PENTATEUCO KARDEQUIANO

PENTATEUCO  KARDEQUIANO
OBRAS BÁSICAS

quarta-feira, dezembro 28, 2011

ESCLARECIMENTO E CONSOLO

NOSSO LAR

Essa é a primeira Obra da coleção André Luiz, a Vida no mundo espiritual. (... Continuação).

André Luiz esclarece que a medicina, em Nosso Lar, começava no coração, exteriorizando-se em amor e cuidado fraternal.

Narra dois diálogos no gabinete do Ministro Clarêncio. De uma Senhora e dele:

- Nobre Clarencio, venho pedir seus bons ofícios a favor de meus dois filhos. Ah! Já não tolero tantas saudades e estou informada de que ambos vivem exaustos e sobrecarregados de infortúnios, no ambiente terrestre. Reconheço que os desígnios, do Pai justo e amoroso; no entanto, sou mãe! Não consigo subtrair-me ao peso da angústia!...

- Mas, se a irmã reconhece que os designíos do Pai são justos e santos, que me cabe fazer?

- Desejava que me concedesse recursos para protegê-los eu mesma, nas esferas o globo!...

- Ah! Minha amiga, só no espírito de humildade e de trabalho é possível a nós outros proteger alguém.. Que me diz de um pai terrestre que desejasse ajudar os filhinhos, mantendo-se em absoluta quietação no conforto do lar? O Pai criou o serviço e a cooperação como leis que ninguém pode trair sem prejuízo próprio. Nada lhe diz a consciência, neste sentido? Quantos bônus-hora poderá apresentar em benefício de sua pretensão.

- Trezentos e quatro.

- É de lamentar, pois aqui se hospeda, há mais de seis anos, e apenas deu à colônia, até hoje trezentos e quatro horas de trabalho. Entretanto, logo que se restabeleceu das lutas sofridas em região inferior, ofereci-lhe atividade louvável na turma de Vigilância, do Ministério da Comunicação...

- Mas aquilo lá é área serviço intolerável, uma luta incessante contra entidades malfazejas. Era natural que não me adaptasse.

- Coloquei-a, depois, entre os Irmãos da Suportação, nas tarefas regeneradoras.

- Pior! Aqueles apartamentos andam repletos de pessoas imundas. Palavrões, indecências, misérias...

- Enviei-a a cooperar na Enfermagem dos Perturbados.

- Mas quem os tolerará, senão os santos? Fiz o possível; entretanto, aquela multidão de almas desviadas assombra a qualquer!

- Não ficaram ai meus esforços, localizei--a nos gabinetes de Investigações e Pesquisas do Ministério do Esclarecimento e, contudo, talvez enfadada com as minhas providencias, a irmã se recolheu, deliberadamente, aos Campos de Repouso.

- Era, também, impossível continuar ali, só encontrei experiências exaustivas, fluidos estranhos, chefes ásperos.

- Pois note minha amiga, o trabalho e a humildade são as duas margens do caminho do auxilio. Para ajudarmos alguém, precisamos de irmãos que se façam cooperadores, amigos protetores e servos nossos. Antes de amparar os que amamos, é indispensável estabelecer correntes de simpatia. Sem a cooperação é impossível atender com eficiência. O camponês que cultiva a terra alcança a gratidão dos que saboreiam os frutos. O operário que entende os chefes exigentes, executando lhes as determinações, representa o sustentáculo do lar, em que o Senhor o colocou. O servidor que obedece, construindo, conquista os superiores, companheiros e interessados no serviço. E nenhum administrador intermediário poderá ser útil aos que ama se não souber servir e obedecer nobremente. Fira-se o coração, experimente-se a dificuldade, mas, que saiba cada qual que o serviço útil pertence, acima de tudo, ao Doador Universal.

- Que fará, pois, na Terra se não aprendeu ainda a suportar coisa alguma? Não duvido da sua dedicação aos filhos queridos, mas importa notar que haveria de comparecer por lá como mãe paralítica. Incapaz de prestar socorro justo. Para que qualquer de nós alcance a alegria de auxiliar os amados, faz-se necessária a interferência de muitos a quem tenhamos ajudado, por nossa vez. Os que não cooperam não recebem cooperação. Isso é da lei eterna. E se minha irmã nada acumulou de seu para dar, é justo que procure a contribuição amorosa dos outros. Mas, como receber a colaboração imprescindível, se ainda não semeou, nem mesmo a simples simpatia? Volte aos Campos de Repouso, onde se abrigou ultimamente, e reflita. Examinaremos depois o assunto com a devida atenção.

Aproxime-se meu amigo! Continua...).

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