhas declarações já publicadas. Poderia mesmo
aditar-lhes muita coisa. ( Ref. 01, p.
14 )
Aditemos
uma nota sobre as experiências dos sábios que acima citamos: elas têm tido um
alcance considerável e dado lugar a comprovações científicas da mais alta
importância. Por exemplo, observando as materializações do Espírito Katie King
é que Sir W. Crookes descobriu a matéria radiante. Nestes fenômenos estranhos
ele observava a ação da substância em trabalho no ponto de sua transformação em
força, em energia.
Foi,
pois, de um fato espírita que se originou uma série completa de descobertas,
uma revolução no domínio da física e da química.
O
grande físico inglês achou meio de tornar visível, no aparelho que veio a
chamar-se ampola de Crookes, essa matéria radiante, difusa,
imponderável, que enche o espaço e nos escapa aos sentidos. Tudo quanto se há desde então
verificado nesse terreno não passa de aplicações da descoberta do ilustre sábio: os raios X e a radioatividade dos corpos,
por exemplo.
O
próprio rádio não é mais do que uma dessas manifestações. Todos os corpos
vibram, todos se mantêm num perpétuo estado de
radiação; apenas a do rádio é mais forte do que as outras. ( Ref. 01, p. 23 )
Foi
somente há uns trinta anos que o quarto estado da matéria, o estado radiante,
se tornou conhecido dos sábios. W. Crookes, o
acadêmico inglês, foi o primeiro que verificou a sua existência e as suas
experiências espíritas, continuadas por espaço de três anos, não foram
estranhas a essa descoberta. Ele conseguiu demonstrar que a matéria, tornada
invisível, reduzida a quantidades infinitesimais, adquire energias,
potencialidades incalculáveis, e que essas energias aumentam sem cessar, à
medida que a matéria se rarefaz. ( Ref. 02, p. 159 )
Além
de todos estes nomes, justamente estimados, há um outro, maior e mais ilustre,
que vem juntar-se à lista dos partidários e
defensores do Espiritismo; é o de William Crookes, membro da Royal Society
(Academia de Ciências da Inglaterra).
Não
há ciência que não deva uma descoberta ou um progresso a esse espírito sagaz.
Os trabalhos de
Crookes sobre o ouro e a prata, sua aplicação do sódio ao processo de
amalgamação são utilizados em todas as oficinas metalúrgicas da América e da
Austrália. Com o auxílio do heliômetro do Observatório de Greenwich, foi
ele o primeiro que pôde fotografar os corpos celestes; as suas reproduções da
Lua são célebres. Seus estudos sobre os fenômenos da luz polarizada, sobre a
espectroscopia não são menos conhecidos. Crookes descobriu também o tálio.
Todos esses trabalhos, porém, são excedidos por sua magnífica descoberta do
quarto estado da matéria, descoberta que lhe assegura um lugar no panteão da
Inglaterra, ao lado de Newton e de Herschell, e um outro mais admirável ainda
na memória dos homens.
William
Crookes entregou-se, durante dez anos, ao estudo das manifestações espíritas e,
para verificá-las cientificamente, construiu instrumentos de precisão e
delicadeza inauditas. Com o auxílio de um médium notável, a jovem Florence
Cook, e de outros sábios tão rigorosamente metódicos como ele, operava em seu
próprio laboratório, cercado de aparelhos elétricos, que teriam tornado
impossível ou mortal qualquer tentativa de fraude.
Em
sua obra: Researches in the Phenomena of Spiritualism, Crookes analisa as
diversas espécies de
fenômenos observados: movimentos de corpos pesados, execução de peças musicais
sem contacto humano, aparições de mãos em plena luz, aparições de formas e de
figuras,.etc. Durante vários meses, o Espírito de uma jovem e graciosa mulher,
chamada Katie King, mostrou-se, todas as noites, aos olhos dos investigadores,
revestindo, por alguns instantes, as aparências de um corpo humano provido de
órgãos e de sentidos, conversando com Crookes, com sua esposa e com os
assistentes, submetendo-se a todas as experiências exigidas, deixando-se tocar,
auscultar, fotografar, após o que se esvaía como tênue névoa. Essas curiosas
manifestações estão longamente relatadas na obra referida, de William Crookes.
