Revue Spirite,
1863, pg. 159: “Não se poderia, no tocante à publicidade, trazer um excesso de circunspecção,
nem calcular com um excesso de cuidado o efeito que pode ser produzido no
leitor. Em resumo, é um erro grave se acreditar obrigado a publicar tudo o que
ditam os espíritos, porque, se existem alguns bons e esclarecidos, há outros
maus e ignorantes; é importante fazer uma escolha muito rigorosa de suas
comunicações e eliminar tudo o que for inútil, insignificante, falso ou de natureza
a produzir uma impressão ruim. Sem dúvida
é preciso, mas semear bons grãos e no tempo oportuno.
É nesse tipo
de trabalho mediúnico que observamos mais sinais de obsessão, dos quais um dos
mais frequentes é a injunção por parte do espírito de fazê-los publicar, e mais
de um pensa, erroneamente, que basta essa recomendação para encontrar um editor
com pressa de se encarregar disso. ”
Revue Spirite,
1863, pg. 158: “Em todas as obras mediúnicas, é conveniente descartar primeiro
tudo o que é de interesse privado, não importando a quem aquilo concerne;
depois tudo o que é vulgar pelo estilo e pelos pensamentos, ou pueril pelo
assunto; uma coisa pode ser excelente em si mesma, muito boa para fazer dela sua instrução
pessoal, mas o que de chegar ao público exige condições especiais; infelizmente
o homem está inclinado a imaginar que tudo o que lhe agrada deve agradar aos outros;
o mais hábil pode se enganar, o conjunto deve se enganar o menos possível.
Existem espíritos que sentem prazer em cultivar essa ilusão entre certos
médiuns; é por isso que não poderíamos recomendar em demasia a estes últimos
não se remeter a seu próprio julgamento, e é nisso que os grupos são úteis,
pela multiplicidade dos conselhos que eles permitem recolher. Aquele que, nesse
caso, recusaria a opinião da maioria, crendo ter mais luzes que todos, provaria
a má influência sob a qual se encontra, ”
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