Felinto Espírito trabalhador da Casa de Caridade citada na Obra Loucura e Obsessão por Manoel P. de Miranda, Espírito, psicografada por Divaldo P. franco, trata do choque anímico no capítulo onze desse Livro que tem por título Técnicas de Libertação:
“... Dedicamos a noite de hoje a serviços especiais em favor dos consulentes da véspera, cujos compromissos no campo das obsessões são muito expressivos. Outrossim, atendemos os hóspedes psíquicos de alguns dos nossos freqüentadores habituais e necessitados de vária procedência que nos são trazidos por cooperadores dedicados à assistência direta e aos que conseguem sensibilizar, retirando-os da ociosidade ou da exploração viciosa aos semelhantes ainda domiciliados no corpo físico. Aplicamos-lhes o choque anímico, antes de serem tomadas outras providências...
“Não se surpreenda amigo Miranda. Da mesma forma que, na terapia do elegtrochoque, aplicada a pacientes mentais, os espíritos que se lhes imantam recebem a carga de eletricidade, deslocando-se com certa violência dos seus hospedeiros, aqui o aplicamos, a través da psicofonia atormentada, que preferimos utilizar com o nome de incorporação, por parecer-nos mais compatível com o tipo de tratamento empregado, e colhemos resultados equivalentes”.
“Não ignora o amigo que, do mesmo modo que o médium, pelo perispírito, absorve as energias dos comunicantes espirituais que, no caso de estarem em sofrimento, perturbação ou de desespero, de imediato experimentam melhora no estado geral, por diminuir-lhes a carga vibratória prejudicial, a recíproca é verdadeira... trazido o espírito rebelde ou malfazejo ao fenômeno da incorporação, o perispírito do médium transmite-lhe alta carga fluídica animal chamemo-la assim, que bem comandada aturde-o, fá-lo quebrar algemas e mudar a maneira de pensar”...
“E não se trata de violência, como a pessoas precipitadas pode parecer. É um expediente de emergência para os auxiliar, pois que os nossos propósitos não são os de socorrer apenas as criaturas humanas, sem preocupação com os seus acompanhantes espirituais. A caridade é uma estrada de duas mãos; ida e volta”.
“Consideremos o médium como sendo um imã e os Espíritos, em determinada faixa vibratória, na condição de limalhas de ferro, que lhe sofrem a atração, e após se fixarem, permanecem, por algum tempo, com a imantação de que foram objeto. Do mesmo modo, os sofredores, atraídos pela irradiação do médium, absorvem-lhe a energia fluídica, com possibilidade de demorar-se por ela impregnados. Sob essa ação, a teimosia rebelde, a ostensiva maldade e o contínuo ódio diminuem, permitindo que o receio se lhes instale no sentimento, tornando-os maleáveis às orientações e mais acessíveis à condução para o bem. Qual ocorre na Terra, com determinada súcia de poltrões ou Del delinqüentes, a ação da polícia inspira-lhes mais respeito do que a honorabilidade de uma personagem de consideração”.
“Por fim, elucidamos que, em nosso campo de trabalho, lidamos com as formas mais condensadas da energia, próximas da matéria, ao que chamaríamos de expressões mais grosseiras do fluido, capazes de produzir, num primeiro tentame, resultados favoráveis a futuros cometimentos. Sem descer a beligerância ou a usança de forças iguais, não devemos desconsiderar que a aplicação de recursos equivalentes, porém direcionados com objetivos superiores, logra o resultado almejado, que é despertar o infrator, a fim de que se disponha à recuperação para o seu próprio benefício. É também caridade cercear à um louco a liberdade, como se faz a um criminoso, com a finalidade de o proteger de si mesmo, assim resguardando a sociedade que lhe experimenta a sanha. Em nosso setor de trabalho com os desencarnados, às vezes recorremos a tal providencia, mediante a aplicação de energias próprias, de formações ideoplásticas e de outros métodos, como o amigo observará. Para tanto, não descartamos as crendices e superstições que jazem adormecidas em inúmeros seres, empedernidos temporariamente em relação ao amor e aos demais sentimentos de humanidade”.
Um comentário:
A importância do Trabalho mediúnico: no Cap 18 do Livro Loucura e Obsessão em sua pg 230 pode-se ler: "... Quanto mais se dá, mais se recebe'. O intercâmbio mediúnico, em clima de amor e de serviço pelo próximo, proporciona permuta de forças que se renovam e estimulam, no organismo perispiritual, a regeneração celular, o surgimento de outras saídas, sem desgaste excedente de energias. Em tudo, a vigência das LEIS DE CAUSALIDADE... Conforme a criatura atua, assim se situa".
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