( Ref. 03, p. 162 )
0
ilustre sábio inglês William Crookes, conhecido no mundo inteiro pelo
descobrimento do estado radiante da matéria, que durante três
anos obteve em sua casa materializações do espírito Katie King, em Condições de controle rigoroso, falava a
propósito dessas manifestações: ''Eu não digo que isto seja possível, eu digo: isto é. ( Ref. 05, p. 14 )
Na Inglaterra, o fantasma de Katie King foi
fotografado por Sir. William Crookes, o que destrói toda hipótese de sugestão.
( Ref. 05, p. 33 )
As
experiências de W. Crookes ainda são mais demonstrativas. Operando em seu
próprio laboratório com o médium Home,
serviu-se o eminente sábio de uma balança de grande precisão. A mão do médium
chegou a influenciar o aparelho, sem contacto, a ponto de produzir desvios de
uma das conchas e aumento de
peso até oito libras. As experiências foram repetidas múltiplas vezes, sob as
mais rigorosas condições de verificação, em presença
de várias testemunhas, com o auxílio de aparelhos construídos com o máximo
cuidado e de uma extrema sensibilidade. Todas as precauções foram tomadas para
excluir a possibilidade de qualquer fraude. 105 ( Ref. 07, p. 178 )
MARRYAT, FLORENCE, SRA. VER
TAMBÉM WILLIAM CROOKES
A
Sra. Florence Marryat, autora de grande nomeada, inseriu, numa de suas obras 196, uma descrição minuciosa das sessões
de Crookes, de que era das mais assíduas testemunhas. Eis aqui um fragmento:
"Assisti
diversas vezes às investigações feitas pelo Senhor Crookes, para se convencer
da existência da
aparição. Vi madeixas escuras de Florence Cook esparsas no chão, diante da
cortina, à vista de todos os assistentes, enquanto
Katie passeava e conversava conosco. Vi, em várias ocasiões, Florence e Katie, ao pé uma. da outra, de
sorte que não posso ter a mínima dúvida de que eram duas individualidades
distintas... No correr de uma sessão, pediu-se a Katie que se desmaterializasse
em plena luz. Consentiu em submeter-se à prova, embora nos
dissesse em seguida que lhe havíamos feito muito mal. Foi encostar-se à parede
do salão, com os braços estendidos em cruz. Acenderam-se três bicos de gás. O
efeito produzido em Katie foi terrífico. Vimo-la ainda durante um segundo
apenas; depois, ela desvaneceu-se lentamente. Não posso melhor comparar a sua
extinção que a uma boneca de cera derretendo-se ao calor de um braseiro.
Primeiramente, os dois lados do rosto, vaporizados e confusos, parecia entrarem
um no outro; os olhos se afundavam nas órbitas; o nariz
desapareceu e a fronte se desmanchou. Os membros e o vestido tiveram a mesma
sorte; ia tudo caindo no tapete, como uma coisa que desmorona. A luz dos três
bicos de gás olhávamos fixamente para o lugar que Katie King havia
ocupado."
Reproduzimos
essas descrições, a fim de mostrar o grande poder de desagregação que exerce a
luz sobre as
criações fluídicas temporárias, e a necessidade das sessões obscuras, em certos
casos, apesar
dos inconvenientes que apresentam. ( Ref. 07, p. 285 ).
REFERÊNCIAS: LÉON
DENIS
1.
Além
e a Sobrevivência do Ser (O) – 4ª edição, tradução de Guillon Ribeiro, FEB
2.
Cristianismo
e Espiritismo – 7ª edição, tradução de Leopoldo Cirne, FEB
3.
Depois
da Morte – 17ª edição, tradução de João Lourenço de Souza, FEB
5. Espíritos e os Médiuns – 2ª edição,
tradução de José Jorge. Centro Espírita Léon Denis.
7. Invisível (No) – 12ª edição, tradução de
Leopoldo Cirne, FEB
105 W. Crookes - "Recherches sur le
Spiritualisme", pág. 37.
196 Fl. Marryat - "Le Monde des Esprits",
1894, tradução de "Het Toekomstig Leven", Utrecht, agosto de 1902.
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