PENTATEUCO KARDEQUIANO

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OBRAS BÁSICAS

quarta-feira, janeiro 17, 2018

CONSELHOS, REFLEXÕES E MÁXIMAS DE Allan Kardec





CONSELHOS, REFLEXÕES E MÁXIMAS DE Allan Kardec
FRAGMENTOS EXTRAÍDOS DOS DOZE PRIMEIROS ANOS DA Revue Spirite
.... Para melhor apreciar Allan Kardec devemos estuda-lo em sua obra, pois quanto mais estivermos em condições de julgar melhor os méritos desse profundo pensador, mais crescerão nossa ligação e nosso respeito por ele. ...
                Revue Spirite, 1865, pg. 92: “O espiritismo não reside apenas na crença na manifestação dos espíritos. O engano daqueles que o condenam é acreditar que ele consiste somente na produção de fenômenos estranhos, isso porque, não se dando o trabalho de estuda-lo, não veem senão a superfície. Esses fenômenos são estranhos para quem não lhes conhece a causa, mas quem quer que se aprofunde não vê neles senão os efeitos de uma lei, de uma força da natureza que não se conhecia, e, por isso mesmo, não são nem maravilhosos nem sobrenaturais. Esses fenômenos evidenciam a existência dos espíritos, que são apenas as almas dos que viveram, o que prova, por conseguinte, a existência da alma, sua sobrevivência ao corpo, a vida futura com todas as suas consequências morais. A fé no futuro, encontrando-se apoiada em provas materiais, torna-se inquebrantável e triunfa sobre a incredulidade. Eis por que, quando o espiritismo tiver se tornado a crença de todos, não haverá mais incrédulos, nem materialistas, nem ateus. Sua missão é combater a incredulidade, a dúvida, a indiferença; ele não se dirige, portanto àqueles que não creem em nada, ou que duvidam. O espiritismo não diz a pessoa alguma para abandonar sua religião; ele respeita todas as crenças quando são sinceras. A liberdade de consciência é a seus olhos um direito sagrado; se ele não a respeitasse, atentaria contra seu primeiro princípio, que é a caridade. Neutro entre todos os cultos, ele será o elo que os reunirá sob uma mesma bandeira, aquela da fraternidade universal; algum dia eles se estenderão a mão, em vez de lançarem o anátema.
                Longe de serem a parte essencial do espiritismo, os fenômenos não passam de um acessório, um meio suscitado por Deus para vencer a incredulidade que invade a sociedade: ele está sobretudo na aplicação de seus princípios morais. É nisso que são reconhecidos os espíritas sinceros. Os exemplos de reforma moral provocados pelo espiritismo são bastante numerosos para que se possa julgar os resultados que ele produzirá com o tempo. É preciso que sua potência moralizadora seja bem grande para triunfar sobre os hábitos inveterados pela idade e a leviandade da juventude. O efeito moralizador do espiritismo tem como causa primeira o fenômeno das manifestações que deu a fé; se esses fenômenos eram uma ilusão, como pretendem os incrédulos, seria preciso abençoar uma ilusão que dá ao homem a força para vencer suas inclinações ruins. ”

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